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Na história, os judeus foram os primeiros perseguidores dos cristãos, afinal o cristianismo era uma pequena seita judia dissidente que tinha e tem fortes relações com a religião judaica. Cristo é judeu. Hoje, Israel é o melhor lugar para um cristão morar no Oriente Médio, onde ele consegue maior proteção do estado e não está bem menos sujeito a ser expulso de sua casa ou mesmo morto por milícias religiosas. Mas ocorreu um ataque a um mosteiro trapista em Latrun, perto de Jerusalém na semana passada, que deixou os cristãos chocados em Israel e no mundo (foto acima). O mosteiro foi pixado em hebraico com os dizeres: "Jesus é um macaco".
Devemos então a partir de agora igualar os judeus aos muçulmanos que perseguem e matam milhares de cristãos todo ano?
Sempre que me trazem este tipo de questão eu respondo: vamos olhar a teologia da religião. O que diz a religião do perseguidor? Diz matem os infiéis até a dominação total?
Claro que a resposta é não para o caso dos judeus, que seguem fundamentalmente a mesma base teológica do cristianismo.
E a resposta é sim para o Islã, dezenas de passagens do Alcorão defende a morte dos infiéis onde os muçulmanos os encontrar.
O jornalista John Allen do National Catholic Reporter discutiu o ataque dos judeus ao mosteiro trapista e lembrou dois outros ataques. Inicialmente, Allen lembra que morrem 150 mil cristãos por ano por causa da sua religião, são 17 mártires por hora (!). É a religião mais perseguidoa do mundo, apesar de a que tem maior número de adeptos.
Allen ressaltou que os ataques dos judeus eram bem diferentes das matanças sofridas nas mãos muçulmanas. Mas disse que se deve ter uma política de defesa dos cristãos contra todos os perseguidores e não apenas contra os muçulmanos. É verdade. Correto.
Mas resalto que não se deve perder de vista a defesa que o estado de Israel faz dos cristãos e, mais importante, se a teologia da religião permite os ataques. Quando os cristão perseguiram e mesmo mataram judeus por causa da religião deles, a teologia cristã não permitia isso. Eles estavam simplesmente cometendo pecados mortais. A Igreja obviamente sabia disso, tanto é que não havia perseguição no estado papal que existia. Os judeus eram protegidos no estado da Igreja.
(Agradeço o assunto ao site New Advent)
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