Na eleição legislativa inglesa do dia 6 de maio, um partido não saiu vitorioso, não conseguiu eleger nenhum representante para a Câmara dos Comuns, mas derrotou muitas das pretensões do vitorioso Dave Cameron e pode representar, inclusive, o fim do próprio partido de Cameron (Tory).
Esse partido é o UKIP, partido independente conservador inglês, que tem um staff ainda amador. Cameron desde a sua chegada a liderança do seu partido se moveu na direção da esquerda. Seus discursos foram ficando a esquerda do centro, poderia facilmente ser confundido com um político do partido trabalhista ou dos liberal-democratas. E os eleitores que possuem valores conservadores foram se afastando do partido de Cameron e se aproximando do UKIP.
O UKIP esperava conseguir mais de um milhão de votos na eleição, não conseguiu, mas chegou a marca de 900 mil votos (um aumento de 50% frente a última eleição geral de 2005) se consolidando como o quarto maior partido no país e, o que é mais importante, ajudando a derrotar a eleição de membros do Tory em 21 constituencies (os votos para o UKIP foram maiores que a diferença entre o vencedor e o Tory). Os Tories precisavam conquistar 325 assentos na Câmara, conseguiram 306, faltaram 19. Com isso, Cameron não conseguiu a maioria para governar e teve que se alinhar aos da extrema esquerda inglesa (liberal-democratas) depois de uma longa discussão que quase manteve Gordon Brown no poder. A coalizão entre Tories e liberais-democratas será bastante difícil, especialmente na atual conjuntura econômica, além disso, se por acaso der certo, de quem é o crédito da coalizão? Do Cameron ou dos liberal-democratas?
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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).