sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Tribunal Criminal para o Clima




A Conferência sobre Mudança Climática começou esta semana em Cancun, depois do desastre político que foi a Conferência no ano passado em Copenhague. Em um ano, muito da euforia com a mudança climática se esfacelou com os diversos erros da ONU e dos cientistas envolvidos (basta pesquisar  no Google Climategate, Himalaya Gate, Africagate)

Mas as idéias comunistas disfarçadas de preocupações com o clima continuam.

O embaixador boliviano Pablo Salon disse que a ONU deveria criar um International Tribunal for Climate Justice (poderia ser traduzido por Tribunal Internacional para a Justiça do Clima) que estabeleceria sanções contra os governos que provocasse o chamado "ecocídio", crimes contra a biodiversidade, natureza e Mãe Terra. Mas as sanções seriam aplicadas exclusivamente contra os países ricos. 

Então, está claro que o plano não é proteger o clima ou a biodiversidade, mas atacar os países ricos para estabelecer alguma redistribuição de renda na marra. 

A idéia original do ecocídio não é boliviana, no entanto, e sim de um esquerdista inglês chamado Polly Higgins, que procurava processar petroleiras, mineradoras, indústria química e de desmatamento diante de um Corte Criminal interacional em Haia. Alguns ainda querem processar as pessoas pelo simples fato de negarem a mudança climática. 

Eu estaria no cadafalso. Já li bastante sobre o tema e a minha conclusão atual é que as emissões de carbono provocadas pelo homem não são responsáveis pela mudança climática.

Em abril, o presidente Morales já tinha convocado uma Conferência Mundial sobre Mudança Climática e os Direitos da Mãe Terra em Cochabamba, na Bolívia, que concluiu que os países ricos devem pagar, interromper seus crescimentos econômicos e transferir suas tecnologias para que os países pobres cresçam.

Veja a síntese da tese boliviana pelo próprio Pablo Salon:

We are from the philosophy of ‘living wel.  We think that man has the right to his wealth, but not to try to live better than others, because if he tries to live better, he's going to exploit others, he's going to destroy Mother Earth.”  ("Nós somos da filosofia do viver bem. Nós pensamos que um homem tem o direito de ter sua riqueza, mas não de tentar viver melhor que os outros, porque se ele tenta viver melhor que os outros, ele vai explorar os outros, ele vai destrui a Mãe Terra")

Tudo isso é uma estupidez? É, com certza.  Não há nada científico nisso e seria uma burrice extrema, com impactos devastadores sobre os mais pobres (dentro e fora dos países pobres), se os países ricos parassem de crescer. 

E o negócio da Mãe Terra, como uma entidade superior, uma deusa? Não vou nem comentar.

Isso tem chance prosperar? É uma loucura comunista, mas é sempre bom ficar atento. 

Por sinal, a lógica de redistribuição renda na marra permeia muita discussão na política. Por exemplo, atualmente, nos Estados Unidos, há uma grande pressão para que Obama aumente os impostos dos mais ricos para dá aos mais pobres (Obama prometeu que ia fazer isso, mas agora o Congresso pressiona contra e os seus eleitores da extrema esquerda, a favor). Isso nunca funcionou, pois são os mais ricos que muitas vezes empregam os pobres e os ricos têm mais liberdade tributária, transferem seus recursos mais rapidamente para lugares menos tributados, deixando o Estado sem renda. Além disso, quem são esses ricos? Quando alguém é considerado rico? Como disse P. J O'Rourke: 


The good news is that, according to the Obama administration, the rich will pay for everything. The bad news is that, according to the Obama administration, you're rich. (A boa notícia é que, de acordo com a Administração Obama, os ricos pagarão por tudo. A notícia ruim é que, de acordo com a administração Obama, você é rico.)

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).