O mundialmente renomado especialista em direito canônico, Edward Peters (na foto acima com o cardeal Burke) comentou se o Código Canônico e a teologia católica determinam a excomunhão de juízes católicos que decidem em favor do casamento gay. Qualquer católico não pode votar em favor, nem defender publicamente o casamento gay, mas e quanto a excomunhão?
A decisão da Suprema Corte dos EUA envolveu juízes católicos. Todos os votos contra o casamento gay foram de católicos. Mas dos nove membros, seis são católicos e três são judeus. Dos seis católicos, dois votaram em favor do casamento gay, uma mulher Sonia Sotomayor (de Nova Iorque nomeada por Obama) e um homem Anthony Kennedy (da Califórnia, nomeado por Reagan). Parece que a origem deles influenciou bastante, Califórnia e Nova Iorque são estados que sempre apoiam políticas ou políticos esquerdistas.
Daqueles católicos que foram oponentes, Antonin Scalia foi o que mais destacou contra a legalização do casamento gay. Ele é o mais velho membro da Suprema Corte, é de Virginia, e foi nomeado por Reagan em 1986.
Importante dizer sempre quando se discute a religião de alguém deve-se perguntar se a pessoa é realmente daquela religião, se conhece e segue os preceitos daquela religião. Se uma pessoa se diz católica, mas apoia o aborto, o casamento gay, quase não vai à missa, participa de cultos de outras religiões, não respeita padre, nem a hóstia sagrada, não acredita em santos, podemos chamar esta pessoa de católica?
Então, na Suprema Corte dos EUA há católicos e católicos. No caso dos judeus, parece haver um só tipo, todos votaram a favor dos gays.
Edward Peters acha que não há base legal canônica para excomunhão, mas defende alguma ação da Igreja contra eles sim, pois eles realiazaram uma ação grave. Por outro lado, ele afirma que se considerarmos que o casamento entre o homem e mulher não apenas é uma revelação "infalível", mas também uma "revelação divina", então quem age contra isso é herético, daí teríamos excomunhão automática. Peters deixa esta 1uestão para os teólogos.
Vejamos duas argumentações de Peters:
Two points remain for Catholics to consider.
1. ...chiefly that—aside from the compelling natural law demonstration that marriage is possible only between a man and woman, a demonstration that should be understandable as a matter of human reason—the Church teaches with infallible certainty that marriage is possible only between a man and woman) I think that some Catholic justices have, indeed, manifested their opposition toChurch doctrine (Canons 750 § 2 and 1371, 1°), doing so, moreover, “in published writing” and in a way that “gravely injures good morals” (Canon 1369). The canonical sanctions referenced for such offenses are, however, ‘indeterminate’ (justa poena) and, I would hold, would not extend to excommunication. To be sure, a number of very important procedural steps would need to be observed before moving on these norms (and the track record of thinking-through, let alone enforcing, penal canon law has not been strong in our day) but, at the very least, the fact that such an argument can even be made suggests a basis for some kind of pastoral intervention toward those Catholic justices who hold that “law can recognize as marriage whatever sexual attachments and living arrangements it wishes”, let alone toward those who voted to impose “same-sex marriage” on America.
2. If, as seems likely, Church teaching that marriage can exist only between a man and woman is taught not just infallibly (as a ‘secondary object’ of infallibility) but as being divinely revealed (making it a ‘primary object’ of infallibility), then, a Catholic’s obstinate denial of such a truth is canonically “heresy” (Canon 751) punishable by excommunication (Canon 1364 § 1), an automatic one at that—and is not just ‘opposition to Church teaching’ punishable by a ‘just penalty’. I leave it to theologians to hammer out whether Church teaching on the male-female foundation of marriage is simply, but infallibly, Church doctrine (I am sure it is at least that) or whether it is part of divine revelation (I am strongly inclined to say that it is), but either way, prominent Catholics asserting that marriage is whatever the State wants to make it, is a grave ecclesiastical problem.
Boa noite, nobre Pedro.
ResponderExcluirO título da postagem, bem como o tema, considero-o algo difícil. Vale a pena uma discussão. A excomunhão nesse caso, está dentro da doutrina eclesiológica? Vc tocou numa boa teclar: "quando se discute a religião de alguém deve-se perguntar se a pessoa é realmente daquela religião, se conhece e segue os preceitos daquela religião". E aqui eu pergunto: será que o modernismo com seu relativismo moral penetrou tão forte a Igreja que nem mesmo a boa educação católica tem sido realmente praticada em muitas comunidades? Desde que retornei ao seio católico, tenho visto inúmeras crianças, jovens e adultos que passaram pelo batismo e até pela primeira comunhão, mas vivem tão longe das práticas católicas que elas mesmas sequer sabem o que são. Tenho vivido até mesmo perturbado com isso, pois muitas vezes eu me sinto ilhado com meus filhos. Quando o pe Laguerie do IBP visitou o Grupo São Pio V aqui em Curitiba no ano passado, ele insistiu muito em que nós ficássemos sempre juntos, que nos mantivéssemos sempre em união e comunhão na doutrina católica, pois os dias são difíceis. Voltando à postagem.
De Sonia Sotomayor, creio que não nada o que se esperar tem termos de virtudes católicas: a mulher, como foi informado acima, servia a Obama e as suas causas progressistas que só visam mesmo destruir a sociedade do belo povo norte americano. Pelos frutos conhecereis a árvore. Quanto a Anthony Kennedy, digo que está mais para um traidor, um homem que cansou de perseguir a virtude e o Bem, onde que fosse necessário. O querido Reagan, graças a Deus, não está aqui para ver esse ato de degradação moral. Creio mesmo, que homens como Reagan e João Paulo II estão realmente fazendo falta em nossos dias. Eles formaram uma grande dupla.
De qualquer forma, creio que aqueles católicos, se é que eles realmente têm ciência do que é ser católico (do que é ser verdadeiros devoto da tradição cristã)deveriam sim receber umas boas chicotadas da Igreja.
É verdade, Adilson, o tema é difícil e o Kennedy surpreendeu negativamente.
ExcluirO pior é ver a Igreja com medo de defender a verdade publicamente. Um jornalista católico muito famoso nos EUA, Bill OReilly, tentou que algum clérigo falasse publicamente con
Contra a decisão da Suprema Corte, mas ninguém quis aparecer.
ExcluirRezemos pela Igreja.
Abraço
Pedro Erik
A conferência episcopal americana se manifestou publicamente... Ainda há muitos clérigos conservadores naquelas terras.
ExcluirEu coloquei a reação da conferência episcopal no blog, veja abaixo, caríssimo(a).
ExcluirÉ DO NAIPE DESSES JUÍZES QUE SATÃ MAIS NECESSITA!
ResponderExcluirCOMPRARAM PASSAGEM SÓ DE IDA PARA O INFERNO!
Se a pessoa não se excomungar automaticamente num caso desses - quantos escandalosos desenlaces passionais oficiais e "legalizados" diante da sociedade aparecerão - logo pelas sentenças favoráveis de juízes que deveriam ser católicos?
Desses "católicos", traidores de Jesus Cristo e da Igreja são dos Satã tem ultimamente conquistado e em altas instancias e cantado vitorias, certamente, esse caso!
Se não ficarem excomungados - reeditores oficiais de Sodoma e Gomorra versão séc XXI - poder-se-ia votar em comunistas, cometer adultério sem culpa, aderir aos PCs e cumprir sua agenda, ser devoto do esterco da mente de Jean Wyllys e similares, porque não?!
A passagem para o inferno só tem ida, será que esses globalistas sabiam?
Henoc
Os piores inimigos da Igreja estão dentro da própria Igreja: deixaram-se contaminar.
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