As últimas duas novidades que li sobre o julgamento das fraudes financeiras ocorridas dentro do Vaticano têm uma lógica comum, os réus e as testemunhas de acusação fizeram a mesma coisa: acusaram o papa Francisco de saber de tudo.
As duas novidades foram divulgadas pelo site The Crux, vocês podem ler o texto completo clicando aqui.
Mas em resumo é o seguinte:
1) Foi divulgado pelos promotores uma ligação entre o cardeal Becciu e o papa Francisco, no qual o Papa confirma que estava ciente de uma negociação entre o Vaticano e terroristas islâmicos que sequestraram uma freira colombiana em Mali. O pagamento do resgate foi feito por meio de uma mulher que fazia negócios para o cardeal Becciu, chamada Cecilia Morogna, que também está envolvida nas fraudes financeiras que Becciu é acusado. Na ligação, que foi divulgada secretamente mas foi transcrita por uma agência de notícias, Francisco diz que lembrava das negociações financeiras para salvar a freira. Os promotores esperavam mostrar com isso que Becciu gravou uma ligação com Francisco de forma clandestina, sem informá-lo da gravação. Mas os advogados do réu dizem que isso prova que Francisco deve ser ouvido no caso;
2) A segunda notícia tem a ver com o monsenhor Alberto Perlasca. Ele é a principal testemunha de acusação, pois trabalhava juntamente com os réus e resolveu contribuir com o julgamento dizendo o que sabe. Perlasca disse que basicamente não tem nada a ver com as fraudes financeiras que envolve a compra de um imóvel de luxo em Londres. Perlasca acusou todos que estão a cima dele como responsáveis pela compra do imóvel, incluindo Becciu e Francisco.
É isso, em suma: "vão lá perguntar ao papa, ele estava sabendo de tudo".
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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).