Ontem, falei da diferença entre palestinos e isralenses. Enquanto uns ensinam guerra, outros se destacam na ciência, epecialmente médica, que salva vidas. Hoje, mais uma notícia que vi no site Weasel Zippers me lembrou o assunto. A notícia é do jornal National Post.
É sobre a dedicação de um médico israelense chamado Raz Somech (foto acima) para salvar vidas de crianças palestinas. Ele trabalha no maior hospital pediátrico de Israel. A história de Somech é tema do documentário Precious Life, que está sendo apresentado no Canadá.
Tudo começa com a chegada no seu hospital de uma criança palestina de quatro meses, chamada Mohammed Mustafa, com uma doença fácil de detectar mas que precisava de um transplante caro e urgente, caso contrário ela não chegaria a um ano de vida. Com a ajuda financeira de um israelense que teve o filho morto quando servia o exército, a cirurgia foi executada.
Mas depois da cirurgia, a mãe de Mohammed, Raida, declarou que a vida não é preciosa, nem a de seu filho. Ela disse aos réporteres de uma TV israelense:
“Even the smallest infant, younger than Mohammed, to the oldest person, we’ll all sacrifice ourselves for Jerusalem,” (Mesmo uma pequena criança, jovem como Mohammed, até a pessoa mais velha, nós fazemos qualquer sacrifício por Jerusalém).
Perguntada se ela permitiria que Mohammed virasse um mártir da causa palestina, ela disse:
“Absolutely. If it’s for the sake of Jerusalem, I would. Life is not precious" .(Com certeza. Se for para o bem de Jerusalém, eu deixaria. A vida não é preciosa)"
Pela reação do Dr. Somech, ele não acreditou nas palavras da mãe. Ele disse que as palavras dela são apenas para afastar as críticas dos palestinos, por ela ter procurado ajuda em Israel. Ele vêem isso como traição aos palestinos. Mohammed já tem três anos, e a mãe manda as fotos de aniversário para Dr. Somech.
Não é incomum, muito menos no Brasil, ver mães jogando seus filhos no lixo, abandonando-os, sinalizando que a vida não é preciosa. Mas creio que podemos acreditar na posição benevolente do Dr. Somech, o problema é a política e a ideologia estúpidas e não a mãe.
Olá, Pedro Erik!
ResponderExcluirObrigada pelo recadinho que você deixou na coluna do Augusto Nunes agradecendo-me pela visita ao seu blog. Olha, como disse anteriormente, os seus blogs são muito interessantes e é um prazer visitá-los. Quanto a este post, acho o tema de uma dramaticidade tão aguda que me atordoa. Claro que quanto à "produção de mártires" eu me posiciono incondicional e revoltantemente contra, isso é repulsivo. O que quase me trava a razão é a tragédia mais básica, mais essencial, aquela que independe de nacionalidades, culturas ou religiões - a de seres humanos que celebram a morte do semelhante. É terrível! A maravilhosamente generosa conduta de Raz Somech, a fala plena de desconsolo de Raida, o frágil Mustafa acusam a incortonável vulnerabilidade humana - no sublime e no grotesco.
Um abraço
Cara Vânia,
ResponderExcluirConcordo com você plenamente.
Eu fico realmente triste com a afronta ao futuro das crianças por imbecis. Por exemplo, ontem vi no Jornal Nacional uma escola de Novo Hamburgo em que a péssima merenda escolar é servida na própria sala de aula. É muito frustrante ver isso.
Fotos de crianças palestinas com armas prometendo morte é muito perturbador para mim.
Abraço,
Pedro Erik