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Mark Adelson, o ex-chefe da Standard and Poor's que teve a coragem de rebaixar a nota de crédito dos Estados Unidos, fez uma análise das causas da crise financeira atual e calculou a perda financeira global com a crise.
O jornal Wall Street Journal detalha o que pensa Adelson. Resumindo, para Adelson:
1) A crise tem causas muito mais anteriores a 2008, desde a década de 70;
2) As causas envolvem elevado nível de endividamento, mas também a desregulação financeira e a ampliação da cultura do risco (a cultura do "quero fazer meu primeiro milhão"). Nos Estados Unidos, ele destaca que as legislações que são essenciais para explicar a crise começaram com o Depository Institutions
Deregulation and Monetary Control Act de 1980 e foram até o Commodities Futures
Modernization Act of 2000
3) Entre as causas também está a cultura de se usar modelagem econômica. Os modelos estão longe do mundo real e não conseguem manter o mercado fora de crises agudas;
4) Pelos cálculos de Adelson, a crise financeira pode chegar a custar 15 trilhões de dólares ao mundo, com as perdas das ações das empresas, nos PIBs dos países e nas rendas das famílias
Adelson, está divulgando um artigo sobre o assunto, chamado The Deeper Causes of the Financial Crisis – Mortgages Alone Cannot Explain It.
Observando as causas relatadas por Adelson, vemos que a Economia, como ciência, tem que mudar profundamente, desde os livros-textos mais básicos, para diagnosticar e evitar crises financeiras com mais tempestividade e acuracidade. Para mim, a Economia deve voltar a usar a variável moral em seus modelos. A falta de moral ou ética é perversa inclusive para o enriquecimento.
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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).