sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Papa Francisco Destruindo a Tradição pelo Catecismo


A Igreja Católica é assentada na Bíblia e na Tradição. Tradição é a "transmissão viva do evangelho", então é vivo, mas é evangelho. Entenderam? É a vida humana sustentada no evangelho, não pode desapegar dele.

Pena de morte é aceita por todo o evangelho, seja no Velho Testamento, em que Deus e praticamente todos os patriarcas (Moisés, Davi, Salomão, Josué,...) mataram e mandaram matar, até São Paulo, que defende a "espada do Estado" para fazer justiça. Cristo veio para "cumprir" o evangelho, nas próprias palavras Dele, e assim ele não pode ser separado nem de Deus, nem de Moisés.

Todos os doutores da Igreja sabiam disso e assim respeitaram a pena de morte.

Por exemplo, São Tomás de Aquino, com apoio de Santo Agostinho, responde sobre pena de morte na questão 64 da parte II-II, artigo 3, principalmente. No qual, ele diz que é ilícito matar um malfeitor, como é lícito um médico amputar um membro gangrenado. Vejam:

"Como já dissemos; matar um malfeitor é lícito, enquanto esse ato se ordena à salvação de toda a comunidade. Portanto, pratica-lo pertence só aquele que foi incumbido de zelar pela conservação da comunidade, assim como ao médico, pertence amputar um membro gangrenado, quando estiver incumbido de zelar pela conservação de todo o corpo de alguém. Ora, cuidar do bem comum pertence ao chefe investido da autoridade pública. Logo, só a eles é lícito matar os malfeitores e não, aos particulares.
Um ato é praticado por quem tem a autoridade para fazê-lo, como está claro em Dionísio. Por isso, Agostinho diz: Não mata quem deve prestar esse serviço a quem o mandou; pois, presta o mesmo serviço que a espada nas mãos de quem dela se serve. Por onde, os que mataram os vizinhos e os amigos, por mandado do Senhor, não se consideram como o tendo feito por autoridade própria; antes, o fez aquele por cuja autoridade assim procederam. Assim também, o soldado mata o inimigo pela autoridade do chefe e o algoz, o ladrão, pela autoridade do juiz."

Quem pode mudar a doutrina de pena de morte da Igreja? Ninguém!. Repito, Ninguém.

Por isso, é um absurdo um Papa escrever no Catecismo da Igreja que a pena de morte é inadmissível.

Ontem, eu debati no Facebook do Life Site News com uma pessoa. A pessoa primeiro pediu minhas bases teológicas para dizer que o Papa cometeu uma heresia. Eu simplesmente mencionei a Bíblia, os profetas e São Tomás. Depois de alguma resistência a pessoa disse que o que o Papa fez não é doutrinal, pois foi feita apenas no Catecismo.

Bom, perguntem a toda a mídia mundial que propaga que a pena de morte agora é pecado.

Além de ser um ato covarde teologicamente do Papa, pois  não enfrentou o debate teológico sobre o assunto, o Papa só citou ele mesmo para colocar a palavra inadmissível no verbete da pena de morte no Catecismo, um ato realmente irresponsável.

Alguém pode se perguntar: o que mais ele pode fazer com o Catecismo para tentar derrubar a Bíblia e a Tradição de 2 mil anos da Igreja?

Rezemos. Para mim, ontem, o Papa assinou que é um papa herético.

Uma boa análise do que o Papa fez ontem também foi feita por John Zmirak, que lembra que o Papa não tem autoridade para fazer o que fez ontem.



7 comentários:

  1. Novamente.

    Tiro do texto da postagem a seguinte frase: "Quem pode mudar a doutrina de pena de morte da Igreja? Ninguém!. Repito, Ninguém. Por isso, é um absurdo um Papa escrever no Catecismo da Igreja que a pena de morte é inadmissível."

    Dr Pedro: se ninguém tem tal autoridade, certamente o papa sabe. Eu pergunto: o papa, sob a autoridade de seu pontifício pode alterar o direito canônico, e assim trazer para si essa autoridade ou não? E se o papa não pode fazer isso e se a imensa maioria esmagadora da Igreja, em seus milhares de fiéis leigos espalhados pelo mundo, desconhece que ele erra ao agir assim, então a quem caberá exigir do papa que este anule este ato? Ora, como vemos, quase todo o Vaticano está ao lado dele, o que vai favorecer o papa. Esse meu questionamento se faz por eu desconhecer acerca de Direito Canônico.

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  2. Bom, caríssimo Adilson, primeiro temos Deus a nosso lado. Já tentaram destruir a Igreja inúmeras vezes, de dentro e de fora. Devemos confiar em Deus.

    Segundo, o papa não pode usar poderes que não tem. Ele não tem poder para alterar a doutrina da pena de morte. O que o Papa fez foi uma heresia, mas a doutrina permanece, pois está sólida na Bíblia e na Tradição.

    A quem cabe denunciar a heresia do papa? A todos nós que somos a Igreja e em especial aos "príncipes da Igreja", os cardeais. Até agora, não vi nenhum cardeal se levantar. Talvez porque o método do Papa foi covarde. Ele colocou uma frase dele dentro do Catecismo. Não é um ato doutrinal, não pediu poderes em decisão que chamou de infalível. Imagino que os cardeais que sabem que ele cometeu uma heresia estão pensando em como combater isso.

    Foi um ato covarde e irresponsável do Papa. Terrível.

    Devemos denunciá-lo pelo bem da Igreja e em nome de Cristo.


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  3. Acha pouco para quem diz que: "Lutero, testemunho do Evangelho" e o pagão e fabricante de terroristas Islã e dizer que "Relacionar Islã com terrorismo é loucura", apoia as esquerdas, já que os 2 últimos são aliados de momento, agem como os social-comuno-nazi-fascistas que eliminam os inimigos de forma que satisfaçam a ideologia marxista e mais dezenas de similares, que esperar?

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  4. Caríssimo Pedro Erick, saudações!
    Entendo a vossa preocupação em relação à mudança do parágrafo do Catecismo da Igreja Católica a respeito da Pena de Morte. Mas não é necessário tanto alarde nesta situação.
    Algumas afirmações vossas, são de um teor “agressivo e desrespeitoso” ao Primado supremo e a autoridade do Papa.
    Para entenderes, a autoridade do Papa tem as seguintes propriedades:
    Ordinária: em razão do seu cargo, e não por delegação especial para ser exercida.
    Plena: abrange a plenitude dos poderes confiados por Cristo à sua Igreja.
    Universal: estende-se à totalidade da Igreja.
    Suprema: não há acima do Papa autoridade alguma na Terra, de modo que de uma decisão sua não pode apelar-se, nem sequer perante um Concílio universal.

    Quem pode mudar a doutrina de pena de morte da Igreja? Ninguém!. Repito, Ninguém.
    Respondo à vossa pergunta: O Papa é infalível quando fala ex cathedra, e isso acontece quando:
    Ensina uma coisa referente ao dogma ou moral cristã;
    Se dirige à Igreja Universal;
    Fala na sua qualidade de Mestre supremo do povo Cristão.

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  5. Meu caro Cassio,

    Infelizmente, o Papa não respeitou nem a Bíblia (incluindo Cristo), nem a Tradição da Igreja, nem todos os seus antecessores, ao usar a palavra "inadmissível".

    E ele sabe disso ao não basear sua mudança em ninguém. Apenas nele.

    Não é possível tergiversar. Ele assinou uma heresia.

    Na sua definição de infalibilidade faltou um pequeno acréscimo: ele só é infalível quando respeita a fé, a Tradição da Igreja.

    Abraço

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  6. Caro Erick!
    Pensas que a definição é minha! Mas não é! A definição é da Teologia Dogmática as nossa Igreja Católica!
    O dom da infalibilidade não consiste em uma nova revelação, mas na assistência do Espírito Santo, a fim de que a revelação transmitida a partir dos Apóstolos seja fielmente interpretada.
    Transcrevo aqui as Palavras do Papa PIO IX, da Constituição Pastor Aeternus sobre a Infalibilidade Papal:
    “Por isso, aderindo-nos fielmente à tradição recebida dos inícios da fé cristã, para a glória de Deus Nosso Salvador, exaltação da religião católica e salvação do povo cristão, com a aprovação do Sagrado Concílio, ensinamos e definimos como dogma divinamente revelado que:
    O Pontífice Romano, quando fala ex cathedra, isto é, quando no exercício de seu ofício de pastor e mestre de todos os cristãos, em virtude de sua suprema autoridade apostólica, define uma doutrina de fé ou de costume como devendo ser sustentada por toda a Igreja, possui, pela assistência divina que lhe foi prometida no bem-aventurado Pedro, aquela infalibilidade da qual o divino Redentor quis que gozasse sua Igreja na definição da doutrina de fé e costumes. Por isso, ditas definições do Pontífice Romano são em si mesmas, e não pelo consentimento da Igreja, irreformáveis.
    Canon: Desta maneira, se alguém, que Deus não permita, tiver a temeridade de contradizer esta nossa definição: seja anátema."

    "Dado em Roma na seção pública, sustentado solenemente na Basílica Vaticana no ano de Nosso Senhor de mil oitocentos e setenta, no décimo oitavo dia de julho, no vigésimo quinto ano de Nosso Pontificado."

    Penso também que as manifestações que fazem contrárias ao Papa diante das decisões do mesmo, deveriam primeiramente ser endereçadas à Santa Sé através de Cartas também direcionadas à Congregação competente e as comissões, inclusive de Textos Legislativos!
    Assim, não obtendo resposta das mesmas instâncias, fosse o caso de manifestar a vossa indagação e dos demais que usam da Internet para colocar as vossas posições!
    Que Deus o abençoe!

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    Respostas
    1. Exato: "aderindo-se fielmente à Tradição..."

      Era isso que queria lhe mostrar, a necessidade de se aderir fielmente à Tradição para que um papa seja infalível.
      Tratei da definição de infalibilidade no meu livro sobre Guerra Justa.

      Assim, o Papa Francisco foi covarde ao alterar o catecismo de forma herética citando apenas a si mesmo, sem debate entre os cardeais. Ele foi herético.

      Que Deus o abençoe também, meu amigo e à sua família.

      Abraço,
      Pedro

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).