O Brexit,
saída da Reino Unido da União Europeia, venceu ontem. Não foi uma vitória do
partido conservador, foi uma vitória popular. O povo britânico, na sua maioria,
aprovou Brexit há três anos, para desespero de todos os esquerdistas,
globalistas, progressistas do mundo. O partido conservador inglês, que pode ser
tudo menos conservador, muitas vezes atrapalhou o Brexit neste período. Boris
Johnson não estaria aí se não fosse a imensa incompetência da sua antecessora e
colega de partido.
Além do Brexit, nós precisamos é de um
Worldexit, precisamos resistir ao mundo terrível em que vivemos,em que se
mata crianças nos ventres maternos aos milhões, em que não se sabe nem qual é o
sexo do homem e da mulher, em que uma adolescente de 16 anos sem nada oferecer vira
símbolo moral do mundo.
Um mundo em que temos um Papa que costuma atacar
praticamente todos os dogmas da religião, justamente por idolatrar o mundo, com
todas suas instituições anti-religiosas (ONU, União Europeia, China) e
inclusive aquela adolescente de 16 anos.
Worldexit não é abandonar o mundo, mas se sentir
estrangeiros no mundo, como cristãos (como Cristo nos alertou), e resistir ao
mundo. É levar Cristo ao mundo, sabendo que o mundo vai nos odiar pois "Si de mundo
fuissetis, mundus quod suum erat diligeret: quia vero de mundo non estis, sed
ego elegi vos de mundo, propterea odit vos mundus." ("Se fôsseis do mundo, o mundo vos
amaria como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos
escolhi, por isso o mundo vos odeia." João 15:19)
Hoje em dia quem ler livros de Chesterton,
Dietrich von Hildebrand, Belloc, Brague, Anthony Esolen, Theodore Dalrymple,
Jordan Peterson, Dante, Cervantes, Shakespeare, e Peter Kreeft, não deixa de
sentir um desespero ao olhar para o mundo em que vivemos.
No último livro que li de Esolen (Manual
Politicamente Incorreto da Civilização Ocidental) ele se pergunta se o mundo
pode se salvar. Responde que nenhuma civilização em decadência na história
jamais teve tanto acesso à sua própria salvação como a de hoje, justamente
porque qualquer um com acesso a internet tem acesso grátis a verdades mais
básicas da humanidade no seu computador escritas por gigantes da literatura
mundial.
Bom, eu olho para os meus alunos e para os
professores que convivo não vejo a menor chance deles pesquisarem estes grandes da literatura mundial, em geral propagam bobagens ilógicas e anti-cristãs..
Acho que a maior chance do mundo se salvar está
nos erros do próprio mundo. Há tamanha estupidez e os erros são tão nítidos que se torna quase inevitável a salvação. Seria um imenso Ufa!
Assim como Jeremy Corbyn era um erro estúpido
demais para os ingleses e eles tiveram que votar em Boris Johnson e no Brexit.
Quando se pesquisa por "resistência"
na internet a ideia está impregnada de esquerdismo. Mas isso já mostra o mundo
em que vivemos, os verdadeiros cristãos resistem ao mundo desde o início, pois
o próprio Cristo alertou: "Si mundus vos odit, scitote quia me priorem
vobis odio habuit." (Se o mundo vos odeia, sabeis que ele me odiou
primeiro antes de aprender a lhe odiar, João 15:18).
Vamos Worldexit!
Ótima postagem, professor Pedro, e ótima análise. Dá até calafrios em minha alma ler suas palavras: de forma tão simples e em poucas linhas diagnosticar a barbárie sofisticada que dominou nossa civilização.
ResponderExcluirFui servidor público durante muitos anos de minha vida e suas palavras me levaram de voltar ao ambiente em que vivi: homens estúpidos e imbecilizados em cargos de chefia e de comando: vingativos, debochados, sem inteligências, sem moral, sem amor pelas letras, sem saber o que é "Ocidente", pois nunca tiveram uma boa formação, apesar dos altos salários que recebem NÃO buscaram se educar, não primaram pelos bons modos, não sabem nem mesmo o que é virtude ou vício. Para eles o que importava - e ainda importa - era chegar no trabalho de carro novo, mostrar uma mulher bonita como namorada, narrar suas aventuras aventuras sexuais e suas experiências pornográficas, e por aí se vai. Na verdade, a atual geração mergulhada em todo esse barbarismo são as sementes que os pais e as gerações deles produziram: Lima Barreto ainda fala.
Acho mesmo que ler os livros de Chesterton, Dietrich von Hildebrand, Belloc, Brague, Anthony Esolen, Theodore Dalrymple, Jordan Peterson, Dante, Cervantes, Shakespeare e Peter Kreeft não penas nos enriquece, mas também serve como uma espécie de logos terapêutico.
Obrigado, meu amigo. Sim, parece-me que quanto mais rico mais difícil a pessoa se entrega às verdades de Cristo.
ExcluirAbraço