Dan Hitchens, editor de um dos maiores jornais católicos do mundo, o The Catholic Herald, escreveu um artigo para aqueles que tentam tornar o Papa Francisco em um papa verdadeiramente católico.
O artigo foi escrito para a First Things, talvez a revista católica de maior prestígio nos Estados Unidos.
Hitchens basicamente tem três recados àqueles que tentam provar a cada frase herética do Papa Francisco que 'na verdade" a frase é pura ortodoxia católica:
Primeiro recado: Qualquer frase herética pode ser transformada em frase ortodoxa se você se esforçar o bastante. Por exemplo, se alguém diz que Cristo não é filho de Deus, basta você distorcer o que significa filho. Hitchens usa duas frases que Francisco realmente disse para provar seu ponto.
Segundo recado: Olhem os terríveis efeitos das confusões de Francisco entre os fiéis. Com Francisco, os católicos estão desorientados, não sabem mais o valor católico da Eucaristia nem do casamento, não sabem mais o que é inferno, nem o que a Igreja tem a dizer sobre contracepção, nem se a Igreja apoia ou não a pena de morte.
Terceiro recado: Quando confrontado com suas ações e palavras o Papa Francisco agora deu para dizer que não se lembra.
Aqui vai parte do texto de Hirchens:
Pope Francis Forgets
by Dan Hitchens
6.7.2019
Did Pope Francis know? Was he told, five years before the world found out, that the powerful Cardinal McCarrick was a serial sexual abuser? The diplomat who claims to have informed the pope, Archbishop Carlo Maria Viganò, names two dates on which he raised the matter with Francis: June 23 and October 10, 2013. But the Holy Father, in a new interview with Valentina Alazraki, says he simply can’t remember. “When [Viganò] says he spoke to me that day, he came ... I do not remember if he told me about this. If it is true or not. No idea.”
This is not the only gap in the papal memory. Alazraki asked Francis about a February speech that described persistent critics of the Church as “relatives of the devil.” The pope replied: “I do not remember the text but no, no. I do not feel that way.” What about the headline-making 2014 phone call in which the pope allegedly encouraged a woman to ignore Church teaching on Communion and divorce? Also a blank: “What I said to that woman I do not remember.”
Francis is also unsure about his famously ambiguous footnote on Communion for those in “irregular relationships”: “I don’t remember the footnote,” he told the press in 2016. The Holy Father is an eighty-two-year-old man with a lot on his plate. But the impression of all these forgettings is—and it hurts to say this—of a teacher who often speaks without much reflection, before or after. While that may not be the greatest of imperfections, in a pope it can be catastrophic.
Because of those forgotten statements about Communion, dioceses and even a national bishops’ conference have permitted Communion for the sexually-active divorced and remarried. In so doing, they have discarded the teaching of Jesus Christ about marriage, the Eucharist, Confession, and divine grace, and endangered many souls. At the parish level, the evidence is necessarily more anecdotal, but it is disturbing enough. From Normandy to northern Argentina, the pope’s words are treated as a green light for Communion for the remarried. Eric Sammons, who spent five years as director of evangelization for the Diocese of Venice in Florida, saw widespread confusion on this and other matters. “I saw Catholics engaged in adultery receive Holy Communion... ‘because Pope Francis.’ I saw Catholics assert that it was wrong to evangelize... ‘because Pope Francis.’ I saw Catholics denigrate big families... ‘because Pope Francis.’” Such stories are common.
...
For years I used to tell myself and others that Francis had been misread by intemperate bloggers and ignorant reporters. But the more you do this, the more you start to realize two things.
First, that practically any statement can be reconciled with Church teaching, if you try hard enough. Give me a minute, and I can probably explain why a papal remark such as “States must be secular” or (of some cohabiting couples) “they have the grace of a real marriage” can be given an orthodox interpretation. Indeed—to move from real examples into a thought experiment—“Jesus Christ is not the son of God” could be given an orthodox interpretation if you really want one. (It all depends on the meaning of “son”…)
But the mere possibility of an orthodox reading is not the only thing that matters. This is the second thing you realize: It also matters whether the words mislead people. And the pope’s words—combined with his actions and his conspicuous silences—are frequently, needlessly, seriously misleading about Catholic doctrine. Some of the most glaring examples relate to contraception, hell, and the theoretical legitimacy of the death penalty, but the list grows practically every month.
The Vatican’s liturgy chief, Cardinal Robert Sarah, recently observed: “Every day I receive calls for help from everywhere from those who no longer know what they are to believe. Every day in Rome, I receive discouraged and suffering priests. The Church is going through the dark night.” Cardinal Sarah points the finger at “high-ranking prelates” rather than the pope himself. Nevertheless, his image will resonate with the many Catholics who feel that darkness has descended on the Church, and that they can scarcely see more than a few steps ahead.
Now, what you are meant to do in a dark night, if I have understood the spiritual writers correctly, is to persevere. To resist the temptations—to anger, to despair, to rash actions, to apostasy—which may press upon you. To keep to your ordinary duties, and hand on Christ’s teaching to others. To pray and offer up your sufferings, not least for any churchmen who have challenged your faith. And to remember the Church’s previous crises—including the darkest of dark nights, many centuries ago, when hope itself seemed utterly dead and buried.
Ótima postagem. Vou repetir meu comentário lá do facebook:
ResponderExcluirPra mim, só chegamos a essa situação porque houve pavimentação do terreno: não haveria um papa como Francisco se não houvesse ambiente para nutri-lo e mantê-lo na cadeira de São Pedro (a Teologia da Libertação foi de grande ajuda). Eu vi com meus próprios olhos conservadores serem literalmente hostilizados por padres e fiéis pelo simples fato deles pedirem celebração de missa tridentina, e isso já ocorria muito antes de papa Francisco ser chegar ao papado. No Igreja no Brasil, literalmente arrebatada pela CNBB, não faltam e não faltarão seguidores do papa. Aqui o Catolicismo é tipo uma modinha ou lugar comum para aqueles que querem responder a perguntinha: "qual a sua religião?" Até a grande mídia segue papa Francisco e até o defende. Nunca na história desse país (como diz aquele criminoso preso aqui em Curitiba) se viu um papa tão amado pela Globo e por seus jornalistas, inclusive defendendo-o com tanta veemência: mas nesse caso, o defende em favor do erro, pois conseguem se sentirem seguros para cometer seus pecados com a bênção do papa, ainda que não da Santa Igreja. É aquela velha verdade: politiqueiros, burocratas e progressistas em geral (amantes do pecado e do erro) confundem a Santa Igreja com o papa e os cardeais do Vaticano ou bispos do mundo afora, achando que se um papa ou diocese liberam o erro, automaticamente a Santa Igreja de Cristo se submeterá ao que contraria Nosso Senhor. Até nisso os inimigos da Igreja constroem um caminho seguro para a própria condenação eterna.
Minha opinião sobre o assunto é que realmente devemos observar os erros que possa cometer o Papa seja ele Francisco ou quem vier ou quem já passou! Mas percebemos que realmente algumas das muitas palavras do Papa Francisco chocam os ouvintes e leitores!
ResponderExcluirMas lendo o comentário do Adilson, realmente é perceptível que no Brasil a situação Católica está caótica! Enquanto os holofotes voltam-se para o Papa Francisco, os Bispos adeptos e partidários da Teologia da Libertação em suas dioceses, fazem a "festa"!
Seminários com poucas vocações ao sacerdócio, padres sendo perseguidos pela sua fidelidade à Fé Católica e a Liturgia (independente se Missa Extraordinária ou Ordinário de Paulo VI).
Paróquias sendo monitoradas por sistemas como se fossem redes de supermercados! O que importa não é se a Paróquia reza, celebra a liturgia como pede as orientações da Igreja, mas se são rentáveis!
Enquanto os holofotes ficarem voltados somente para o Papa Francisco, os bispos asseclas continuarão agindo em uma rede de comunidades diocesanas!
Abram o outro olho, porque um já tem um foco: o Papa! O outro enxergará todo o contexto!