Em geral, essa pergunta de que valor teve uma vida ou uma morte não pode ser respondida pelo ser humano, apenas por Deus.
É comum, no entanto, em conflitos armados se avaliar se vale arriscar a vida dos soldados.
Muitas vezes, mais do que padres, os soldados realizam ações em guerras por pura obediência, não possuem a menor certeza se estão agindo certo ou errado ou se lutam do lado certo ou errado. Não é por acaso que a maior fé encontrada por Cristo foi em um soldado romano.
Por isso mesmo que para a Teoria da Guerra Justa, desde Agostinho, os militares são uma categoria especial, podem matar ou morrer sem que sofram muitas condenações ou avaliações.
Como eu explico no meu livro Teoria e Tradição da Guerra Justa, o ponto central da Teoria é a justiça e para isso se avalia a autoridade que deve fazer justiça.
É a autoridade que determina a guerra e suas ações. Essa sim pode ser avaliada e condenada, e deve ter muito cuidado ao se estabelecer ou em entrar em guerras, arriscando a vida de soldados e civis.
Os soldados que morrem em guerras apenas merecem nosso maior respeito.
Mesmo os soldados lutaram na defesa do comunismo ou do nazismo não sofrem muita condenação humana. Cabe apenas a Deus julgá-los.
Claro que sendo você alguém que foi chamado para defesa do comunismo ou nazismo, você pode negar ou fugir para que não faça isso, como fizeram Jagerstatter e von Hildebrand. Isso é muito louvável aos olhos de Deus porque você entendeu a perversão anticristã desses regimes. Mas não se pode condenar os soldados que não possuem autoridade.
A sociedade pátria dos soldados mortos deve sempre respeitar seus soldados. Mesmo em guerras estúpidas.
A guerra contra o Talibã é uma guerra estúpida? Não, do ponto de vista de se enfrentar uma ideologia da morte.
Valeu a pena entregar a vida de mais de 2 mil soldados e gastar 1 trilhão de dolares por isso?
Aí, do ponto de vista dos EUA, pelo que tenho conhecimento até agora, não valeu a pena, porque combateu praticamente sozinho sem apoio nem daqueles que ele defendia.
Teria melhor deixar o Talibã espalhar seu terrorismo pelo mundo matando civis?
Nunca se saberá. Teríamos que discutir o valor de vidas. Isso é impossível para o ser humano.
Olá amigo!
ResponderExcluirSigo acompanhando o blog, e desse vez não pude deixar de comentar...
Muito triste saber o que está acontecendo lá no Afeganistão, mas ainda tem coisa muito mal explicada:
1) quem financiou o talebã por 20 anos?
2) quem forneceu armas para esses terroristas?
3) se o povo o odeia, por que não o combatem?
4) por que o exército afegão desertou?
Agora uma pergunta mais ampla ao sr., que é especialista no assunto: é possível uma sociedade islâmica sem terrorismo?
Cordialmente em Cristo,
Gustavo.
Caríssimo Gustavo,
ExcluirVou tentar responder rapidamente suas perguntas, pelo menos dando pistas.
1) geralmente se diz que o comércio de ópio financia o Talibã;
2) EUA e Israel possuem muitos inimigos..isso não é difícil.
3) povo não tem formação cultural ou religiosa para odiar o Talibã. Povo em paises islâmicos desprezam democracia ocidental. Pessoas formadas em cultura islâmica respeitam autoridade superior e poder. Democracia é colocar supostamente o povo no poder. Islã não entende isso.
5) exercito é parte do povo..questão acima explica.
Se é possível sociedade islâmica sem terrorismo. Você quer dizer se é possível sociedade islâmica que não financie terrorismo. Acho que uma sociedade islâmica bem pobre e pequena talvez sim. Mas em geral mesmo em países islamicos "aliados" do Ocidente, como Egito e Arábia Saudita, financiam o terror global por meio de grupos ou milícias. Mesmo países de maioria islamica como Indonésia que possuem um Islã muito misturado possuem grupos terroristas que praticam terror dentro e fora do país.
Terrorismo está na vida de Maomé. Então como lider a ser imitado obrigatoriamente pelos muçulmanos fica difícil uma sociedade Islâmica "ocidentalizada". Cristo teria que vence-los.
Abraço
UMA PSEUDOE CAÓTICA RELIGIÃO, MELHOR, UMA IDEOLOGIA TOTALITARISTA TRAVESTIDA DE RELIGIÃO PAGÃ, ALÉM DE FUNDAMENTADA NUM CRUDELÍSSIMO ASSASSINO, MAOMÉ - NÃO PODERIA DAR NOUTRA!
ResponderExcluirAnalisemos as discórdias entre as dezenas de grupos muçus antagonistas digladiando-se entre si, o mais conhecido e numeroso é o duelo xiitas x sunitas - guerra Irã x Iraque com 1 000 000 de mortos - mais centenas de milhares doutros grupos, avaliando-se entre os combates internos entre si, redundando numa vultuosa cifra que ultrapassaria dezenas de milhões, desde aprox. o ano 730 dC até ao presente momento!
Quanto aos soldados, numa guerra justa mereceriam louvores, caso dos antigos Cruzados ou cristãos católicos enfrentando comunistas - ambos heróis!
Aqui, agora, travamos a guerra de defensáveis idéias, as quais doravante prevalecerão!
Ótima explicação. Obrigado!
ResponderExcluirQue Cristo tenha piedade de nós.
Cordialmente em Cristo,
Gustavo.