Isso sim, é uma explicação!!! Dan Hoffman serviu em Moscou como chefe da CIA por décadas.
Hoffman foi espião americano na Rússia, conhece a Rússia e conhece Putin, que foi espião da KGB.
Hoffman começa dizendo que a atual situação foi movida por erros da administração dos Estados Unidos que alastram há muito tempo.
Putin fez guerra com a Chechênia em 2000, fez guerra contra Geórgia em 2008, invadiu a Ucrânia em 2014, fez guerra na Síria de apoio a Assad. Em todas essas guerras, o Ocidente não fez nada e Putin saiu vitorioso. Putin usa isso politicamente na Rússia para dominar de forma ditatorial. Putin também acha que ele vai sair vitorioso na atual invasão da Ucrânia.
Restrições econômicas contra a Rússia não irão parar Putin. É preciso forte diplomacia e apoio militar para Ucrânia e toda a região.
O que assusta Putin é democracia. Ucrânia estava se voltando para a democracia ocidental, isso certamente iria influenciar a própria Rússia e ameaçar o poder dele. Por isso, Putin tomou o risco de invadir a Ucrânia, daí ele se arriscou como Brejnev se arriscou no passado ao invadir o Afeganistão, para que a sua ditadura permaneça.
Se OTAN reagir como mais tropas na fronteira, isso daria credibilidade para a narrativa dele de que querem cercar de destruir a Rússia. Mas Hoffman diz que neste jogo de xadrez, os EUA e a OTAN devem se levantar e proteger a região militar sim.
A maneira de responder Putin é o presidente dos Estados Unidos se levantar e dizer: vejam o que Putin fez e diz, nós vamos responder. O presidente dos Estados Unidos deve ter um discurso claro contra a narrativa de Putin.
Hoffman explica o modo de argumentar de Putin. Como ex-espião da KGB, Putin é especialista em desinformação, propaganda e narrativas falsas. Putin declarou que a invasão da Ucrânia era um combate contra o nazismo, mesmo sendo a Ucrânia liderada por um judeu. Putin vai reforçar sua narrativa para se manter no poder.
Boa postagem, Dr Pedro.
ResponderExcluirUma das coisa que mais HÁ no Brasil é a estupidez dos vigaristas metidos a analistas. Com a era da internet, parece que o amor pelo ridículo é a virtude dominante. Na época de Lima Barreto havia aqueles "que falavam javanês".
Nos cinco últimos dias houve uma explosão de pessoas se auto definindo como "especialistas" sobre a história da Ucrânia. A Globo convida "professores" para explicar a situação, mas quando os tais abrem a boca, a gente não sabe se rir ou se chora. Youtubers fazem lives e prometem informar; jovens ansiosos por fama, mas que nunca dedicaram sequer um mês da vida a estudar o Leste europeu, fingem ser autoridades no assunto; entusiastas esquerdistas e direitistas que nunca visitaram uma comunidade de descendentes ucranianos aqui no Brasil, se consideram plenamente capazes de falar o que é a Ucrânia. E por aí.
As pessoas parecem que gostam de brincar que sabem das coisas.
Enfim, é bom vermos um profissional experiente e que entende a atual situação do que realmente acontece naquela parte do mundo.
Boa noite, Sr. Pedro. Se possível, comente o seguinte link, por favor:
ResponderExcluirhttps://www.estudostomistas.com.br/2022/02/a-guerra-na-ucrania-um-olhar-teologico.html
Como o Sr. escreveu um livro sobre o conceito de guerra justa, gostaria de saber suas considerações acerca da hipótese levantada pelo Prof. Carlos Nougué. Muito obrigado.
Obrigado, meu caro Paulo.
ExcluirAqui vão minhas considerações:
Primeiro, é bom ver Nougue entrando na seara conflito internacional. Eie tem a contribuir.
Mas eu não gostei muito do artigo não.
Sua visão da Ucrânia usando apenas Soljenitsyn e a miscigenação russa é pouca e frágil. Sua visão de Putin também é fraca. Acho que ele teria de ter uma visão histórica maior e com mais fundamento.
Sua visão sobre o Ocidente e o "libertinismo" é bem mais próxima da realidade, mas não explica o conflito.
Grande abraço
É preciso consagrar a Rússia ao Imaculado Coração imediatamente.
ResponderExcluirA situação está muito perigosa como nunca se houve antes!
Vamos rezar.