domingo, 3 de março de 2013

Deus NÃO é só amor! Pelo amor de Deus.


Certa vez eu ouvi um padre em uma rádio católica dizer: "Rezemos, pois Deus nos dá tudo que queremos". Por que eu achei pouco educativa esta frase do padre? Por que a vida não é tão simples assim, a Bíblia nos diz que não.  O livro de Jó, um dos livros mais brilhantes de toda a Bíblia, nos lembra que é Deus que conhece o que é bom para nós. Não é assim "dá tudo que queremos" e na hora que queremos. Ele nos dá o que a gente precisa, e pode ser doloroso.

Se me perguntassem qual era a mensagem que eu gostaria de deixar no blog, se eu fosse fechá-lo, eu diria: "Deus não é só amor, Ele quer que nos tornemos santos, por isso é exigente. E nosso pecado maior é não buscar a santidade."

Em geral, no Brasil e na América Latina, os padres ressaltam muito a misericórdia e o amor de Deus e esquecem de falar que Deus é pai e exigente quanto ao nosso comportamento (acima Cristo expulsa com chicote os vendedores do Templo, na bela gravura de Albrecht Durer)

Lembrei do que ouvi na rádio, ao ler dois artigos:

1) um no blog do Padre Fortea que nos lembra que Deus não é só amor; e

2) outro no blog Creative Minority Report que fala sobre uma pesquisa no Reino Unido que mostra que os católicos são os que têm menos remorsos depois de cometer um grave pecado. Os muçulmanos, judeus e protestantes têm mais remorso.

Christina Odone colocou a culpa na confissão. Os católicos se confessam, rezam algumas ave marias, e acham que podem errar de novo. Eu me lembro bem das palavras de Cristo a prostituta: "vá e não peque mais).

Na pesquisa, apenas 12% dos católicos que vão a Igreja se sentem culpados por usar contraceptivos e apenas 57% se sentem culpados se cometerem adultério. 90% dos protestantes se sentem culpados se cometerem adultério e 70% dos muçulmanos (se bem que acho estranho isso, pois muçulmanos podem ter quatro esposas, mas seria adultério se fosse fora das quatro, suponho).

Fiquei bastante desonrado com esta pesquisa. Os padres devem trabalhar mais para mostrar o que Deus exige de nós (e não falar apenas do amor divino).

Rezemos pela Igreja (que é o mesmo que rezar por nós).

Precisamos rezar mais para que os católicos conheçam e sigam a doutrina da Igreja, pela misericórdia de Deus e para que os católicos saibam que Deus observa e condena nossos pecados (e ainda mais se cometemos repetidas vezes depois da confissão).

Outra coisa, como disse o Padre Fulton Sheen na imagem abaixo: "se alguém diz: eu sou católico, mas...é porque não é católico".



(Agradeço a imagem de Fulton Sheen ao site The Guild of Blessed Titus Bradsma)

2 comentários:

  1. Descordo da Christina, não acho que a confissão seja a culpada, a culpa é dos padres que não estão evangelizando direito. O bom da confissão é que sempre revemos onde estão nossos pontos fracos para tentar superá-los, mas se continuamos com o mesmo pecado e não tentamos parar de cometê-lo estaremos sendo negligentes com Deus. Sem falar que é muito mais fácil se arrepender só no seu interior com Deus do que com alguém que o representa em carne e osso. Ainda tem o fato de que a pessoa não pode comungar com pecado mortal, o que faz o católico ir ao confessionário.

    ResponderExcluir
  2. Caro avmss,

    Acho que Christina escreveu o texto movida pela raiva de ver os católicos (ela também é católica) sendo mostrados em tão perturbadora situação. Eu gosto bastante do que ela escreve.

    E você tem toda razão sobre a Confissão. É uma dádiva de Deus que precisa ser muito respeitada e os padres devem ser firmes na condenação dos pecados.

    Abraço,
    Pedro Erik

    ResponderExcluir

Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).