Hoje relembra-se o dia em que o Japão declarou ao próprio povo, por meio de uma gravação em rádio do Imperador Hirohito, a rendiçao do país na Segunda Guerra. Essa transmissão do Imperador tem nome de Gyokuon-Hoso (transmissão da Voz da Jóia) e foi feita ao meio dia do dia 15 de agosto de 1945.
Trato do assunto extensivamente na minha tese de filosofia.
Muitos se suicidaram com o anúncio da rendição, militares e civis. Alguns militares reagiram antes da divulgação da gravação do Imperador para impedir a rendição, no chamado Incidente Kyujo, liderado pelo major Kenji Hatanaka.
O Japão estva dividido naquele momento, 3 a 3, no Supremo Conselho de Guerra, mesmo depois das bombas atómicas e da invasão da União Soviética.
Foi preciso que o Imperador falasse (coisa raríssima) no Supremo Conselho e decidisse pela rendição.
Na transmissão, o Imperador falou mentiras (que o Japão se preocupava com os inocentes e não tinha interesses terroritorias de grandeza) e justificou a rendição porque o Japão não tinha interesse nas mortes de inocentes e pelo impacto das bombas atómicas.
Mas a justitificativa para a rendição que ele deu em carta para os militares foi a invasão da Japão pelos soviéticos, não mencinou as bombas atómicas.
Na verdade os russos ocuparam uma parte das remotas ilhas Kurilas no extremo norte do arquipélago japonês (território já há muito em disputa por esses 2 países). A Rússia não chegou nem de perto a invadir as chamadas Ilhas Metropolitanas do Japão, como os americanos também não (antes das bombas atômicas, pois depois disso, com a rendição japonesa, eles ocuparam todo o Japão), a não ser ilhas remotas como Iwo Jima e Okinawa.
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