Durante o pontificado de Francisco aconteceu um fenômeno entre os católicos de fé verdadeira. Eles começaram saudando e elogiando Francisco, depois, diante de muitos problemas óbvios, silenciaram por um tempo, em seguida começaram a atacá-lo ao mesmo tempo em que se apegaram fortemente a Bento XVI.
Não foi meu caso, eu não sai de Francisco para me apegar em Bento XVI, além de ter visto muito rapidamente que Francisco seria um desastre para a Igreja.
Muitas vezes eu me pergunto por que gente que tem tanta fé em Deus se apega tanto em seres humanos. Por que elas têm tanto medo de seguir no escuro com apenas Deus para segurar a mão delas, sem apego a nenhum ser humano?
Não encontrei muitas respostas olhando para fora e comecei a olhar para dentro de mim mesmo.
Por que eu desapego tão rapidamente de pessoas que eu deveria me apegar por conta de minha fé?
A explicação que eu encontro é que eu não tive vida fácil durante 15 anos de minha vida, mesmo com pais vivos, eu fiquei sozinho, algumas vezes sem ter onde ir, no completo escuro. A minha única fonte de segurança foram Nossa Senhora e Jesus Cristo. Mas mesmo assim, por vezes, eu não tinha vontade e até raiva para rezar, pelo momento difícil que estava passando. Durante um tempo destes 15 anos, mesmo tendo conseguido alguma segurança financeira, eu me arrisquei e joguei tudo fora para perseguir uma meta intelectual, não deu certo e tive que começar do zero.
Dito de outra forma, por passar tanto tempo no escuro, eu não tinha medo do escuro. E assim, também passei a não colocar minhas esperanças em ninguém.
Como eu digo no meu livro sobre ética católica para economia, a riqueza (seja de apoio familiar ou financeira) nos dar um conforto fantástico na vida, mas também tem seus imensos riscos.
Hoje, li um artigo no The Remnant no qual o autor, Frederick Dempsey, mostrou que os católicos não devem confiar no cardeal Sarah, nem em Bento XVI. Pois eles estão longe de ser conservadores e nem são abertamente defensores da fé, pois não dão nome aos bois de quem são os inimigos da Igreja que estão dentro da própria Igreja, nem se arriscam a ficar no escuro, sem apoio do conforto do poder.
Ele tem toda razão, vou traduzir aqui apenas alguns parágrafos do artigo dele. Leiam todos clicando no link.
Aqui vão alguns parágrafos traduzidos:
Quase sete anos depois de sua renúncia ao papado,
(questionavelmente legal, mas certamente eficaz), o bom bispo se encontrou em
boas condições, o suficiente para ser co-autor de um novo livro com Robert Cardeal
Sarah sobre o celibato sacerdotal. (Um tópico excelente, mas melhor seria a
castidade sacerdotal.)
No ano passado, Bento XVI escreveu uma longa reflexão
intitulada "A IGREJA E O ESCÂNDALO DO ABUSO SEXUAL". Nas duas
publicações, ele ainda ostenta seu antigo título, Bento XVI, e por isso devemos
acomodá-lo. Seu título de novidade, Papa Emérito, parece estar caindo em
desuso.
Não pretendo ler o novo livro, e há boas razões para isso. Comece com o co-autor, cardeal Sarah, que afirmou várias vezes apoiar tudo o que foi dito e feito no atual "pontificado". É provável que ele esteja entre os primeiros e mais proeminentes apologistas do novo paradigma do clero casado, se e quando torna-se oficial. Perdoe o cinismo, mas depois de cinquenta anos de bispos conservadores conseguindo apenas conservar inovações liberais, eu sou do Missouri neste tipo.
Quanto ao principal colaborador, Bento XVI, estou um pouco confuso. Por um lado, li "A IGREJA E O ESCÂNDALO DO ABUSO SEXUAL", e a maior parte do que Bento disse a respeito pode ser desconsiderada por esses motivos: Bento XVI é ou: 1) oficialmente irrelevante; 2) não pode identificar nenhuma responsabilidade pessoal pela bagunça; ou 3) elogia e agradece seu sucessor, que aparentemente também não é de todo responsável pelo fato de o navio estar afundando. Venha para pensar sobre isso, ele também cala seus predecessores "santos".
No entanto, Bento XVI conseguiu lançar uma luz sobre o problema real, talvez inadvertidamente. Ele afirma indiferente que os critérios para a seleção e nomeação de bispos também foram alterados após o Concílio Vaticano II, a relação dos bispos com seus seminários também era muito diferente. Acima de tudo, um critério para a nomeação de novos bispos era agora sua "conciliaridade", que obviamente poderia ser entendida como significando coisas bastante diferentes.
De fato, sem dúvida a "conciliaridade" pode significar coisas diferentes para pessoas diferentes, o que é axiomático. Mas, de fato, e na prática, as únicas diferenças eram entre bispos que variavam de conservadores até esquerdistas loucos.
Olhe ao redor do mundo e escolha os bispos mais conservadores elevados nos últimos cinquenta anos. Os que sugeriram um esclarecimento sobre qualquer questão nos documentos do Vaticano II são difíceis de encontrar, e é mais fácil encontrar Jimmy Hoffa do que um bispo que age de maneira contrária às mudanças litúrgicas não obrigatórias da Missa.
Bento XVI decidiu abandonar o campo de batalha no momento mais crucial. Ele pode ter sido coagido pelo escândalo bancário SWIFT (a Sociedade de Comunicação Financeira Interbancária Mundial sediada na área de St. Gallen, na Suíça), ou pela conspiração ativa do "Máfia de St.Gallen", ou apenas sobrecarregado pelo volumoso relatório que recebera expondo a magnitude da homossexualidade na hierarquia. As razões pelas quais ele fugiu dos lobos podem afetar a validade de sua escolha, mas é provável que nunca saberemos.
As reflexões de Bento XVI sobre o escândalo de abuso sexual e sua última tentativa de impedir a abolição do celibato sacerdotal podem ser os esforços de um homem velho para limpar sua consciência antes da morte. As bênçãos de Deus sobre ele, mas ainda mais sobre nós, que foram abandonados aos mesmos lobos que evidentemente perseguiram Bento no apartamento da sogra do Vaticano.
Se nosso tio Bento XVI quer descer do sótão de vez em quando para discutir a família, tudo bem. Muitas famílias têm um. Mas se a nossa desejar alguma credibilidade séria, a análise dele terá que se tornar um pouco mais profunda do que a visão da revista Time dos anos sessenta e muito mais honesta sobre o papel que sua própria eclesiologia desempenhou na criação da bagunça. E ele pode começar reconhecendo o mal residente na sala, mesmo enquanto os escândalos estão sendo desenterrados no porão.
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Em suma, como dizia minha vó: "confie em Deus que é santo velho".
Bom Dia, Pedro!
ResponderExcluirRealmente confiemos em Deus e na sua Santa Mãe.
Eu confesso que só nos últimos 7 anos foi que Deus me concedeu a graça de ver o quão precisava de conversão, principalmente, depois de ler sobre a aparição de N. S. de Fátima.
A situação que vivemos é muito difícil, mas esperemos em Deus.
Como diria Gustavo Corção: cheguei tarde em tudo...Mas nos resta esperar em Deus.
Que a Imaculada Conceição envie São Miguel e os Santos Anjos e que eles venham em nosso auxílio. E que Ela rogue a Deus por nós.
Guardemos a fé.
Ainda lembro do trecho do livro de Santa Terezinha que você colocou dias atrás no blog, façamos como ela nos entreguemos a Deus como crianças para que Ele nos conduza pela suas mãos.
Abraço
Viva Cristo Rei!
Emanoel
Obrigado, meu amigo. Guardemos a fé, sim.
ResponderExcluirViva Cristo Rei!!!
Abraço,
Pedro Erik
Por que os neo-conservadores e os tradicionalistas temem tanto o sedvacantismo?
ResponderExcluirAlguém estava sabendo disso?
ResponderExcluirhttps://mailchi.mp/martingeddes/thestorm-how-to-prepare-for-a-global-corruption-purge
Que tal trazer algo para seus leitores, dr Pedro?
Caro Anônimo, creio que o autor não conseguiu defender bem o argumento, usou casos de corrupção no mundo para dizer que Trump vai armar para ficar mais tempo no poder. Nice try, but no.Não achei convincente.
ResponderExcluirAbraço,
Pedro Erik
https://www.sinaisdoreino.com.br/?cat=1&id=10215
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