segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Como Recuperar o AAA - Robert Barro e Krauthammer

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Um dos economistas mais respeitados mundialmente é Robert Barro, autor de dezenas de artigos publicados nas mais respeitadas revistas acadêmicas. Ele faz uma análise hoje no Wall Street Journal sobre como os Estados Unidos podem recuperar o AAA que perdeu na última sexta-feira.

No incío, Barro faz uma comparação entre Reagan e Obama. Reagan pegou o país de Jimmy Carter com desemprego acima de 10% e inflação elevada. Não ficou culpando o predecessor, mas estabelecu uma política de médio e longo prazo que, ao fim dos oito anos de mandato, conseguiu uma média de crescimento econômico de 4,6% e inflação controlada. Obama, além de insistir na "herança maldita" de Bush, estabeleceu políticas keynesianas de elevados gastos públicos que foram um fracasso total e resultaram no downgrade da semana passada.Obama pegou o país com desemprego de 7,3% na mais alta crise de 2008, e hoje esta taxa está acima de 9%.

Barro sugere um plano de médio e longo prazo assim como fez Reagan para que o país recupere o AAA. Este plano teria 5 pontos:

1) Reforma dos gastos sociais vinculados (sistema de saúde, de previdência, etc.);

2) Redução da alíquota marginal do imposto de renda individual;

3) Reforma Tributária, gradualmente eliminando gastos tributário (redução de alíquotas), incluindo juros preferenciais para hipotecas, tributos sobre a renda nos estados, benefícios e redução de subsídios (como do etanol);

4) Eliminação de alguns tributos que são ineficientes e rendem poucos recursos;

5) Introdução de um tipo de ICMS com alíquota por volta de 10%, isentando alimentos e habitação.



Outra sugestão veio de Charles Krauthammer (foto abaixo), que eu considero o melhor analista político dos Estados Unidos (não quer dizer que eu concorde em 100% com ele).


O plano de Krauthammer envolve três estágios:

1) Reforma tributária que elimine os buracos na legislação que permitem evasão fiscal e ao mesmo tempo reduza os impostos;

2) Busca da neutralidade tributária, cada dólar que é recebido com a eliminação de buracos volta como redução de impostos;

3) Depois de resolvida a questão tributária, passa-se para a reforma nos gastos sociais fixos (saúde, seguridade social, etc.)

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A sugestão de Barro é bem mais inteligente que a de Krauthammer, e era de se esperar uma vez que o economista aqui é Barro. Na verdade, eu até achei a proposta de Krauthammer bem frágil, para o nível de exigência que se espera dele. Mas nenhuma das duas sugestões têm a menor chance ocorrer com Obama no poder.

E Barro sabe disso, por isso ao fim do texto sugere inclusive que o Obama entregue o cargo

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