Hoje, 6 de março*, marca 50 anos em que pela primeira vez um Papa celebrou a missa sem usar o Latim, fruto das decisões do Concílio Vaticano II.
No vídeo abaixo da Rome Reports, três cardeais falam sobre a liturgia em língua popular e argumentam que o uso de língua que o povo entende faz os cristãos participarem mais da missa. Todos os três cardeais usam a palavra "participar". Um deles ressalta que antes as pessoas não entendiam a missa e ficavam rezando o Rosário durante a cerimônia.
Bom, depois de 50 anos, o uso da língua que povo fala fez o povo participar mais da missa e da Igreja? O que é participar? Responder as partes do caderno da liturgia da missa apenas?
Ou, depois de 50 anos, a retirada do Latim desvalorizou a missa e também o Rosário?
Os cristãos passaram a ir mais a missas pois agora entendem o que é dito?
A liturgia fez o povo se aproximar ou afastou o povo?
Taí perguntas que até hoje geram debate nervoso e divide papas.
De minha parte, acho que a retirada do latim abriu "uma brecha" (termo usado pelo Papa Paulo VI) para a destruição do sublime e do divino da liturgia. Nem povo e nem mesmo o clero respeita mais as missas, nem muito menos reza o Rosário. Não é culpa apenas da saída do Latim, longe disso, muito mais se fez no sentido de destruir a liturgia, como a piora na formação do clero. Tem algo mais claro disso do que os casos de pedofilia dos anos 70 e 80?
Vejam o vídeo da Rome Reports abaixo, transcrevo o que se diz no vídeo em seguida.
Pope Francis' visit to the All Saints parish in Rome this Saturday has plenty of history behind it.
He will remember the Mass that Pope Paul VI celebrated there on the same day exactly 50 years ago. It was the first public mass that a Pope had celebrated in a language other than Latin.
He will remember the Mass that Pope Paul VI celebrated there on the same day exactly 50 years ago. It was the first public mass that a Pope had celebrated in a language other than Latin.
Paul VI used a missal that alternated between Latin and Italian. In fact, the Second Vatican Council had proposed using local languages, instead of just Latin.
CARD. JULIAN HERRANZ
"The Council, the liturgical reform, had wanted people to be more involved in liturgical ceremonies. It is not merely about being present. They used to say,"Listen to the Mass." But Mass is about participating, not listening. It's not just about responding to the prayers that the priest says. It is about leading their lives to the altar.”
CARD. FRANCIS ARINZE
"I am not against the use of Latin. But no one can deny that if the ceremony is held in a language people understand, it helps them participate more. They can also consider the liturgy not as a matter of clergy around the altar, but as something between people and the clergy taking place in the house of God."
CARD. GEORGES MARIE COTTIER
"In some village churches, people prayed the rosary during Mass, because they did not understand anything. Now everyone is involved. It is a great achievement."
The Mass of Pope Paul VI was one of the first steps of the liturgical reform. The final missal, which is currently used, was adopted in 1969.
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* O Horário do meu blog é no fuso horário de Londres, por isso marca dia 7 de março. Eu não mudo o fuso horário por uma questão de história do blog que começou quando eu morava no Reino Unido e o primeiro post foi sobre as eleições de lá.
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* O Horário do meu blog é no fuso horário de Londres, por isso marca dia 7 de março. Eu não mudo o fuso horário por uma questão de história do blog que começou quando eu morava no Reino Unido e o primeiro post foi sobre as eleições de lá.
BOM DIA, meu nobre Pedro.
ResponderExcluirComo sempre, boa postagem.
Desde que abandonei o protestantismo decidi nunca assistir missas em rito novo. Todavia, houve duas vezes que participei, por motivos que não quero citar, seria cansativo. Decidi, então, nunca mais o fazer. E por que? Por dois motivos: primeiro: porque me faz sentir como se estivesse num culto protestante. É incrível a identidade, e é incrível como aqueles padres e católicos não percebem. Até as homilias deles se parecem com sermões protestantes. Segundo: a quantidade de sacrilégios cometido é alarmante. E pelo que tenho ouvido, visto e percebido, as missas novas são vazias de unidade e pobres de simbologia da Redenção. Há uma boa explicação da Fraternidade São Pio X sobre os problemas da missa nova.
Muito obrigado, pelo seu depoimento, carissimo Adilson.
ResponderExcluirVoce tem toda razao, amigo.
Abraco
Pedro erik
Bom dia, amigo!
ResponderExcluirCerta vez o papa Bento XVI disse considerar improvável um retorno total à Missa de São Pio V; daí veio a proposta de Reforma da Reforma. No Summorum Pontificum ele admitiu como válidas as duas formas de celebração. Portanto cabe-nos zelar para que as missas sejam celebradas com piedade e sincero amor a Deus.
Ás vezes me pergunto o que teria acontecido se se rezasse a mesma Missa de sempre, mas em vernáculo.
Sem dúvida, o uso universal do latim é um ótimo sinal da unidade da Igreja e ele deveria ser conservado em certas partes da Missa, como o próprio Paulo VI admitia.
Como dito no post, o maior problema, a meu ver, é a má formação do clero. Liturgia das Horas, devoções, novenas, adoração eucarística... tudo isso ficou mais raro ou inexistente. O caminho para a Missa Tridentina passa necessariamente por essas etapas.
Enquanto isso, nós como leigos, devemos rezar pedindo a Deus a conversão do nosso coração e que Ele envie santos pois são eles que sustentam a Igreja em períodos de crise.
Cordialmente em Cristo e Maria,
Gustavo Silveira.
É isso aí, caríssimo Gustavo.
ResponderExcluirGrande abraço,
Pedro Erik