domingo, 30 de janeiro de 2011

Rezando Contra Própria Igreja





A Cardinal Vaughan Memorial School é uma importante e famosa escola católica de Londres, ela tem um excelente histórico de formar ótimos alunos que conseguem vagas nas principais universidades da Inglaterra, como a Universidade de Oxford e a Universidade Cambridge.

Mas a escola por meio da própria Diocese de Westminster e do próprio Arcebispo, Vincent Nichols, está sendo destruída, e pode se transformar em uma escola comum, a chamada comprehensive school (escola que admite qualquer nível e cultura do aluno, pelo bem do multiculturalismo)

Mais especificamente, a Vaughan tem um processo rígido que é o segredo de seu sucesso e da ética dos alunos. A Diocese e o Arcebispo querem destruir isso.  A escola admite os alunos usando critérios como atendimento nas missas católicas e participação em programas voluntários de caridade. Ela não observa se o pai é rico ou pobre ou a capacidade acadêmica do aluno.

A Diocese está querendo eliminar os critérios de admissão que selecionam preferencialmente católicos, em nome de uma suposta igualdade. Isso alterará completamente a ética da escola. É isso mesmo, a Diocese está agindo para reduzir o número de católicos na própria escola.

O problema está sendo tratado por alguns importantes jornalistas na Inglaterra, como Damian ThompsonCristina Odone.  Odone explica muito bem o problema, a Igreja está cedendo para os esquerdistas que tentam dominar a ideologia das escolas:

"The school’s critics are ideologues who see education as a tool for social engineering: teachers should not cater for their brighter charges, but lower their sights to include all students equally; if this means lowering standards, or using simpler texts and dropping more challenging subjects, then so be it – all’s fair in class war. Incredibly, these ideologues are not the beards-and-sandals atheists who stuff the teachers’ unions; they are Catholic educationalists who enjoy top jobs within the Church’s education bureaucracy. Such is their enthusiasm for equality and sameness, they cannot abide the idea of a school intake that is overwhelmingly Catholic; to them, this smacks of exclusion, just as a rosary offends the sacred spirit of multiculturalism."

(Os críticos da escola [Vaughan] são ideólogos que vêem a educação como uma ferramenta de engenharia social: professores não deveriam exigir o máximo, mas procurar incluir todos os estudantes igualmente; se isto significa reduzir o nível ou simplesmente usar textos mais simples e abandonar tópicos mais desafiadores, então farão isso - tudo é possível na guerra das aulas. Incrívelmente, esses ideólogos não são os de ateístas barba e sandálias que enchem os sindicatos dos professores; eles são educadores católicos que têm empregos de líderes dentro da burocracia educacional. Tal é o entusiasmo deles por igualdade e mesmice, que eles não podem suportar a idéia de um processo de admissão que é favorável aos católicos; para eles, isto é exclusão, assim como o rosário ofende o sacrado espírito do multiculturalismo)

Quem irá salvar a escola se os própios donos estão destruindo? Possivelmente, os pais e os próprios alunos.

Eles estão programando uma vigília para a próxima quarta-feira, com a colaboração do filhos que irão tocar hinos durante a vigília. Eles têm, inclusive, um site de apoio.


Vocês podem dizer: e daí? Isso é problema dos ingleses. Eu responderia que não, é um problema da humanidade. Vivemos uma guerra cultural nas escolas, nos governos, na literatura, na imprensa, etc. É o santo da diversidade e do multiculturalismo contra os verdadeiros santos.

Rezo pelos pais e pelos estudantes, contra a minha própria Igreja, que está caindo frente ao santo errado.

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).