segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Gaddafi - "Países Islâmicos, Marchem para Israel"







Asssutador o que Muammar Gaddafi disse hoje. Gaddafi está no poder na Líbia desde 1969 (na primeira foto acima ele aparece com Gamal Nasser em 1969, a segunda foto é bem mais contemporânea) e é acusado de vários atos terroristas.

Gaddafi, no seu primeiro discurso depois da revolta no Egito, disse que agora está na hora da revolução popular. Frotas de navios deveriam levar palestinos para a fronteira de Israel e manter eles lá até "que os problemas fossem resolvidos"

Ele ressaltou: "Nós devemos criar um problema para o mundo. Isto não é um declaração de guerra...Todos os países arábes que tem relações com Israel são regimes covardes".

O mundo para Gaddafi está dividido entre brancos (países ocidentais) e verdes (países islâmicos). Ele disse:

"A cor branca tem decidido se livrar da cor verde...Os países verdes deveriam se unir contra os brancos, porque todos os brancos são contra o Islã".

E ainda disse que os atos de violentos de grupos terroristas como al-Qaeda são apenas respostas a arrogância dos americanos. A culpa é dos americanos.

Gaddafi estará apenas querendo se livrar de manifestações contra seu próprio regime (bem mais longo do que o de Mubarak) ou ele fala aos corações dos povos que vivem nos países islâmicos?

Vejamos uma pesquisa da Pew Research de maio de 2010 sobre o que os árabes pensam da relação Islã e política:

A pesquisa pergunta, por exemplo, se é bom ou ruim que o islã tome parte na política (quadro abaixo).  Entre os que acham que o Islã tem tido uma grande participação na política do país, 95% dos egípcios acham isso bom. Dos que acham que o Islã tem tido pouca participação na política, 80% dizem que isto é ruim. Os números são muito bons para o islamismo também no Líbano e no Paquistão.


Com relação aos três principais grupos terroristas islâmicos. Vejam que Israel está cercado por populações que adoram o Hezbollha, o Hamas e a al-Qaeda. Três países que fazem fronteira com Israel (Jordânia, Líbano e Egito) têm grande afeição por esse grupos terroristas. A Jordânia se destaca com extenso apoio para Hezbollah, Hamas e al-Qaeda.O Líbano apenas não aprecia a al-Qaeda, e no Egito, a questão é dividida mas quase metade da população tem visão favorável do Hamas, grupo que domina a fronteira da palestina com o Egito.



O apoio a medidas severas de lei (apedrejamento, chicoteamento, amputações e pena de morte) também é vasto no Oriente Médio, com exceção da Turquia. No Egito, 82% apóiam apedrejamento para adultério, 77% apóiam chicoteamento ou amputação de membros para roubos e 84% apóiam pena de morte para pessoas que abandonem o Islã. Os números são parecidos no Paquistão e na Jordânia.
   



Agora, vamos responder àquela pergunta de novo: Será que Gaddafi não está falando diretamente ao coração do povo árabe? Finalmente, em que tipo de governo essa população árabe votaria? O que a democracia produziria?

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).