sábado, 17 de maio de 2014

SSPX e Ortodoxos: Quando a Separação da Igreja é Fonte de Poder.


No começo do mês de maio, eu li um texto interessante de Patrick Archbold no site do jornal National Catholic Register que expressa muita preocupação com o comportamento do Papa Francisco, especialmente sobre casamento, mas diz que "não vai a lugar nenhum", vai continuar Católico, não importa o que o Papa Francisco faça.

Lá pelas tantas, ele diz o seguinte:

I think of groups like the SSPX.  Once upon a time, the SSPX were right in so many of the things they said and their retention of Catholic tradition was praiseworthy.  But once they separated themselves, thinking somehow that they could reform the Church from the outside, the separation, for many, became their raison d'être.  Separation is never the answer, that way is protestantism, pure and simple.  Speak the truth always and speak it with clarity and in charity, but always do it from the inside. Always.

Traduzindo:

Eu acho que grupos como a SSPX. Por um ceeto tempo,  a SSPX tinha razão em muitas das coisas que eles diziam e sua retenção de tradição católica era louvável. Mas uma vez que eles se separaram, pensando que de alguma forma eles poderiam reformar a Igreja do lado de fora, a separação, para muitos, tornou-se sua razão de ser. Separação nunca é a resposta, como mostrou o protestantismo, puro e simples. Fale a verdade sempre e fale com clareza e na caridade, mas sempre o faça a partir de dentro. Sempre. 

Lembrei deste texto de Archbold ao ler hoje um excelente texto sobre a divisão entre Católicos e Ortodoxos que ocorreu desde o ano 1054.

O texto é do autor do livro acima: Adam Deville. Ele mostra a história desta divisão e o quanto tem sido difícil qualquer reaproximação. Mesmo porque, ao meu ver, a própria igreja ortodoxa é muito dividida e o patriarca de Constantinopla não tem tanto poder quando o patriarca da Rússia. Finalmente, para mim, como diz Archbold, a divisão virou fonte de poder, o que torna quase impossível a reunião dos cristãos.

Leiam todo o texto de Deville, clicando aqui. Eu, infelizmente, não tenho tempo para traduzir com cuidado.

Mas vou colocar aqui algumas imagens disponíveis no texto de Deville que mostram as diferenças litúrgicas entre católicos e ortodoxos.







3 comentários:

  1. Pedro, boa noite!

    Apesar da separação, sou um grande admirador da liturgia, da sobriedade, das celebrações ortodoxas!

    Pelo pouco que sei é uma igreja cheia de beleza e respeito 'ortodoxo', se me permite o trocadilho, para com a doutrina cristã(fora a história dos grandes santos e padres eremitas da igreja daquela região)!

    Gostaria de um dia conhecer a igreja russa, oriental de maneira geral, mas dizem que seu envolvimento com o governo/putin tem sido danoso!

    Abraço!

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  2. Ah, Pedro, conhece a igreja do Líbano, aqui em fortaleza?

    Belíssima, maravilhosa! Destaque pra iconografia! Abraço.

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  3. É verdade, Duddu. Os ortodoxos celebram o Cristo mostrando a beleza do culto. Nós católicos, após o Vaticano II, pioramos muito a liturgia. Bento XVI viu isso e tentou corrigir. Rezemos que Francisco entenda também (não parece ser o caso até agora, infelizmente)

    Não, não conheço a Igreja do Líbano. Quando for a Fortaleza, vou fazer uma visita.

    Abraço,
    Pedro Erik

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).