Assisti no final de semana um documentário sensacional do History Channel. Ele se chama "Um Dia na Vida dos Ditadores". O canal History Channel tem se concentrado muito na idiotice de programas sobre extraterrestres, mas de vez em quando trata de forma muito boa um tema de relevância. Tanto é verdade que eu abandonei o canal, e só descobri o documentário pois tive a sorte de, ao ficar passar canais, ver no momento que estava passando o programa.
O documentário (traillers abaixo) retrata um dia importante na vida de três ditadores sanguinários, nojentos e pervertidos: Id Amim Dada, Momamar Khadafi e Joseph Stalin.
O que mais me impressionou no documentários, além dos relatos de quão pervertidos os ditadores eram, foi a conclusão do documentário.
Os ditadores têm características semelhantes, uma delas é que costumavam ressaltar que eles nasceram pobres e subiram na vida com muito esforço "em favor do povo". Outra característica, era a megalomania, achavam que poderiam dominar tudo e todos.
Mas a característica comum mais importante para mim é o peso da falta da figura paterna na vida deles. No final, o documentário fala dos pais destes ditadores, esclarecendo que a figura paterna é extremamente importante para colocar limites em uma pessoa.
O pai de Id Amim Dada abandonou o catolicismo pelo islamismo e largou o filho na mão da mãe que praticava magia negra. Amin Dada passou a vida tendo várias superstições, combinou o Islã com estas superstições, como a de beber sangue do inimigo morto para que a alma do inimigo não lhe perturbasse.
O pai de Mommar Khadafi desprezava o filho que saiu da sua tribo muito pobre para estudar na cidade grande.
O pai de Joseph Stalin era sapateiro, alcoólatra, batia no filho e o abandonou.
Vejam os traillers do documentário, abaixo, o primeiro em português e o segundo na versão em inglês.
Rezemos pelos pais do mundo, que eles, as mães e todos entendam a importância deles. Os filhos entendem.
Também vi, concordo com tudo. Um canal inútil que raramente oferece um programa como este. Amigos totalmente alheios a este assunto e suas implicações têm comentado sobre o programa, que assistiram também numa zapeada entre os canais que formam o lixo que é a TV a cabo hoje em dia. Sobre Stálin fiquei um pouco decepcionado; as melhores facetas da loucura dele ficaram de fora, mas isso seria alongar de mais um programa já muito útil e por isso estranho na programação da televisão.
ResponderExcluirAbraço, Pedro.
É verdade, Nik.
ResponderExcluirSe realmente houver tanta audiência de "raul seixas" por aí (gente que fica à espera de um disco voador) eu ficarei bastante preocupado.
Abraço,
Pedro Erik
Eu vi também e fiz a mesma observação sobre os pais! Isso tem valor até simbólico, eu acho, pois o ateu de origem cristã não faz mais do que rejeitar o Pai. No caso desses ditadores seria talvez a transposição da rejeição paterna. Gostei também do documentário não demonizar os três, mas deixar claro que suas monstruosidades são possibilidades humanas. O filme não diz, mas são possibilidades do humano marcado pelo pecado. Abraço, irmão!
ResponderExcluirAbraço, caríssimo silence et solitude.
ResponderExcluirÓtima observação sobre até onde o pecado pode levar.
Por vezes, eu acho que até os líderes da Igreja esqueceram disso, ao serem influenciados pela cultura "paz e amor".