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Hoje, dia de Todos os Santos, tive a alegria de assistir a um depoimento do grande Padre Robert Barron sobre o que é ser santo. Belíssimo.
Ele começa falando de Jacques Maritain e sua esposa Raissa (foto abaixo) que fizeram, quando eram namorados, um pacto de suicídio se não descobrissem em um ano o sentido da vida. As aulas do filósofo Henri Bergson os libertaram do pacto e um texto do romancista e poeta Leon Bloy os converteu em Católicos.
Padre Barron comenta uma linda frase de Bloy no texto lido por Jacques Maritain: "Só há uma tristeza real na Vida: Não ser um Santo". Isto é, há várias tristezas no mundo, você pode ser triste por não conseguir ter sucesso, por não ser o mais inteligente, o mais rico, etc. Mas, elas não importam na vida, a única tristeza realmente é não ter sido aquilo que Cristo queria que você fosse. Se você coseguir ser o presidente do país, o homem mais rico, o melhor jogador de futebol, o mais inteligente, etc., no final o que importará é se seguiu Cristo. Sem Cristo, sem ter se tornado um santo, o resto é bobagem. A única falha que há na vida é não ter se tornado um santo.
Padre Barron diz que santidade é se tornar amigo de Cristo, permitir que Cristo viva em você, em todos os momentos, que Ele diga qual é a verdade. Como São Paulo disse: não é eu que vivo, é Cristo que vive em mim. Mas isto não significa que ao deixar Deus dominar sua vida, você desaparecerá, ao contrário, o santo encontra a si mesmo, encontra sua personalidade mais completa. O velho eu que tem foco no ego, no dinheiro, no sucesso, não interessa mais, só a própria personalidade viva em Cristo.
Em seguida, padre Barron fala dos diferentes santos da Igreja, são tantos e tão diferentes, como se a Luz de Deus passasse por um prisma e cada santo revelasse sua cor distinta. E diz que é importante que cada pessoa procure tanto um santo que pareça com ela, como um santo que seja completamente diferente dela, para que ela observe outro ângulo da vida e da santidade.
Depois, o padre diz que santos são mais do que heróis ou modelos, eles são nossos amigos, eles intercedem por nós, estão próximos de nós, nos levam para a Luz.
Padre Barron finaliza dizendo que a característica mais importante de um santo é deixar Cristo "entrar no seu barco", como São Pedro. Cristo entrou no barco de Pedro sem ser convidado, passou a dar ordens e foi obedecido. Mas, novamente isto não significa opressão. Pois a "personalidade de um santo é como o arbusto ardente da Bíblia, Deus queima nela mas não a consome".
Vejam o vídeo do Padre Barron abaixo:
Para finalizar, permitam-me esclarecer que o belíssimo quadro que abre este post é de Fra Angelico e é chamado "Todos os Santos".
(Agradeço o vídeo do Padre Barron ao blog Aggie Catholics)
Caro Pedro Erik,
ResponderExcluirAdorei o post. Agora vou mais que depressa estudar a vida dos santos e procurar o meu, para que eu chegue mais perto de Deus! Esse tem sido o meu desejo ultimamente...
Abraço.
Muito bem, que o estudo lhe traga Paz e sabedoria.
ResponderExcluirAbraco,
Pedro Erik