No vídeo acima, o meu ex-professor de teologia, Dr. Taylor Marshal, debate com Timothy Gordon (autor de Catholic Republic) sobre aquelas cartas de Bento XVI que mencionei no blog ontem, sobre maçonaria que se infiltra na Igreja, sobre Fátima, e muitos outros assuntos
Não tenho tempo para traduzir o vídeo, mas, vou relatar o que eles disseram sobre as cartas de Bento XVI. Ele falam desse assunto no começo do vídeo e no final do vídeo. No meio, há um debate sobre maçonaria. Sobre as cartas, eles afirmam que:
1) O Papa Bento XVI com as cartas assustou todos aqueles que achavam que ele estava senil em sua residência e se mostrou muito ciente do que acontece na Igreja;
2) Todos relacionavam a renúncia do Papa aos problemas de abusos sexuais ou com os Vatileaks (corrupção financeira no banco do Vaticano) e agora essas análises estão de lado;
3) Não aceitam a ideia de que Bento XVI foi forçado a renunciar;
4) Se as cartas de Bento XVI são dirigidas para um cardeal que fez da Dubia (alguns jornais disseram que sim), isso é um fato muito relevante, pode mostrar apoio de Bento XVI à Dubia;
5) O Papa Bento XVI pediu logo no primeiro dia de papado que rezassem por ele para que ele não fugisse por causa do medo dos lobos. Ele tem sido criticado justamente por fugir dos lobos. Ele conhecia muito bem os inimigos dentro da Igreja;
6) Mencionam a máfia gay dentro da própria Congregação para Doutrina da Fé;
7) Lembram um vídeo em que Bento XVI chega na Alemanha e muitos cardeais não o cumprimentam (mostram a passagem do vídeo a partir do minuto 50:56), aparentemente não queem cumprimentar ou acham que ele não está dando a mão. Em todo caso, Bento XVI parece humilhado pelos cardeais, fica com a mão "no vácuo" muito tempo sem ser cumprimentado;
8) Afirmam que Bergoglio ficou em segundo lugar na eleição de Bento XVI e que Bergoglio parece ser o escolhido pela máfia gay. O próprio McCarrick, o cardeal acusado de praticar abusos sexuais, disse em vídeo que trabalhou para eleger Bergoglio. E que McCarrick trabalhou para que a Igreja aceitasse que a China nomeasse bispos para a Igreja, como Francisco está fazendo agora desgraçadamente.
9) Finalizam dizendo que a Igreja precisa ser defendida, há muitas evidências de "concerto diabólico" (maçônico, gay, comunista) para destruir a Igreja. E que no fim a Igreja, em sua pureza, vai triunfar de qualquer jeito.
Hoje também eu li um artigo interessante sobre as cartas de Bento XVI, escrito pelo Padre John Zuhlsdorf, muito conhecido como Padre Z.
Padre Z diz que o Bento XVI apesar de dizer nas cartas que se tornou Papa Emérito para não perturbar o Papa Francisco por meio da mídia, e
- Usa vestimentas papais;
- Mora no Vaticano;
- Manteve o nome Bento XVI;
E nas cartas divulgadas ontem Bento XVI deu "bençãos apostólicas" ao seu intelocutor.
Bom, "bençãos apostólicas" apenas o Papa dá. Pode ser que Bento XVI tenha se esquecido ou se equivocado de forma inconsciente, mas ele não e mais Papa para dar "bençãos apostólicas".
Vejam o texto do Padre Z:
There are those who say that Benedict XVI is still really Pope. There are different reasons given. One is that his abdication was under duress and is, therefore, void. Another is that he himself did not intend to resign: why else would he remain in Vatican City, retain the papal name Benedict XVI and dress in the classic white cassock with white zucchetto, but not the simarra which, with its pellegrina or cape, is a symbol of jurisdiction? Some wonder if there isn’t a way in which Benedict remains Pope but with a solely contemplative role, while Francis is pope with an active role which includes potestas, such that the munus Petrinum is now shared.
Here is another bit of information to toss into the speculation ring.
I received an email from a reader…
QUAERITUR:
Can Benedict XVI impart an apostolic blessing if he has ceased to be the Pope?In the Bild article leaking excerpts of Benedict XVI’s letters to Brandmuller, he ends one with:Beten wir lieber darum, wie Sie es am Ende Ihres Briefes getan haben, daß der Herr seiner Kirche zu Hilfe kommt. Mit meinem apostolischen Segen bin ichIhrBenedict XVI
My translation:
Let us pray, as you did at the end of your letter, that the Lord will come to the help of His Church. I am with my apostolic blessing
Your
Benedict XVI
It may be that His Holiness B16 dashed that off as a matter of habit. Heck, I know an older priest or two who still mention John Paul in the Eucharistic Prayer.
It may be that His Holiness is using the term somewhat loosely.
That said, the Apostolic Benediction is given by the Pope. They do so solemnly on occasions such as the Urbi et Orbi blessing. It is done at audiences (except when Francis chooses not to bless at all). They do so also in writing for some occasions.
A few others in limited circumstances impart the Apostolic Blessing. A priest can give it with an indulgence when someone is dying. Bishops could give the blessing three times a year on solemn feasts.
However, in general Popes give this blessing and Popes customarily end special letters with an expression that they impart the Apostolic Blessing.
It is possible that Benedict XVI was using terms loosely, and really meant his pontifical blessing, his episcopal blessing as a bishop.
Finally, I suspect that Benedict, who by all reports is still as sharp as a scalpel, knows very well what he can and cannot do, none better.
Seria o 2 Tes 2-7? "Agora, sabeis perfeitamente que algo o detém, de modo que ele só se manifestará a seu tempo. Porque o mistério da iniqüidade já está em ação, apenas esperando o desaparecimento daquele que o detém.
ResponderExcluirAcaso já leu?
"Carta aberta de um arcebispo sobre a Igreja".
"Olavo de Carvalho detona o papa Francisco".
https://fratresinunum.com/2015/02/10/carta-aberta-de-um-arcebispo-sobre-a-crise-na-igreja/
https://www.youtube.com/watch?v=pTryBZtXNWw&t=617s
Obrigado pelo link. Não conhecia.
ExcluirAbraço