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Acima, quadro maravilhoso de Diego Velázquez, chamado Cristo Crucificado, que tive a graça de ver no Museu do Prado em Madri. Abaixo, duas decisões da Corte de Direitos Humanos da Europa, que foram divulgadas hoje, uma a favor da Cruz, outra contra a Cruz de Cristo. E duas outras decisões da mesma Corte que põe a defesa de gays acima da liberdade religiosa.
Uma aeromoça chamada Nadia Eweida entrou com um processo contra a British Airways pelo direito de usar um crucifixo no pescoço. Ela venceu, a Corte deu ganho de causa para ela. Mas uma enfermeira de nome Shirley Chaplin, que entrou com o mesmo pedido de poder usar a Cruz no pescoço, perdeu na mesma Corte. A alegação foi de que o crucifixo pode ferir ou contaminar os pacientes. Fico pensando que o crucifixo deveria ser enorme e lembrar uma faca para ferir os pacientes e me pergunto o que não pode contaminar os pacientes.
Além disso, Lilian Ladele, uma arquivista pública, perdeu seu emprego ao não querer oficializar um casamento gay. E Gary McFarlane, um terapeuta, foi demitido porque não quis fornecer aconselhamento sexual para casais gays. A Corte decidiu contra Ladele e McFarlene.
Vejam fotos abaixo dos "perigosos" crucifixos nos pescoços de Lilian Ladele que está na sua esquerda (de azul) e Eweida, a da direita.
Mark Movsesian, do Center for Law and Religion Forum, discutiu os quatro casos com mais detalhes e mostrou que, com exceção do caso de Eweida, as decisões agem contra liberdade religiosa, na suposta defesa do direito dos outros e dos gays. O direito de se rejeitar uma atitude com base em preceitos religiosos está sendo suprimido. As decisões, ressalta Movsesian, foram desencorajadoras para os defensores da liberdade religiosa.
Os cristãos não podem nem usar uma crucifixo, sem receio de serem demitidos. O pluralismo, o secularismo e o homossexualismo venceram em três casos. O cristianismo e a liberdade religiosa em apenas um.
E aí o que quer a Europa? Jogar a Cruz para debaixo do tapete e inibir os cristãos de agirem de acordo com sua fé?
O historiador Tim Stanley e a jornalista Cristina Odone escreveram sobre as decisões da Corte, e viram que a Europa adota agressivamente o secularismo e marginaliza os cristãos, que não podem nem mesmo seguir sua fé publicamente.
O grande Hilaire Belloc disse que a "Europa é a Fé, e a Fé é a Europa", querendo mostrar que no dia que a Europa abandonasse o cristianismo deixaria de ser Europa. Acho que a gente já consegue vislumbrar isso.
Os cristãos estão sendo expulsos do Oriente Médio, são perseguidos na China e na Coréia do Norte, são assinados nas terras islâmicas da África e a tendência no futuro próximo, como lembra Odone, é o número de mártires cristãos aumentarem na Europa. E eu diria também nos Estados Unidos, onde Obama persegue a crença católica da defesa da vida, querendo obrigar às instituições católicas a fornecer abortivos. Os padres católicos americanos já falam que preferem a prisão.
Rezemos pelo quatro peticionários, Eweida, Chaplin, Ladele e McFarlene. Eles ainda podem apelar para a alta corte, mas já venceram em muitos corações, como mostram Stanley e Odone.
No fim, nós, cristãos, temos que olhar para a Cruz, nosso foco é Cristo.
Em Cristo, sempre venceremos, como diz as iniciais ICXC NIKA.
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