A foto acima é de um debate chamado "Good Muslim is a Bad Muslim?" (Um Bom Muçulmano é um Péssimo Muçulmano?). O que se discute é se um muçulmano que siga a doutrina islâmica, necessariamente, se tornará um terrorista e tentará destruir a cultura ocidental, matando cristãos, judeus e pagãos? Em outra palavras: a doutrina islâmica é uma desgraça para a humanidade? Ou ainda, se um muçulmano seguir o exemplo de Maomé, o que ele se tornará?
O debate foi feito no Thomas More College envolveu dois grandes escritores católicos da atualidade, Robert Spencer e Peter Kreeft, autores de dezenas de livros. Eu leio os dois diariamente, pois os dois têm blogs (Jihad Watch e Peter Kreeft´s blog). Já falei muito deles aqui.
Sou fã de ambos, mas quando se trata de discutir Islã, tenho a impressão que ninguém no mundo supera Robert Spencer, nem mesmo os próprios líderes religiosos muçulmanos. Por isso, eu esperava que Spencer ganhasse o debate e convencesse Kreeft, foi exatamente o que aconteceu. Spencer destruiu os argumentos de Kreeft.
Spencer defende a idéia de que sim, um bom muçulmano, aquele que segue Maomé, será uma desgraça para a humanidade. Kreeft tenta olhar para o lado "piedoso" muçulmano e responder que não.
Não vou traduzir o vídeo do debate abaixo, são quase duas horas de debate. Vou apenas colocar os principais pontos de ambos, Spencer e Kreeft.
Spencer pensa que o Islã é a grande ameaça a humanidade atualmente. Kreeft pensa que o secularismo, que tem fonte no iluminismo, é a grande ameaça.
Spencer começa comentado o livro de Kreeft, em que um muçulmano aparece citando partes do Alcorão, que seriam passagens que pregam a tolerância religiosa. Ele diz que existem sim estas passagens no Alcorão, mas que elas foram revogadas pelas passagens posteriores. Pois o Alcorão permite contradições entre seus versos e acompanha a vida de Maomé. Quando ele não tinha poder para enfrentar seus inimigos em Meca, ele pregava tolerância, mas quando obeteve exército e força política, ele pregou a violência e a destruição dos infiéis. O Alcorão é divido a partir dos capítulos maiores para os menores, geralmente os capítulos menores revelam o tempo de Meca e são pacíficos, os maiores revelam o tempo que Maomé teve poder, e revogam os versos de Meca.
Para Spencer, é apenas um sonho (wishful thiking) imaginar que o Islã pregue a tolerância religiosa. Jihad significa luta e pode ter várias conotações, mas a conotação do Alcorão é de guerra contra os infiéis. Maomé fez dezenas de guerra, muitas delas sendo ofensivas, ele atacou tribos judias e cristãs.
Kreeft começa reconhecendo que Spencer sabe muito mais de Islã do que ele e diz que concorda com quase tudo ele falou, tem diferenças apenas de ênfase. Kreeft passa boa parte de sua fala contando a história de um aluno seu que era muçulmano. O que é um desperdício de tempo, pois eu acho que o exemplo de uma pessoa não está em debate.
Kreeft conta que um dia na sala de aula se observou que havia uma espaço onde era colocado um crucifixo. O crucifixo foi retirado para não ofender fiéis não cristãos. O muçulmano se diz ofendido com a retirada do crucifixo, pois era de se esperar um crucifixo em um faculdade católica e diz que os muçulmanos também respeitam Jesus como profeta e defenderiam Jesus até a morte.
Kreeft também elogia a piedade muçulmana, a profundiade do sufismo muçulmano e as preocupações com a moralidade.
Spencer lembra que tipo de moralidade os muçulmanos pregam. Os homens podem casar até quatro vezes e com crianças a partir de 9 anos, além de poderem ter escvravas sexuais. Ele conta que um vez uma jornalista foi obrigada a casar por uma noite com uma pessoa para entrevista Khomeini. O Islã permite o casamento por uma noite (com uma prostituta) pois facilita o divórcio por parte do homem. Basta um homem dizer que não quer mais, que pode abandonar sua esposa ou esposas. Ele pergunta a Kreeft se podemos tolerar isso no ocidente.
Kreeft diz que não podemos tolerar, mas que podemos tratá-los como tratamos os mórmons que aprovam poligamia.
Spencer diz que Kreeft contou uma bonita história de um muçulmano mas que ele não está em debate e sim os textos da doutrina islâmica. Além disso, basta ver como os muçulmanos andam destruinod crucifixos nas igerjas cristãs pelo mundo.
Spencer diz que considerando a poesia sufista, veremos que elas não impediram que se pregasse a morte de cristãos e judeus. Spencer lembra que tanto Khomeini como o fundador da Irmandade Muçulmana eram fãs das poesias do sufismo, e assim mesmo pregaram a jihad contra os infiéis.
Kreeft, quase desistindo do debate, pergunta se Spencer pelo menos concorda que temos algo a aprender com a piedade muçulmana.
Spencer responde que a piedade muçulmana é bonita, mas não necesseriamente temos que recorrer a ela para sermos piedosos, já há inúmeros exemplos no cristianismo.
Discute-se também outros detalhes do Alcorão, i) livre arbítrio no Islã, ii) como Alá preencheu o Inferno, iii) a revelação dada a Maomé e iv) a fala de Bento XVI que citou um imperador medieval que disse que o que o Islã tem de bom não é do Islã e o que tem de novo não presta.
Ao final, Kreeft diz que concorda com Spencer: um bom muçulmano é um péssimo muçulmano.
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É um debate fantástico e histórico. Certamente tanto Spencer como Kreeft deixam um legado para a prosteridade.
Assistam a todo o debate, caso saibam inglês (o tradutor do youtube não serve)
(Agradeço a indicação do vídeo ao blog Jihad Watch)
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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).