quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Al-Azhar: Terroristas do Estado Islâmico não São Infiéis. São sim Islâmicos.


Os líderes políticos e religiosos (como o Papa Francisco) do mundo cristão chamam o Estado Islâmico de extremistas, fundamentalistas e no máximo de terroristas. Evita chamar o Estado Islâmico de Islâmico. Por que?

A Universidade Al-Azhar é a mais antiga e mais importante universidade islâmica do mundo. Suas opiniões têm força política internacional sobre os muçulmanos. Por exemplo, quando o Papa Bento XVI discutiu fé e religião no Discurso de Regensburgo, argumentando sobre as fragilidades dos preceitos do Islã, a Universidade cortou relações com o Vaticano, que depois foram reatadas, depois que o Papa Bento XVI disse que foi um mal-entendido, pedindo desculpas. A Universidade age como um líder islâmico sunita mundial, em uma religião cheia de diversos líderes religiosos.

Recentemente, a universidade discutiu se o Estado Islâmico era ou não representante do Islã, se os membros do Estado Islâmico eram ou não infiéis. Muitos políticos ocidentais e até a Igreja Católica deseja que o Estado Islâmicos seja declarado anti-islâmico, um não representante da religião muçulmana. Apesar do Estado Islâmico sempre mencionar o Alcorão e os feitos de Maomé nas suas decisões.

E o que disse a Al-Azhar? Ora, que o Estado Islâmico não é infiel, faz parte sim da religião muçulmana. 

Será que isto irá silenciar os políticos e líderes religiosos cristãos que insistem na estupidez de dizer que o Estado Islâmico não é Islâmico?

Ayman Ibrahim falou muito bem sobre esta decisão da Al-Azhar e gostaria de perguntar a Al-Azhar se os cristãos seriam infiéis, em relação ao Islã. 

Os cristãos, assim como os judeus, são o “Povo do Livro”, Noé, Abraão, Moisés e Jesus também são profetas do Islã (apesar de serem descritos de forma bem diferente no Alcorão). Mas o Alcorão também os define como infiéis e manda persegui-los.

Se a Universidade AL-Azhar declarar que os cristãos são infiéis irá acelerar o genocídio dos cristãos no mundo muçulmano. Se declarar que não são fiéis talvez ajude aos cristãos, mas irá de encontro a passagens do Alcorão.

O que fazer? Ora, silenciar.

Leiam o excelente de Ibrahim no site da First Things.



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