Na foto acima, temos o drone que matou recentemente o general terrorista Qassem Suleimani do Irã. O drone se chama MQ-9 Reaper Drone, capaz de carregar mísseis e de se serem controlados à distância incrível. O que matou Suleimani foi controlado do meio-oeste dos Estados Unidos para agir dentro do Iraque. O reaper (ceifador, em inglês) é produzido pelo General Atomics e custa 16 milhões de dólares (cerca de 65 milhões de reais). Tem envergadura de 66 pés de asa (apor volta de 20 metros), com peso de apenas 2 toneladas, voa a 25 mil pés, pode viajar quase 2 mil km e ser controlado a milhares de quilômetros.
O ceifador carrega alguns dos equipamentos militares de mais alta tecnologia do mercado. Seu sistema de imagem inclui sensores infravermelhos, câmeras coloridas e preto e branco, um telêmetro a laser e um dispositivo de mira para ataques precisos.
Foram usados no Afeganistão, Iraque, Iêmen, Líbia e vários outros países. Sua primeira morte relatada foi registrada em 28 de outubro de 2007, quando disparou um míssil chamado Hellfire (fogo do Inferno) contra insurgentes no Afeganistão. Também foi usado em 2015 para matar o "Jihadi John" do Estado Islâmico, um cidadão britânico que decapitou prisioneiros.
Apesar da enorme fama que o drone recebeu com a morte de Suleimani, a empresa que produz o reaper não está listada nas bolsas de valores. Em todo caso, ganhou enorme prestígio.
O general David Petraeus, que trabalhou no Iraque e no Afeganistão, declarou em entrevista para o Foreign Policy, que a morte de Suleimani é mais importante do que a morte de Bin Laden, pois Suleimani era muito mais ameaçador e assassino do que Bin Laden foi. Há descrições na internet sobre o terrível terrorismo feito por Soleimani e suas milícias iranianas, como esta aqui no link.
O general Petraeus parece duvidar da força da resposta do Irã contra os Estados Unidos, pela morte de Suleimani, por conta da situação econômica que o país vive e pela impopularidade do regime. Ataques às fontes de petróleo no Irã significariam o fim do regime.
Será que a teoria da guerra justa permite o uso de drones?
Não tratei disso em detalhe no meu livro sobre guerra justa. Mas eu responderia que a tradição da teoria da guerra justa nunca discutiu armas específicas, isso só começou a ser discutido com o surgimento da bomba nuclear. Mas mesmo com bombas nucleares os mais renomados especialistas em guerra justa, nunca descartaram o uso de bomba nuclear, pelo simples fato que a guerra justa é definida como uso da justiça e da caridade por meio da força. É um questão moral, não material.
Mas o site National Catholic Register discutiu recentemente essa questão também. No entanto, infelizmente, o artigo deles não é muito bom, nem profundo. Traz as opiniões de alguns "especialistas", mas apenas um deles tratou realmente da questão da guerra justa. Dr. Kevin Miller da Universidade Franciscana, o melhor deles na minha opinião e único que tratou do tema, disse que não via problema no uso de drones na ação contra Suleimani, pois era um alvo militar com registro de mortes e era uma ameaça. Mas pediu prudência no uso. Outro especialista, dessa vez da ONU, chamada Agnes Callamard, não tratou de guerra justa católica e condenou completamente a legalidade do uso de drones (uma estupidez). Outro especialista, disse que a ação pode prejudicar os cristãos na região (também não tratou da teoria da guerra justa), trazendo uma variável importante mas que no artigo ficou vazia pois não houve análise da questão.
Fico imaginando: o que seria do Ocidente se não fosse uma nação como os EUA? Até hoje é motivo de assombro para mim ver os EUA, um país protestante, como uma única força militar e política capaz de impedir as maiores bestas sedentas de domínio tomar a América à força. Eis a pergunta que não me sai da cabeça: por que uma Europa católica, ou um país europeu Católico, não foi capaz de alcançar essa posição ocupada pelos EUA?
ResponderExcluirTem o pessoal de uma associação que são super inflados em matéria de história da Igreja. Todavia, quando falam da civilização ocidental, geralmente perdem muito tempo com as picuinhas entre países católicos, apontando quem era ou não era realmente católico e blá-blá-blá, isso sem falar das divagações saudosistas deles: até hoje NUNCA os vi responder minha indagação acima exposta.
Meu comentário não foi publicado. Houve algum problema?
ResponderExcluirPerdão, meu amigo, não houve nada, apenas demorei a liberar os comentários, estou muito ocupado estes dias. Abraço.
ResponderExcluirSobre os EUA, a resposta a suas perguntas começa pela Declaração de Independência que diz que Deus está acima do Estado.
ResponderExcluirAlém disso, os católicos sempre estiveram presentes no poder, desde a fundação. Apesar de ter feito uma pequena perseguição aos católicos durante sua história.
Abraço,
Pedro Erik