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Robert Spencer, Daniel Pipes e James Taranto discutem as reações dos muçulmanos contra insultos a Maomé.
Spencer, especialista em Islã, autor de diversos livros sobre o assunto, analisou ontem em seu blog (Jihad Watch) se Maomé manda matar quem insulta Alá e seu mensageiro Maomé. Ele está respondendo a um artigo escrito por um muçulmano do Canadá, que disse que aqueles que estão atacando as embaixadas e matando diplomatas e cristãos no mundo muçulmano não representam a memória de Maomé, pois Maomé não se importava com sua honra.
Spencer mostra o contrário, que eles estão seguindo os preceitos e a vida de Maomé ao matar diplomatas americanos e atacar embaixadas por causa dos insultos. Ele cita várias passagens da vida de Maomé descritas pelos Hadith (escritos sobre a vida da Maomé) e passagens do Alcorão.
Nos Hadith há várias passagens nas quais Maomé comanda a morte de quem o ofende. No texto de Spencer está descrito quatro casos:
1)
Abu Afak que tinha mais de 100 anos e tinha insultado Maomé. Maomé
perguntou se "ninguém iria matar aquele canalha?", depois disso Abu Afak
foi morto enquanto dormia;
2)
Poetisa Asma bint Marwan. Maomé perguntou a seus seguidores: "Quem irá
me vingar desta filha de Marwan?" Um dos seguidores de Maomé, chamado
Umayr ibn foi até a casa dela e matou ela e a filha dela. Maomé elogiou
as mortes depois dizendo que "Umayr bin fez um grande serviço a Alá e
Seu Mensageiro" (Hadith Ibn Ishaq, 674-676).
3)
Ka'b bin Al-Ashraf. Maomé perguntou "Quem está disposto a matar Ka'b
bin Al-Asharf que feriu Alá e Seu Mensageiro?" Um dos muçulmanos, Muhammad bin Maslama respondeu: "Ó Mensageiro de Alá! Gostaria que eu o matasse?" Quando Muhammad disse que sim, Maslama disse: "Então, permita-me que eu o o engane ." Maomé respondeu: "Você pode fazer isso." Maslama então mentiu para Ka'b, atraindo-o para sua armadilha, e o matou. (Hadith Sahih Bukhari, volume 5, livro 59, número 369).
4) Depois há o caso do cego Ibn
'Abbaas que tinha uma concubina liberta, que constumava insultar Maomé e
dizer coisas ruins sobre ele. Ibn
'Abbas a matou a facadas e contou a Maomé que fez isso porque ela
insultava o mensageiro de Alá. Maomé declarou então: "Não há recompensa
de sangue para ela". Isto é, a morte dela não seria vingada, ela morreu
porque mereceru. (Hadith Abu Dawood).
No Alcorão, Spencer mostra a Surata 9:64-66, que diz:
"Os hipócritas temem que uma Surata (capítulo do Alcorão) seja revelado sobre eles, mostrando-lhes o que está em seus corações. Diga: "(Vá em frente e) faça chacota. Mas, certamente, Alá irá trazer à luz tudo o que você teme!. Se você perguntar a eles (sobre isso), eles declaram: "Nós estávamos apenas falando à toa e brincando." Diga: "É a Allah e Seus versos e Seu Mensageiro (SAW) que estavam zombando? Não crie desculpas; você é apóstata."
Isto é, quem insulta Alá, Maomé e os versos do Alcorão é igualado a apóstatas, e apóstatas no Islã são punidos com a morte muitas vezes.
Daniel Pipes e James Taranto discutem a resposta do Ocidente frente a estas reações islâmicas.
Pipes, historiador especialista em Oriente Médio, escrevendo o jornal Washington Times mostra a estupidez do Ocidente em reduzir sua liberdade por conta do mundo muçulmano. Ele relata o que o Ocidente tem feito deste que Khomeini mandou matar o escritor Salman Rushdie e diz que muitas vezes o Ocidente se rebaixa às ameaças islâmica. Ele argumenta (minha tradução em azul do original em inglês):
Indivíduos têm mantido o governo refém: Quando o pastor Jones falou de queimar exemplares do Alcorão, em 2010, ele recebeu ligações de ninguém menos do que o comandante dos EUA no Afeganistão, os secretários de Defesa e Estado, o procurador-geral e o presidente dos Estados Unidos, todos suplicando-lhe para desistir... Nunca antes indivíduos conseguiam dominar tanto um governo.
Os governos querem reprimir a liberdade de expressão: Mais ameaçador do que as chamadas para o Sr. Jones foi a sugestão da Casa Branca para o Google, o YouTube, que "vejam seo filme de Moamé não viola seus termos de uso. Embora os argumentos sobre a necessidade de censurar a si mesmo para não agitar a besta islâmica e comprometer vidas americanas possam parecer razoável, tal apaziguamento só convida mais raiva, intimidação e violência.
James Taranto, escrevendo hoje no jornal Wall Street Journal, vai na mesma linha que Pipes. O título do artigo de Taranto é "Vive la France", como uma crítica ao comportamento submisso dos Estados Unidos de Obama em relação aos ataques islâmicos. Na França, o ministro das Relações Exteriores Laurent Fabius lembrou o princípio da liberdade de expressão. E o jornalista lembrou o que disse o filósofo francês Voltair: "não concordo com nenhum palavra que dizes, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-la".
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Aqui no blog, eu não defendo que religiões sejam atacadas, mas também não defendo que a liberdade de expressão seja suprimida. Ainda mais quando o assunto é religião. Para mim, religião é o assunto mais abrangente e profundo que pode ser discutido. É a religião que determina o "malum in se", o que é errado em si mesmo.
O que fazemos aqui é ver principalmente se há fundamento religioso para o comportamento agressivo dos muçulmanos. A resposta é positiva. A vingança não é vista com maus olhos pelos muçulmanos como é para os cristãos, que ressaltam o "dar a outra face" de Cristo. Se os muçulmanos se comportassem de forma pacífica diante de insultos a Maomé, infelizmente, eles não estariam seguindo o comportamento do Mensageiro de Alá.
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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).