Recentemente, eu li uma análise do filósofo Edward Feser (recomendo qualquer livro dele) sobre filmes que tratam a memória das pessoas como sendo "a" pessoa. Feser esclarece que a memória sozinha não é a pessoa, transferindo a memória de uma pessoa para outra não transfere a pessoa. Feser, como é muito comum, está certo.
Mas ontem, eu li a recomendação de um filme pelo arcebispo Chaput, um arcebispo que admiro. O filme se chama em inglês The Giver, e em português é chamado o Doador de Memórias. O filme retrata pessoas que vivem em um mundo artificial sem dor ou guerras e um "doador" irá mostrar que existe muito mais na memória que é controlada por um processo burocrático.
Bom, não me parece caber bem na análise de Feser, pois não é transferência de memória, mas destruição de memória. Mas os dois casos revelam nossa fixação em dominar os sentimentos humanos que estão no fundo da questão.
Vejamos o que disse Chaput:
Um dos romances mais populares dos últimos 20 anos - de Lois Lowry Newberry premiado The Giver - estará nas telas de cinema amanhã, 15 de agosto, graças a Walden Media. Walden é a mesma empresa familiar que lançou As Crônicas de Nárnia. O livro de Lowry já vendeu mais de 10 milhões de cópias.
Alguns pais descobriram o romance muito preocupante ou controverso para as crianças por causa de seu tema. A história retrata uma sociedade rigidamente controlada do futuro, que mostra "mesmice", onde as memórias e emoções fortes são desencorajadas, a consciência é praticamente desconhecida, e bebês defeituosos, os idosos e os dissidentes são metodicamente enviados para "outro lugar" - em outras palavras, mortos. Um jovem, escolhido pela comunidade para treinar como seu "Receiver of Memories", é repelido pelos segredos do coração da utopia. Ele põe em movimento um despertar do espírito humano.
Este é um filme maravilhoso. Nada na versão cinematográfica de The Giver vai ofender uma família. Exatamente o oposto. É um inteligente, muito bem trabalhado, que todos deveriam ver. Esta é uma grande produção de uma grande história, bem acima do padrão "família" em qualidade, prestado por um excelente elenco - Meryl Streep, Jeff Bridges, Katie Holmes, Taylor Swift e outros. Não deixem de assitir.
Vejam o trailler do filme abaixo:
Chaput também recomenda um livro para ser usado na catequese sobre casamento e família.
Leiam todos o livro Love is Our Mssion: The Family Fully Alive
(Agradeço a indicação do artigo de Chaput ao site Creative Minority Report)
Eu assisti e o filme tem filosofia altamente satanista. O próprio final do filme mostra como é "chato" e "sem vida e amor" um mundo perfeito governado pelas regras dos "Anciãos" (Deus) e que as "memórias são a VERDADE" e os Anciãos e suas regras "a mentira". Filosofia típica de Lúcifer, que se rebelou contra um sistema perfeito, de Deus, agora quer colocar na mente das pessoas como o céu "é chato". Mas neste filme essa filosofia está "escrachada".
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