domingo, 8 de julho de 2012

O Capitalismo precisa do Cristianismo?

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Hoje, influenciados por fraudes financeiras recentes, vi dois textos que discutem a moral do capitalismo, especificamente se o capitalismo precisa do cristianismo.

Publiquei um post no meu outro blog (Bloco 11, Cela 18), no qual trato mais de questões econômicas, uma discussão da Bloomberg sobre as fraudes bancárias, especialmente sobre a fraude do banco Barclay's que manipulou a taxa de juros de mercado, Libor. O título do texto da Bloomberg é "Há algo de podre nas finanças do mundo"

Acho que a Bloomberg fez um dos maiores eufemismos que vi na vida. Sempre, desde a história dos bancos, houve algo de podre nas sociedades financeiras, a podridão (roubos, fraudes, ganância, etc.) é uma constante neste setor desde o início. Acontece que recentemente houve uma concentração de fraudes bancárias denunciadas em grandes bancos do mundo, Goldman Sachs (acusado de manipular os dados fiscais gregos), JP Morgan ("esqueceu" de registrar grandes perdas financeiras) e Barclays (manipulou a taxa de juros básica da economia europeia).

O primeiro texto é de Andrew Lilico, que confessa que achava que o capitalismo não precisava do cristianismo, mas que hoje vê que o cristianismo é essencial. O outro texto é de Ed West, no jornal The Telegraph, que diz que o capitalismo precisa do conhecimento de Deus, das leis divinas.

Vale a pena ler os dois textos.

O assunto lembra o livro de Max Weber sobre o espírito do capitalismo, que é bastante discutido e sofre pesadas críticas pela fragilidade de alguns pontos.

Acho o texto de Lilico mais amplo ao tocar em vários pontos, como a usura, o artigo de West é mais pontual fala-nos da importância que o ser humano reconheça um poder superior, Deus.

Tenho muito interesse, como economista, em discutir usura e quanto isto é prejudicial ao ser humano e ao próprio capitalismo. Lilico não chega nesta profundidade, mas lança a argumentação.



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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).