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Governo é um necessidade humana, qualquer tribo na história teve um certo tipo de governo que dominava especialmente o poder de polícia. Atualmente, os governos estão cada vez maiores, cada vez mais mais gente é dependente do governo, em inúmeros países do mundo. Certa vez, eu li que 100 milhões de brasileiros vivem direta ou indiretamente do governo. O que é uma desgraça para o futuro do país.
Quem sustenta esta enorme burocracia? Quem trabalha fora do governo, que é em número cada vez menor.
Ontem, o senado americano aprovou um acordo para solucionar o chamado "abismo fiscal" que se sujeitou os Estados Unidos, basicamente porque o Obama tem uma imensa dificuldade de cortar gastos públicos, como mostra a charge acima (infelizmente não sei quem é o autor da charge). O acordo não prevê nada de cortes de gastos (vai ocorrer apenas uma pequena parcela automática de cortes), apenas aumentos de impostos sobre os ricos (aqueles que ganham acima de 400 mil dólares) e sobre a propriedade. O acordo é inócuo para resolver a imensa piora da dívida pública provocada pelo goveno Obama. O país pode sofrer rebaixamento de nota de crédito.
O acordo ainda tem de passar pela aprovação da Câmara dos Deputados, a expectativa é de que seja aprovada, mas a oposição domina o a Câmara, vai sofrer se aprová-lo. Vamos ver.
Interessante é que eu li um texto hoje que mostra a enorme dificuldade do governo americano em qualquer época de cortar gastos públicos. Cortar gastos públicos é imensamente impopular, o povo pensa muito no curto prazo e quanto mais dependente é a população do governo, menor é a chance do governo realizar cortes. É necessário que ocorra uma crise, como a que vem ocorrendo na Europa atualmente.
O texto do site Breibart, escrito por Matthew Boyle, diz que o acordo de ontem estabeleceu 620 bilhões de dólares em aumentos de impostos e apenas 15 bilhões de cortes de gastos, o que dá uma razão de 41 dólares de impostos para 1 dólar de cortes de gastos. Boyle diz que em 1982 Ronald Reagan prometeu que para 1 dólar de aumento de impostos ocorreria 3 dólares de cortes de gastos, mas o corte de gastos nunca ocorreu, só o aumento dos impostos. George H. Bush prometeu a razão de 1 para 2, mas também só ocorreu aumento dos impostos.
Se isto ocorreu em governos conservadores, vocês acham que vai ocorrer alguma redução de gastos com Obama?
E no Brasil? Como andam os gastos públicos?
(Agradeço a indicação do texto do Breibart ao site Drudge Report)
Pedro, atualmente estudo na faculdade de direito da USP, a ilustre faculdade do Largo São Francisco, que virou as costas para toda sua tradição e se transformou em um antro detestável de comunistas. Cada vez mais me deprimo com esse ambiente e penso em deixá-lo definitivamente. Sinto que o direito é uma mentira, que não passa de um instrumento do Estado para roubar de uns e dar a outros, não distribuindo nada além de pobreza e decadência. Por isso minhas atenções se voltaram à economia, masi particularmente à Escola Austríaca de pensamento econômico. Comecei a estudá-los a pouco tempo, mas desde já me deslumbrei com a habilidade de seus integrantes em desacreditar e enterrar o pensamento socialista. Mas, como católico, já tenho visto muitas críticas de meus irmãos ao pensamento austríaco, mesmo sabendo que as raízes desta escola estão na medieval Escola de Salamanca, onde estudiosos tomistas desenvolveram pela primeira vez uma análise do sistema econômico. Agora estou confuso, o que você tem a me dizer sobre isso? Respeito muito sua opinião.
ResponderExcluirCaro Rafael,
ResponderExcluirEu costumo dizer que a escola austríaca e o comunismo têm um ponto em comum: o ateísmo, e, em especial, desprezo pelo cristianismo. Sobre isto basta ler von Mises (no livro Human Action), um dos pais da escola austríaca.
Tem gente na Espanha e nos EUA que tenta conciliar escola austríaca e cristianismo, eu acho muito frágil.
Bom, mas há salvação, amigo, a Igreja Católica tem a sua própria teoria econômica: o Distribtuismo.
Eu tenho um blog especialmente sobre isso. Visite: http://bloco11cela18.blogspot.com.br/
Leia sobre Distributismo, há indicações no blog. O Distributismo não tem todas as respostas ainda, mas está no caminho que acho mais correto.
Abraço,
Pedro Erik