segunda-feira, 1 de outubro de 2012

"Pornografia, a culpa é das Mulheres", por Patrick Wanis

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A Veja dedicou 14 páginas de sua penúltima edição para exaltar o livro "50 Tons de Cinza". A Rede Globo fez um programa especial também para enaltecer o livro (Programa Amor & Sexo). Ontem, no Fantástico, foi anunciado que uma dançarina mandou matar a outra porque queria o lugar dela em uma banda de forró. O Dr. Patrick Wanis discute o fenômeno em um texto no site da Fox News.

Muito interessante. Vou traduzi parte do texto em azul:

Como as Mulheres Fizeram a Pornografia se Tornar Moda
por Patrick Wanis

A pornografia está se tornando um novo ideal de valor para as meninas. E as mulheres são as responsáveis. 

As mulheres estão consumindo e endossando pornografia tais como "Cinqüenta Tons de Cinza" - um livro reconhecido como "pornografia para mamãe." Mal escrito, não é um manual de como fazer e não é poesia erótica. 

Romances transformados em um novo gênero abraçando pornografia como literatura - cenas sexuais apresentando escravidão/disciplina, domínio/submissão e sadismo/masoquismo.

Mais de 20 milhões de exemplares já foram vendidos nos Estados Unidos (40 milhões em todo o mundo), e é mais um exemplo de que a pornografia está se tornando socialmente aceitável entre as mulheres. Além disso, torna-se um alvo de aspiração para as mulheres.

Usando sexo por dinheiro e fama, as mulheres encontraram uma nova maneira de se sentir poderosas e seguras sem um homem ou mesmo necessariamente uma família. 

Mães, também, estão agora sexualizando suas filhas e vestindo-as como doces sexuais para o mundo.  

Pornografia nunca poderia ter se tornado mainstream e socialmente aceitável sem o apoio e endosso das mulheres. No comportamento humano, nós chamamos isso de "a lei de freqüência" - quanto mais frequentemente duas coisas estão ligadas,  mais poderosa será a associação até que elas se tornam inseparáveis. E as mulheres e a mídia têm ligado pornografia com dinheiro imediato, fama, poder, glamour, prestígio, respeitabilidade e aceitabilidade social. Em outras palavras, se você se tornar uma atriz pornô ou se comportar como uma, você vai triunfar com todas essas coisas.
 

Assim, as meninas estão mais fascinadas e impulsionadas pelo desejo de se tornar famosas mais do que elas desejam ser engenheiras, médicas ou cientistas: Kim Kardashian tem 14 milhões de seguidores no Twitter. Assim, as mulheres criam novos valores e moral promovendo dinheiro, poder e glamour como mais importante do que a inteligência, a realização no trabalho e maternidade. Estudos revelam que os estudantes universitários do sexo feminino são mais narcisistas que os homens. E adolescentes estão agora se tornando fãs de atores pornôs.

Faço um apelo às mulheres para que se concientizem de que estão sendo enganadas pelo mundo da pornografia da mesma forma que as mulheres foram aliciadas para o consumo de cigarros na década de 20. 

Em abril de 1929, um especialista em relações públicas, Edward Bernays, que trabalhava para uma companhia de tabaco dos EUA, contratou jovens modelos para desfilar em Nova Iorque  e alertou a imprensa que elas estavam lutando pelos direitos das mulheres pela "tochas da liberdade", enquanto elas acenderam cigarros . A mídia divulgou o evento e ajudou a quebrar o tabu contra as mulheres fumando em público. Da mesma forma, as mulheres de hoje estão usando a pornografia como uma tentativa equivocada de ganhar poder e liberdade, e tornar-se mais poderosas e independentes. Elas estão apenas se traindo e enganando. 

A pornografia é muito mais do que uma questão moral ou social. 

O renomado médico, psiquiatra, psicanalista Dr. Jeffrey Satinover diz que a pornografia é "uma forma de heroína, cem vezes mais poderosa do que antes." O psicólogo forense, M. Douglas Reed e o renomado farmacologista Candace Pert revelam que a pornografia é como uma droga que provoca a cérebro para liberar uma inundação psicofarmacológico de "epinefrina, testosterona, endorfinas (morfina endógena), oxitocina, dopamina, serotonina, e phenyethylamine", o que pode levar a dependência e vários outros distúrbios comportamentais.

Gail Dines, professor de sociologia e estudos das mulheres e diretora do Departamento de Estudos Americanos na Wheelock College, em Boston, tem escrito e pesquisado sobre a indústria pornô por mais de duas décadas. A professora Dines, autora de "Pornland: Como a Pornografia seqüestrou nossa sexualidade," acredita que a pornografia é um problema de saúde pública com documentados efeitos negativos sobre os jovens, distorcendo "a maneira como as mulheres e as meninas pensam sobre seu corpo, sua sexualidade e suas relações." 

Pornografia é igualmente prejudicial para relacionamentos adultos e os vínculos sociais - os homens estão com dificuladade para desenvolver relações estreitas e íntimas com mulheres reais enquanto alguns homens preferem pornografia a sexo com um ser humano real. 

O ponto mais importante é: pornografia não promove o amor ou sexo, mas sim a crueldade e ódio às mulheres, então, enquanto as mulheres continuam a endossar e tornar a pornografia como uma coisa da moda ou um novo ideal, elas estão se anulando loucamente e minando todos os avanços positivos e triunfos que têm feito em sua busca de igualdade.


(Agradeço o texto da Fox News ao site Culture War Notes)

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).