quinta-feira, 5 de julho de 2018

Facebook: Declaração da Independência dos EUA é Discurso de Ódio


Um jornal chamado Liberty County Vindicator resolveu colocar toda a Declaração de Independência dos Estados Unidos em partes em sua página do Facebook, Quando chegou na décima parte, o Facebook alegou que se tratava de discurso de ódio e ameaçou banir o jornal do Facebook!!

Como pode?

Ora, ora, foi a parte da Declaração que dizia que os nativos indígenas eram bárbaros e atacavam sem perdão mulheres e crianças em quaisquer condições!

Quer dizer que os indígenas eram bem malvados?

Humm...quem diria?

Por que será que os colonizadores odiavam os índios?

No Brasil e em várias partes da América, havia índios canibais, que sacrificavam crianças e faziam guerra sem perdão, do tipo que escalpela os inimigos.

O editor do jornal declarou que "infelizmente, Thomas Jefferson (principal autor da Declaração da Independência), como a maioria dos colonizadores britânicos não tinham amizades com os nativos".

Ao final, o Facebook liberou e pediu desculpas.

Alega que é problema com o "algoritmo".

Se o jornal um dia decidir colocar Cervantes, Shakespeare, Dante,...e a Bíblia, será banido do Facebook.

Humm...

Vejam o relato do fato abaixo pelo Washington Post:

Facebook flags Declaration of Independence as hate speech

In the week of America’s Independence Day, the algorithms of Facebook decided that the Declaration of Independence was hate speech.
The Liberty County Vindicator, a community newspaper between Houston and Beaumont, had been posting the whole declaration in small daily chunks for nine days on its Facebook page in the run-up to July 4. But the 10th excerpt was not posted Monday as scheduled, and the paper said it received an automated notice saying the post “goes against our standards on hate speech.”
Part of the standard notice, Vindicator managing editor Casey Stinnett wrote, included a warning that the newspaper could lose its Facebook account, on which it depends for much of its reach, if there were more violations.
The offending passage?
It was part of the document’s “Bill of Particulars” against Britain’s King George III: “He has excited domestic insurrections amongst us, and has endeavoured to bring on the inhabitants of our frontiers, the merciless Indian Savages, whose known rule of warfare, is an undistinguished destruction of all ages, sexes and conditions.”
Mr. Stinnett dryly replied in an article about the rejection, “Perhaps had Thomas Jefferson written it as ‘Native Americans at a challenging stage of cultural development’ that would have been better. Unfortunately, Jefferson, like most British colonists of his day, did not hold an entirely friendly view of Native Americans.”
He noted that the newspaper wanted “a means of contacting Facebook for an explanation or a opportunity to appeal the post’s removal, but it does not appear the folks at Facebook want anyone contacting them. Or, at least, they do not make it easy.”
Within a day, Facebook had paid heed, allowing the posting and sending the Vindicator an apology.

Um comentário:

  1. Antes do descobrimento do Brasil, os indios eram tão bonzinhos entre si, tanto e se amavam em tal fraternidade que viviam apenas em guerras tribais generalizadas, cada qual tentando se apossar das terras alheias que melhor atendessem às conveniencias do momento, como çaça, pesca e plantio...
    Já os homens brancos, por causa de estrategias de dominio mundial, petroleo e outros, como são malvados...
    Quanta diferença, né, politicamente corretos?

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).