Estava lendo um texto do grande jornalista Augusto Nunes, ele estava falando do julgamento do Palocci no Supremo Tribunal Federal que o livrou de ser condenado no caso da violação da conta do caseiro Francenildo, sem nem se ouvir a vítima. Pensei comigo mesmo: o que falta no Brasil são homens, homens como o...como o...como o...Joana D'Arc.
Hoje, faz 580 anos que ela foi queimada na fogueira.
Joana D'Arc foi chamada por Deus para comandar a França contra os ingleses e parte da própria França, na guerra dos cem anos. Ela liderou o exército francês, obteve várias vitórias e colocou um rei no Trono (Carlos VII). Posteriormente, foi presa pelos inimigos do Rei na França e vendida aos ingleses. Foi julgada em um tribunal de inquisição falso, que não tinha jurisdicão para julgá-la. O Bispo Pierre Cauchon só queria derrotar o Rei Francês. Eles arregimentaram testemunhas contra ela, que não teve direito a um advogado (como era obrigatório pela lei canônica), nem a um padre francês do seu lado.
Depois de apenas 25 anos de morte dela, a Igreja examinou os arquivos do julgamento, declarou que ela era inocente e a nomeou mártir da Igreja.
O julgamento só revelou a grande inteligência de Joana D'Arc. Ela foi derrubando as armadilhas teológicas uma a uma. Ela tinha apenas 19 anos, quando faleceu.
O site The New Theological Movement me revelou um filme de 1928. Um clássico do cinema mudo. O diretor Carl Theodore Dreyer fez o filme inteiramente baseado no julgamento dela até a sua morte. A atriz que faz Joana D'Arc, Renée Jeanne Falconetti, é simplesmente espetacular. Sensacional, nunca vi nada igual, em termos de representação.
O filme está disponível no Youtube, em 8 partes com legendas em inglês. Comecei a assistir e não parei mais. Abaixo as duas primeiras partes do filme.
Espero que gostem. Estão com legenda em inglês, ainda não aprendi a colocar legendas em youtube, se é que é possível. Se quiserem continuar assitindo depois dessas duas primeiras partes cliquem aqui.
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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).