quinta-feira, 12 de abril de 2012

Padres Pedófilos - Fatos e Custos nos EUA

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A Confederação dos Bispos dos Estados Unidos (USCCB) divulgou ontem o relatório de 2011 sobre os casos de pedofilia dentro da Igreja Católica nos Estados Unidos. A auditoria foi feita pela empresa StoneBridge Business Partners. O relatório é extenso, mas o site Catholic Culture divulgou alguns números e fatos relacionados aos casos. Vamos a eles:
1) Desde 2004, o custo para a Igreja, entre acordos, advogados e terapias, chega a US$ 2,5 bilhões;    

2) 82% das vítimas eram meninos, apenas 18% eram meninas. O que mostra a tendência homossexual dos infratores;

3) 50% das vítimas tinha entre 10 e 14 anos quando começaram os abusos. 16% tinha menos de 10 anos. E 16% também tinha entre 15 e 17 anos.

4) A grande maioria (68%) dos casos ocorreu entre 1960 e 1984. 

5) O período mais comum de ocorrência de casos foi entre 1970 e 1979;

6) Os casos de abuso de padres custaram a Igreja US$ 108, 7 milhões em 2011. 57% deste dinheiro foi usado para fazer acordo com as vitimas;    

7) Durante 2011, 21 menores alegaram que sofreram abusos por parte de padres ou  diáconos. O relatório concluiu que sete acusações foram considerados críveis pela aplicação da lei, três eram falsas, cinco eram possíveis abusos, e três estavam sob investigação. 

8) Durante 2011, 683 adultos também alegaram que sofreram abusos por parte de padres ou diáconos no passado. Dos clérigos acusados, 253 já estão mortos, 58 já haviam sido laicizados, 184 foram removidos do ministério, e 281 já estavam sendo considerados em auditorias anteriores. 
O cardial de Nova Iorque, Timothy Dolan, que é presidente da USCCB, disse que a Igreja tinha que permanecer vigilante. 

"Embora o relatório apóie a conclusão de ambos os estudos feitos pela Faculdade John Jay de Justiça Criminal - que a maioria das denúncias foram no passado - a Igreja deve continuar a ser vigilante. A Igreja deve fazer tudo para que isto nunca mais volte a acontecer. E todos nós devemos continuar a trabalhar com determinação total para a cura e reconciliação das vítimas e sobreviventes ".
 
A USCCB disse que em todo o país, 1,8 milhões de voluntários nas paróquias e escolas católicas são treinados para proteger as crianças. Um adicional de 249 mil funcionários também são treinados. 

Mais de 4,8 milhões de crianças católicas foram ensinadas a reconhecer um processo de aliciamento, para dizer não, e contar aos pais e outros adultos confiáveis ​​sobre tal comportamento. Todas as dioceses auditadas têm ambiente seguro para crianças.

Os casos de pedofilia na Igreja não é diferente de qualquer organização. A Igreja Católica não é a única que sofre deste mal, nem a que apresenta a maior quantidade de casos proporcionalmente, longe disso. Eu mesmo já falei aqui no blog dos casos de pedofilia entre os artistas de Hollywood. E Hollywood não é uma organização única, os processos não são contra Hollywood.

O site da Catholic League leu a auditoria e disse que o título deveria ser que 99,98% dos padres dos Estados Unidos não têm acusações de pedofilia, há apenas 23 casos reconhedos entre 40.271 padres.

Mas certamente a Igreja tem muito mais zelar que as outras organizações, por isso deve punir com rigor qualquer caso, continuar vigilante e ajudar na cura das sequelas terríveis destes casos que tanto envergonham a Igreja.

Que Deus esteja com as vítimas.

No Brasil, a CNBB está fazendo alguma coisa sobre isso?


(Agradeço o assunto ao site Pew Sitter)

2 comentários:

  1. Existe um livro à venda pela internet que discute um cenário que, apesar de soar absurdo, pode gerar uma interessante discussão: em Guerra Santa (Emmanuel Cavalcanti), um presidente americano decide ir à "guerra" contra o Vaticano justamente por entender que os ataques dos clérigos ao seu povo provém de uma nação independente. É de embrulhar o estômago, os trechos dos ataques.

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).