Francisco deu uma entrevista para uma revista jesuíta dos Estados Unidos, chamada America Magazine. Essa entrevista está dando muito o que falar sobre o que ele disse sobre a China, a Rússia, e sobre uma frase. A frase é: "a polarização não é uma coisa católica".
Vou escrever sobre a reação da Rússia à entrevista, mas primeiro vou avaliar esta frase de Francisco.
Bom, dizer que a "polarização não é uma coisa católica" é um erro básico da Doutrina da Fé, erro que infelizmente é cometido inúmeras vezes por clérigos, pois o próprio Cristo disse que não veio trazer paz mas separação, separação até entre irmãos e familiares (Mateus 10:34-39). Além disso, São Paulo explicou várias vezes que os cristãos não devem se misturar com heréticos ou adoradores de sexo, (ver I Coríntios 5:9- 11; Romanos 16:17 ou Gálatas 1:6-10).
Fora o fato que a Igreja Católica é a verdadeira Igreja e assim fora dela se trai a Cristo. Fazer parte da Igreja ou não já é uma enorme separação.
Mas apesar de falar que sempre prefere o diálogo com a China e de ser contra a polarização, quando ele foi falar sobre a Rússia, Francisco tentou dizer que estava claro, mesmo que ele não mencione nunca, de que lado ele está, ele estaria do lado da Ucrânia.
Mas aí, ele soltou a seguinte frase (traduzo abaixo):
“Quando falo da Ucrânia, falo de um povo martirizado. Se você tem um povo martirizado, você tem alguém que os martiriza,..os mais cruéis talvez sejam aqueles que… não são da tradição russa, como os chechenos, os buriates e assim por diante”.
O que Francisco está dizendo que os soldados russos que são cruéis não soa os russos de verdade, mas sim os russos que são chechenos ou buriates. Os chechenos são muçulmanos na sua maioria e os buriates são mongóis que costumam ser budistas.
Francisco pareceu dizer os muçulmanos e budistas são mais cruéis.
E a Rússia não gostou.
O site Aleteia mostrou a reação da Rússia. Traduzo o que disse o site abaixo:
"A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, denunciou as palavras do Papa como uma “perversão da verdade” e acusou o bispo de Roma de querer dividir as forças russas. “Somos uma família com buriates, chechenos e outros representantes de nosso país multinacional e multiconfessional”, escreveu ela no Twitter.
Vários líderes políticos e religiosos dessas regiões também condenaram as declarações do Papa.
A organização pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre também relatou a prisão de dois padres católicos na cidade portuária de Berdiansk, ocupada pelos russos, no sudeste da Ucrânia. Um jornal italiano já sugeriu que esta é uma forma de “chantagem para forçar Francisco ao silêncio”. Embora nenhum vínculo tenha sido estabelecido, esta situação ainda pode levar o Papa a reconsiderar a aproximação com a Ucrânia que expressou nos últimos dias."
SANTO DEUS!! "A Polarização não é uma coisa católica". Oremos (e muito!!!) pelo Papa Francisco...
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