sábado, 31 de julho de 2010

Touradas e Aborto


No dia 29 de julho, o Parlamento da Catalunha tornou ilegal as touradas na região a partir de 2012. Nestas touradas há uma batalha entre um toureiro e um touro, conhecida como “estocada de muerte”. Foram 68 votos para transformar as touradas ilegais e 55 contra, 9 abstenções. Madri, pelo contrário, para se proteger de possíveis tentativas de grupos de proteção de animais, passou uma lei protegendo as touradas como “valor cultural”.

A aprovação na Catalunha da lei que tornou as touradas ilegais teve apoio sobretudo daqueles que pretendem separar a Catalunha do restante da Espanha. Por isso, alguns, como Daniel Hannan que escreve para o Jornal The Telegraph, dizem que a atitude do parlamento da Catalunha tem mais a ver com a idéia de separação da região do que com a proteção dos touros.

O toureiro Manuel Jesus, conhecido como El Cid, disse para o jornal The Independent:

“Eu sinto que aqui o búfalo é o que menos importa. Os nacionalistas catalãos estão usando as touradas como uma arma contra a Espanha, um jeito de dizer que eles não são espanhóis”

Além disso, o parlamento proibiu as touradas, mas deixou intacto uma tradicional festa catalã conhecida como Correbous, na qual os búfalos são caçados nas ruas com chifres pegando fogo.

Quem escreveu um ótimo artigo sobre o assunto foi Gerald Warner. Eu o considero o melhor blogueiro que conheço dos jornais ingleses. Ele mostrou que, enquanto na Europa e nas Nações Unidas há uma forte preocupação com os direitos dos animais, há um desprezo pela vida humana. O aborto é continuamente apoiado pela legislação européia e pela ONU.

O título do post de Warner é “Decent British revulsion towards bullfighting, in the land of the lunchtime abortion” (traduzo por: “Revolta de britânicos decentes contra as touradas, na terra do aborto na hora do almoço). Ele diz que desde 1967 mais de 7 milhões de crianças britânicas foram abortadas. Já pensou, 7 milhões de crianças em um único país? Quantas serão na China? 

Warner lembra, com muita sabedoria, o lema dos animais do grande livro de George Orwell “Revolução dos Bichos": “Four legs good, two legs bad” (quatro pernas bom, duas pernas ruim). Ele conclui dizendo que a União Européia e as Nações Unidas promovem um novo homem: “empacotado em celofane, afeminado por causa da saúde e da segurança, dedicado a prolongar sua existência sem sentido e desespiritualizada”.

Se você ler em inglês, recomendo fortemente a leitura do post de Gerald Warner. Está no site:
http://blogs.telegraph.co.uk/news/geraldwarner/100049114/decent-british-revulsion-towards-bullfighting-in-the-land-of-the-lunchtime-abortion/

sexta-feira, 30 de julho de 2010

China


Foi anunciado, hoje, que a China se tornou a segunda maior economia do mundo, superando o Japão. A previsão do Banco Mundial e do Goldman Sachs é que, por volta de 2025, a economia chinesa supere a norte-americana. O país teve crescimento de 11,1% no primeiro semestre de 2010 frente ao mesmo período do ano passado. A expectativa é que feche o ano com crescimento de 9% a.a..

Desde que implementou reformas voltadas para o desenvolvimento do mercado doméstico, abandonando doutrinas comunistas, em 1978, o crescimento médio da China tem sido de 9,5% ao ano. Um crescimento pra lá de espetacular.

A Agência Internacional de Energia já diz que a China ultrapassou os Estados Unidos em consumo de energia. E eles não estão muito preocupados com esse negócio de mudança climática. Eles têm interesse em manter o status de país em desenvolvimento, para evitar responsabilidades internacionais. Na Inglaterra, país que sempre se posiciona à frente das discussões sobre mudança climática (sabe Deus por que), se diz que qualquer esforço do país para combater uma possível mudança climática será inútil, pois será ínfimo frente às emissões chinesas. O que é verdade, mas o Chris Hune (Secretário de Energia britânico) não quer nem saber, quer transformar o país com a  produção eólica (sem pensar na energia nuclear. Sabe Deus por que).

Além disso, a China reluta em fazer flutuar sua moeda, o Yuan, com receio de forte valorização. Mas isto prejudica o uso da moeda globalmente, como substituto do dólar ou do euro.

A renda per capita da China ainda é bem menor do que em qualquer país desenvolvido e alguns subdesenvolvidos, como o Brasil, por causa de sua imensa população. O país ainda tem inúmeros problemas sociais, políticos e ambientais. A sociedade chinesa sofre da falta de democracia e falta de proteção social. Os números do PIB escondem muita coisa. Não se pode achar que estamos diante de um novo tempo, em que um novo império ressurge com novos princípios. O crescimento da China não mostra que os princípios democráticos e de direitos humanos devem ser alterados, muito pelo contrário. O velho capitalismo selvagem, sem regras e sem proteção social, é que está presente na China.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Decadência Norte-Americana

Hoje, o historiador de Harvard Niall Ferguson (recomendo qualquer livro dele) escreveu um artigo no jornal The Australian sobre a possível decadência do império norte-americano. O artigo se chama Sun Could Set Suddenly on Superpower as Debt Bites (pode ser traduzido por: O Sol pode se por de repente sobre uma superpotência quando a dívida pública é significativa).

A dívida dos Estados Unidos está crescendo assustadoramente. Já vinha ocorrendo isto durante o governo Bush (o ex-presidente estava longe de ser um conservador quando se tratava de teoria econômica), mas o Obama acelerou o processo com diversas políticas públicas. E não mostra vontade política de reverter isso.

O déficit americano em 2010 deve alcançar 10% do PIB (1,5 trilhões de dólares). A dívida do governo federal nas mãos do público dobrou em 10 anos de 32% do PIB para 66% em 2011. Para 2020, a previsão é que alcance 90% do PIB, e em 2030, 146%. Os gastos com juros devem alcançar 20% da receita pública em 2020. Para alguns analistas, sob qualquer ângulo importante, a posição fiscal dos Estados Unidos já é pior do que a da Grécia.

Ferguson avalia que há vários exemplos na história de impérios que sofreram rápida decadência por causa de dívida nas mãos de estrangeiros: Bourbons, na França; Espanha, no século XVII; e Grã-Bretanha, depois da Segunda Guerra. Metade da dívida federal americana está nas mãos de estrangeiros e, dessa parte, 22% estão com os chineses. Eram 27% em julho do ano passado. Os chineses estão abandonando o dólar.

Nos Estados Unidos é provável que os gastos militares devam ser fortemente atingidos quando se pensar em cortar os gastos públicos. São gastos discricionários e não atingem a população, o que evita prejuízos políticos. Ao contrário de gastos vinculados com políticas de bem-estar social.

Ferguson finaliza, uma vez que está na Austrália, perguntando como será a situação se o império norte-americano der lugar ao chinês no continente asiático.

Muitos textos das relações internacionais são sobre esse assunto hoje em dia: o surgimento de novos impérios (China, Índia e mesmo Brasil) e a decadência norte-americana. Já vi vários textos e já conversei com muitos estudantes e professores que discutem o tema, mas eu nunca vi ninguém falar sobre o principal. Quem sabe um dia eu escreva sobre isso. Que princípios e doutrinas novas trazem esses possíveis novos impérios? Serão bons ou maus para a humanidade?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Super-heróis e Política

Não se deve pensar que só existem anti-americanos fora dos Estados Unidos. O país está cheio deles. Possui comunistas e toda espécie de ativista que acham que os Estados Unidos são um mal para a humanidade, que o país é imperialista e sufoca os povos do mundo.

O Obama, logo que assumiu, mostrou, pela primeira vez, que um presidente dos Estados Unidos pode ser anti-americano. Ele fez um discurso no Egito, em junho de 2009, no qual pediu perdão pelo colonialismo (os Estados Unidos, no entanto, não fizeram parte da história do colonialismo), pelos erros norte-americanos, quando o país lidou com o mundo árabe, e procurou igualar o cristianismo e o islamismo. Pode-se dizer que é um discurso que busca a paz, mas a destruição ou amostra de desconhecimento dos valores nacionais não é um bom caminho para se encontrar a paz.

A luta entre os que defendem os princípios norte-americanos e os anti-americanos chega até aos quadrinhos e filmes de super-heróis.

O Super-Homem, criado por Joe Shuster e Jerry Siegel em 1932, sempre lutou contra os inimigos dos norte-americanos, que em última análise coincidiam com os inimigos da humanidade: nazistas na década de 40 ou comunistas durante a guerra fria, e sempre segurando com orgulho a bandeira dos Estados Unidos. Em um dos filmes, ele diz que luta pela verdade, pela justiça e pelo estilo norte-americano (no original, ele disse que luta por truth, justice and the American way). Os comunistas e afins sempre idenficaram esse "American Way" como consumismo e imperialismo, e os conservadores denominam que American Way é capitalismo e democracia. Mas, em 2006, os diretores de Superman Returns resolveram mudar a expressão e empobreceram o herói. No filme, Super-Homen diz que luta "pela verdade, pela justiça e todas essas coisas" (truth, justice and all that stuff). "Todas essas coisas" no lugar de American Way? Não parece coisa de herói e sim de quem não sabe nem mesmo o que é. Mas foi a forma que os diretores e roteiristas Michael Dougherty e Dan Harris acharam para apresentar um herói não americano. Para quê?

Outro caso é o do Capitão América, criado por Joe Simon e Jack Kirby em 1941. Capitão América é um herói criado intencionalmente como patriótico. Mas, para o filme que será lançado no próximo ano, o diretor Joe Johnston já avisou que o herói quer servir seu país, mas não é do tipo que fica carregando a bandeira ("wants to serve his country, but he's not this sort of jingoistic American flag-waver") . Em outro caso, a revista em quadrinhos do Capitão América tomou posição em favor do partido do Obama (Democratas) ao atacar um movimento norte-americano chamado Tea Party que defende redução dos gastos públics e menores impostos e está mais relacionado à oposição republicana. Na edição da revista de fevereiro deste ano, essa organização é dita ser formada por "brancos raivosos". O que é uma frase racista. Já pensou chamar uma organização de ser formada por "negros raivosos"? Mas ocorreu reação e os produtores da revista tiveram que rever seu posicionamento político quando escrevem os quadrinhos.

Em suma, estão mudando o carácter dos super-heróis em razão de posições políticas anti-americanas.

Os Estados Unidos devem ter orgulho da sua história. É certo, como é o caso de qualquer país, que há erros cometidos pelos norte-americanos, mas o país tem uma história muita rica e repleta de momentos em que defendeu grandes princípios da humanidade e também cheia de ajuda humanitária a diversos povos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Talibã e Camboja

Domingo, o site WikiLeaks disponibilizou para três jornais (New York Times, The Guardian e Der Spiegel) mais de 90 mil documentos sobre a guerra do Afeganistão. Não conheço a linha editorial do jornal alemão Der Spiegel, mas, tanto o americano NYT, como o inglês The Guardian são reconhecidos por serem jornais liberais (esquerdistas) e o dono do site WikiLeaks, Julian Assange, que enviou a reportagem para esses jornais sabia como seria a recepção deles. Ele também não deixou dúvidas de sua posição anti-guerra na divulgação dos documentos. Falou da everyday brutality and squalor of war (brutalidade e sujeira diárias da guerra). É certo que uma guerra nunca é limpa e que civis sempre sofrem, ainda mais no caso na guerra em questão em que é muito difícil distinguir um civil de um insurgente.

Os documentos são classificados como "abaixo de confidencial". Alguns secretos e outros não, mas não são confidenciais. Eles revelam desde relatórios táticos até anotações sobre as relações entre Estados Unidos, Paquistão e Talibã. E é neste último caso, que acho que os documentos podem reforçar a guerra e não suspendê-la.

Os documentos relatam que o serviço secreto paquistanês colabora com os insurgentes talibãs no Afeganistão. Inclusive acusa um general paquistanês (Gen. Hamid Gul). Não é um fato novo a relação do serviço secreto do Paquistão com o Talibã. Remonta à época da ocupação do Afeganistão pela União Soviética. Mas os documentos reforçam a desconfiança americana em relação ao Paquistão, país que recebe muito dinheiro dos americanos para ajuda humanitária e militar.

George Friedman do site “The Stratford” disse que os documentos provocaram um “feigned surprise not a real surprise” (surpresa fingida não uma surpresa real), pois não revelam fatos desconhecidos, apesar de possuir detalhes. Para Friedman, os documentos ressaltam duas informações: primeiro, que o Talibã é uma força mais sofisticada do que aparenta; segundo, a questão sobre os fornecedores das armas mais sofisticadas do Talibã, uma vez que esse não produz nada. Este segundo ponto nos leva novamente para o Paquistão.

A guerra do Afeganistão é um conflito, para os Estados Unidos, contra o terrorismo, contra a al-Qaeda. Este grupo terrorista não se encontra somente no Afeganistão, suas ramificações são consideradas globais. Por isso, os Estados Unidos não têm tanto foco na derrota do talibã, nem mesmo atualmente empregam recursos suficientes para derrotar este grupo de insurgentes que se espalham por um território bastante inóspito. O Paquistão sabe que os Estados Unidos não vão ficar muito tempo, ainda mais depois do Obama, que já anunciou a saída para próximo ano, e vão procurar possuir uma boa relação com o Afeganistão mesmo que ele seja administrado pelo Talibã. O Paquistão já possui problemas na fronteira com a Índia e a etnia pashtun do Afeganistão também está presente no Paquistão. O Talibã tem o tempo a seu favor e também conta com o apoio de partes das forças armadas paquistanesas. Neste sentido, Friedman nos fala que os Estados Unidos enfrentam o Talibã com o Paquistão agindo de forma dúbia, falando em público contra o Talibã, mas dando apoio secretamente. Mas os Estados Unidos também não têm interesse em perder o apoio do Paquistão, pois não desejam a Índia como única potência na região.

Muitos dizem que os documentos podem acelerar a saída dos Estados Unidos de uma guerra muito difícil, pois o Talibã conhece muito bem o terreno, usa civis e possui apoio (Paquistão) de quem tem informações sobre os aliados, além de possuir suporte do Irã. Mas a saída dos americanos na região pode significar uma catástrofe. O colunista Bret Stephens do Wall Street Journal nos lembra hoje em seu artigo chamado “From WikiLeaks to the Killing Fields”~, que a saída dos Estados Unidos do sudeste asiático depois da guerra no Vietnã resultou na morte de mais de 165 mil vietnamitas, êxodo em massa de um milhão de pessoas, assassinato de 100 mil no Laos e a matança de quase dois milhões de pessoas no Camboja, durante o poder do Khmer Vermelho.

Aliás, hoje foi anunciada a primeira sentença de um membro do Khmer Vermelho no Camboja, comandante Kaing Guek Eav, conhecido como Camarada Duch. Ele é responsável por mortes e tortura de milhares de pessoas. Era o comandante da principal prisão e centro de tortura do Khmer Vermelho. A sentença de 19 anos não satisfez os parentes das vítimas. Mas é primeira vez no Camboja que um alto funcionário do governo foi responsabilizado por sérias violações de direitos humanos e a primeira vez que um julgamento do gênero foi realizado.

Interessante é que os líderes do Khmer Vermelho eram intelectuais que estudaram na França e tiveram influência do Partido Comunista Francês. A teoria usada por esses líderes, inclusive, tinha inspiração na teoria da dependência. Alô, Fernando Henrique Cardoso! Eles achavam que o Camboja teria que se desenvolver sozinho, sem relações com os países desenvolvidos e que o comunismo poderia vir dos agricultores, sem fomentar uma indústria nacional. Fome e morte foi o resultado da teoria.

O Talibã também não segue a cartilha da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU. Os direitos das minorias são letra morta para ele.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Imprensa Chapa-Branca


Adorei essa charge de Michael Ramirez do site Townhall. Mostra quando a imprensa está no lugar errado, protegendo o poder. No caso, Obama está cercado de pessoas e um homem de fora diz: "Ele realmente tem muita proteção do serviço secreto", quando um outro responde: "Estes são jornalistas". Esta charge ocorre em um momento em que se discute nos Estados Unidos a ação de uma organização de jornalistas chamada "journoList". É um encontro online entre jornalistas e acadêmicos. Descobriu-se que eles tentaram influenciar a ação de diversos jornais durante a campanha do Obama, tentando proteger o então candidato de situações que poderiam prejudicar sua campanha (como a aproximidade de Obama com ativistas e radicais) e realizando acusações contra os adversários do democrata.

Onde Está o Dinheiro?

O Mercado financeiro é bastante complexo, especialmente nos Estados Unidos. Muitos gênios trabalham em engenharias financeiras para evitar os riscos e ganhar o máximo de dinheiro possível. Isso é favorável ao desenvolvimento dos negócios e ao crescimento do país, mas muitas vezes o pequeno investidor é o que sai perdendo quando a engenharia falha. Como se costuma dizer: é preciso ter dinheiro para se ganhar dinheiro.

O jornal USA Today de hoje nos fala das ações do Goldman Sachs durante a crise imobiliária. O banco Goldman Sachs foi multado na semana passada em 550 milhões de dólares por erros contra os investidores durante a queda do mercado imobiliário norte-americano. E, ontem, o senado americano quis saber para onde foi parar o dinnheiro que esse mesmo banco recebeu do governo para evitar a falência da empresa de seguros AIG.

O banco tinha várias ações da AIG em seus balanços e tinha recebido 5,55 bilhões de dólares em dinheiro público para que a AIG não falisse. Acontece que o Goldman Sachs já tinha feito seguro contra perdas nas ações da AIG. Por isso, o dinheiro recebido acabou indo parar em 32 empresas financeiras ao redor do mundo.

O senador republicano Chuck Grassley afirmou que o banco deveria ter recebido primeiro das seguradoras aos invés de retirar dos cofres públicos.

No total, a AIG recebeu 85 bilhões de dólares em ajuda financeira do governo, que foi dada pelo Banco Central de Nova York (Federal Reserve Bank of New York), que estava em 2008 sob chefia de Timothy Geithner que hoje é Secretário do Tesouro. Será que ele sabia para onde iria o dinheiro? As relações de membros do Goldman Sachs com a administração norte-americana, seja quando republicana ou democrata, é bastante conhecida. Vários membros do governo de Bush ou do Obama sairam das entranhas deste banco.

Política e negócios andam sempre juntos e o dinheiro público, muitas vezes, é que cobre os riscos irresponsáveis. No caso da crise imobiliária, a fonte da culpa está no próprio governo, que durante anos quis facilitar a aquisição de casas pela população, maquiando os riscos, usando as agências públicas de hipotecas. É o que regularmente nos fala o economista Thomas Sowell, de quem recomendo artigos e livros.  O blog dele está entre os que indico abaixo.

sábado, 24 de julho de 2010

Ciência e Religião. A Igreja e a Ciência

Vou fazer este post muito mais como um arquivo para mim mesmo. Mas quem quiser pode pesquisar.

Nomeio abaixo membros da Igreja Católica (padres, freis e teólogos) que colaboraram de forma fundamental para a ciência moderna. A lista não é exaustiva, está longe disso, pois para se ter uma idéia há 35 crateras lunares com nomes apenas de padres jesuítas. A lista também não segue nenhuma ordem, fui apenas colocando os nomes:

Gerbert d'Aurilac (papa Silvestre II).
Gratian (Graciano)
Athanasius Kircher
George Lemaitre
Roger Bacon
Robert Grosseteste
Nicolas Steno
Roger Boscovich
Giovanni Battista Riccioli
Francesco Grimaldi
Peter Aberlard
Bernard of Chartres (que disse a frase normalmente atribuida a Newton: "se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes")
Santo Agostinho
Thierry of Chartres
William of Conches
Adelard of Bath
Richard of Wallingford
St. Alberto Magnus
St. Tomas de Aquino
Santo Anselmo
São John Fisher
Gerald Odonis
John Crell
Henry of Freimar
Peter Lombard
St. Thomas More
William of Ockham
John Duns Scotus
Thomas Bradwardine
Jean Buridan
(bispo)Nicole Oresme
(cardeal)Nicholas of Cusa
Pierre DÁilly
Nicolas Copérnico
John Philoponus
Christopher Clavius
Domingo de Soto
Horatio Grassi
James B. Macelwane
Giovanni Cassini
John Henry Newman
Francisco de Vitoria
Francisco Suárez
Luis de Molina
Diego de Covarubias y Leyva
Martín de Azpilcueta
Luis Saravia de la Calle
Tomás de Mercado
Giovanni Botero
Pedro Julião (papa João XXI - único papa português)
Vicenzo Buzzi (papa Leão XIII)
Eilmer de Malmesbury
Dom Perignon
Santa Hildegarda de Bingen
Raumundo Lúlio (Ramon Llull)
Santo Afonso de Ligório
Padre Roberto Busa
Jérôme Lejeune
Fra Luca Bartolomeo de Pacioli
Robert Grosseteste
Ignazio Danti
Marin Mersenne
Jean Felix-Picccard
Gregor Mendel
Armand David
Julius Niuewland
Stanley Jaki
Francesco Faá de Bruno
St. Bede
Michael Heller
Ferdinand Verbiest
Eugenio Barsanti
Pierre Gassendi
Jean Mabillion
Basil Valentine
Alphonse Antonio de Sarasa
Ányos István Jedlik
Stephen Barr
Giovanni Inghira
Sister Mary Kenneth Keller
.........devo continuar

Acabei (no dia 30 de novembro de 2016) encontrando um site que lista 244 padres cientistas.

Aqui vai a lista do site, que repete alguns que vão em cima, mas traz links:

Men of the Church and Men of Science
  1. Fr. José de Acosta (1539–1600) – Jesuit missionary and naturalist who wrote one of the first detailed and realistic descriptions of the New World
  2. Fr. François d'Aguilon (1567–1617) – Belgian Jesuit mathematician, physicist and architect
  3. Fr. Lorenzo Albacete (1941–2014) – priest, physicist and theologian
  4. Fr. Albert of Castile (c. 1460-1522) - Dominican priest and historian
  5. Bishop Albert of Saxony (philosopher) (c. 1320–1390) – German bishop who wrote on logic and physics; with Buridan he helped develop the theory that was a precursor to the modern theory of inertia
  6. St. Albertus Magnus (c. 1206–1280) – Dominican friar and Bishop of Regensberg who has been described as "one of the most famous precursors of modern science in the High Middle Ages." Patron Saint of Natural Sciences; Works in physics, logic, metaphysics, biology and psychology.
  7. Fr. Giulio Alenio (1582–1649) – Jesuit theologian, astronomer and mathematician; was sent to the Far East as a missionary and adopted a Chinese name and customs; wrote 25 books, including a cosmography and a Life of Jesus in Chinese.
  8. Fr. José María Algué (1856–1930) – priest and meteorologist who invented the barocyclonometer
  9. Fr. José Antonio de Alzate y Ramírez (1737–1799) – priest, scientist, historian, cartographer and meteorologist who wrote more than thirty treatises on a variety of scientific subjects
  10. Fr. Francesco Castracane degli Antelminelli (1817–1899) – priest and botanist who was one of the first to introduce microphotography into the study of biology
  11. Fr. Giovanni Antonelli (1818–1872) – priest and director of the Ximenian Observatory of Florence who also collaborated on the design of a prototype of the internal combustion engine
  12. Fr. Nicolò Arrighetti (1709–1767) – Jesuit who wrote treatises on light, heat and electricity
  13. Fr. Mariano Artigas (1938–2006) – Spanish physicist, philosopher and theologian who received the Templeton Foundation Prize in 1995
  14. Fr. Giuseppe Asclepi (1706–1776) – Jesuit astronomer and physician who served as director of the Collegio Romano observatory; the lunar crater Asclepi is named after him
  15. Fr. Nicanor Pier Giorgio Austriaco, O.P., Ph.D., S.T.D., Professor of Biology and of Theology at Providence College
  16. Fr. Roger Bacon (c. 1214–1294) – Franciscan friar who made significant contributions to mathematics and optics and has been described as the Father of Modern Scientific Method
  17. Abbot Bernardino Baldi (1533–1617) – abbot, mathematician and writer
  18. Fr. Eugenio Barsanti (1821–1864) – Piarist, possible inventor of the internal combustion engine
  19. Fr. Bartholomeus Amicus (1562–1649) – Jesuit, wrote on philosophy, mathematics, astronomy and the concept of vacuum and its relationship with God
  20. Fr. Daniello Bartoli (1608–1685) – Bartoli and fellow Jesuit astronomer Niccolò Zucchi are credited as probably having been the first to see the equatorial belts on the planet Jupiter
  21. Fr. Joseph Bayma (1816–1892) – Jesuit known for work in stereochemistry and mathematics
  22. Fr. Giacopo Belgrado (1704–1789) – Jesuit professor of mathematics and physics and court mathematician who did experimental work in physics
  23. Fr. Mario Bettinus (1582–1657) – Jesuit philosopher, mathematician and astronomer; lunar crater Bettinus named after him
  24. Fr. Giuseppe Biancani (1566–1624) – Jesuit astronomer, mathematician and selenographer, after whom the lunar crater Blancanus is named
  25. Fr. Jacques de Billy (1602–1679) – Jesuit who has produced a number of results in number theory which have been named after him; published several astronomical tables; the lunar crater Billy is named after him
  26. Fr. Paolo Boccone (1633–1704) – Cistercian botanist who contributed to the fields of medicine and toxicology
  27. Fr. Bernard Bolzano (1781–1848) – priest, mathematician and logician whose other interests included metaphysics, ideas, sensation and truth
  28. Fr. Anselmus de Boodt (1550–1632) – priest who was one of the founders of mineralogy
  29. Fr. Theodoric Borgognoni (1205–1298) – Dominican friar, Bishop of Cervia and medieval Surgeon who made important contributions to antiseptic practice and anesthetics
  30. Fr. Christopher Borrus (1583–1632) – Jesuit mathematician and astronomy who made observations on the magnetic variation of the compass
  31. Fr. Roger Joseph Boscovich (1711–1787) – Jesuit polymath known for his contributions to modern atomic theory and astronomy
  32. Fr. Joachim Bouvet (1656–1730) – Jesuit sinologist and cartographer who did his work in China
  33. Fr. Michał Boym (c. 1612–1659) – Jesuit who was one of the first westerners to travel within the Chinese mainland and the author of numerous works on Asian fauna, flora and geography
  34. Fr. Thomas Bradwardine (c. 1290–1349) – Archbishop of Canterbury and mathematician who helped develop the mean speed theorem; one of the Oxford Calculators
  35. Fr. Martin Stanislaus Brennan (1845–1927) – priest and astronomer who wrote several books about science
  36. Fr. Henri Breuil (1877–1961) – priest, archaeologist, anthropologist, ethnologist and geologist
  37. Fr. Jan Brożek (1585–1652) – Polish priest, polymath, mathematician, astronomer and physician; the most prominent Polish mathematician of the 17th century
  38. Fr. Louis-Ovide Brunet (1826–1876) – priest, one of the founding fathers of Canadian botany
  39. Bl. Francesco Faà di Bruno (c. 1825–1888) – priest and mathematician beatified by Pope John Paul II
  40. Fr. Ismaël Bullialdus (1605–1694) – priest, astronomer and member of the Royal Society; the Bullialdus crater is named in his honor
  41. Fr. Jean Buridan (c. 1300 – after 1358) – priest who formulated early ideas of momentum and inertial motion and sowed the seeds of the Copernican revolution in Europe
  42. Fr. Roberto Busa (1913–2011) – Jesuit, wrote a lemmatization of the complete works of St. Thomas Aquinas (Index Thomisticus) which was later digitalized by IBM. Fr. Busa is the impetus for the use of alphabet, including search engines on computers and, later, the Net
  43. Fr. Niccolò Cabeo (1586–1650) – Jesuit mathematician; the crater Cabeus is named in his honor
  44. Fr. Nicholas Callan (1799–1846) – priest and Irish scientist best known for his work on the induction coil
  45. Fr. John Cantius (1390–1473) – priest and Buridanist mathematical physicist who further developed the theory of impetus
  46. Fr. Jean Baptiste Carnoy (1836–1899) – priest, has been called the Founder of the Science of Cytology
  47. Fr. Giovanni di Casali (d. c. 1375) – Franciscan friar who provided a graphical analysis of the motion of accelerated bodies
  48. Fr. Paolo Casati (1617–1707) – Jesuit mathematician who wrote on astronomy and vacuums; the lunar crater Casatus is named after him
  49. Fr. Laurent Cassegrain (1629–1693) – priest who was the probable namesake of the Cassegrain telescope; the lunar crater Cassegrain is named after him
  50. Fr. Benedetto Castelli (1578–1643) – Benedictine mathematician; long-time friend and supporter of Galileo Galilei, who was his teacher; wrote an important work on fluids in motion
  51. Fr. Bonaventura Cavalieri (1598–1647) – Jesuate priest (not to be confused with Jesuit) known for his work on the problems of optics and motion, work on the precursors of infinitesimal calculus and the introduction of logarithms to Italy; his principle in geometry partially anticipated integral calculus; the lunar crater Cavalerius is named in his honor
  52. Fr. Antonio José Cavanilles (1745–1804) – priest and leading Spanish taxonomic botanist of the 18th century
  53. Fr. Francesco Cetti (1726–1778) – Jesuit zoologist and mathematician
  54. Fr. Tommaso Ceva (1648–1737) – Jesuit mathematician and professor who wrote treatises on geometry, gravity and arithmetic
  55. Fr. Christopher Clavius (1538–1612) –Jesuit astronomer and mathematician who headed the commission that yielded the Gregorian calendar; wrote influential astronomical textbook
  56. Br. Guy Consolmagno (1952–) – Jesuit astronomer and planetary scientist
  57. Fr. Nicolaus Copernicus (1473–1543) – Renaissance astronomer and priest famous for his heliocentric cosmology that set in motion the Copernican Revolution
  58. Fr. Vincenzo Coronelli (1650–1718) – Franciscan cosmographer, cartographer, encyclopedist and globe-maker
  59. Fr. George Coyne (1933–) – Jesuit astronomer and former director of the Vatican Observatory
  60. Fr. James Cullen (mathematician) (1867–1933) – Jesuit mathematician who published what is now known as Cullen numbers in number theory
  61. Fr. James Curley (astronomer) (1796–1889) – Jesuit, first director of Georgetown Observatory and determined the latitude and longitude of Washington, D.C.
  62. Fr. Albert Curtz (1600–1671) – Jesuit astronomer who expanded on the works of Tycho Brahe and contributed to early understanding of the moon; the lunar crater Curtius is named after him
  63. Fr. Johann Baptist Cysat (1587–1657) – Jesuit mathematician and astronomer, after whom the lunar crater Cysatus is named; published the first printed European book concerning Japan; one of the first to make use of the newly developed telescope; most important work was on comets
  64. Fr. Jean-Baptiste Chappe d'Auteroche (1722–1769) – priest and astronomer best known for his observations of the transits of Venus
  65. Fr. Ignazio Danti (1536–1586) – Dominican mathematician, astronomer, cosmographer and cartographer
  66. Fr. Armand David (1826–1900) – Lazarist priest, zoologist and botanist who did important work in these fields in China
  67. Fr. Francesco Denza (1834–1894) – Barnabite meteorologist, astronomer and director of Vatican Observatory
  68. Fr. Václav Prokop Diviš (1698–1765) – Czech priest who studied electrical phenomena and constructed, among other inventions, the first electrified musical instrument in history
  69. Fr. Alberto Dou (1915–2009) – Spanish Jesuit priest who was president of the Royal Society of Mathematics, member of the Royal Academy of Natural, Physical and Exact Sciences and one of the foremost mathematicians of his country
  70. Fr. Johann Dzierzon (1811–1906) – priest and pioneering apiarist who discovered the phenomenon of parthenogenesis among bees and designed the first successful movable-frame beehive; has been described as the "Father of modern apiculture"
  71. Fr. Honoré Fabri (1607–1688) – Jesuit mathematician and physicist
  72. Fr. Jean-Charles de la Faille (1597–1652) – Jesuit mathematician who determined the center of gravity of the sector of a circle for the first time
  73. Fr. Gabriele Falloppio (1523–1562) – priest and one of the most important anatomists and physicians of the sixteenth century; the Fallopian tubes, which extend from the uterus to the ovaries, are named for him
  74. Fr. Gyula Fényi (1845–1927) – Jesuit astronomer and director of the Haynald Observatory; noted for his observations of the sun; the lunar crater Fényi is named after him
  75. Fr. Louis Feuillée (1660–1732) – Minim explorer, astronomer, geographer and botanist
  76. Placidus Fixlmillner (1721–1791) – Benedictine priest and one of the first astronomers to compute the orbit of Uranus
  77. Fr. Paolo Frisi (1728–1784) – priest, mathematician and astronomer who did significant work in hydraulics
  78. Fr. José Gabriel Funes (1963– ) – Jesuit astronomer and current director of the Vatican Observatory
  79. Fr. Lorenzo Fazzini (1787–1837) – priest and physicist born in Vieste and working in Naples
  80. Fr. Joseph Galien (1699 – c. 1762) – Dominican professor who wrote on aeronautics, hailstorms and airships
  81. Abbot Jean Gallois (1632–1707) – French scholar, abbot and member of Academie des sciences
  82. Fr. Pierre Gassendi (1592–1655) – French priest, astronomer and mathematician who published the first data on the transit of Mercury; best known intellectual project attempted to reconcile Epicurean atomism with Christianity
  83. Fr. Agostino Gemelli (1878–1959) – Franciscan physician and psychologist; founded Catholic University of the Sacred Heart in Milan
  84. Fr. Johannes von Gmunden (c. 1380–1442) – Priest, mathematician and astronomer who compiled astronomical tables; Asteroid 15955 Johannesgmunden named in his honor
  85. Fr. Carlos de Sigüenza y Góngora (1645–1700) – priest, polymath, mathematician, astronomer and cartographer; drew the first map of all of New Spain
  86. Fr. Andrew Gordon (Benedictine) (1712–1751) – Benedictine monk, physicist and inventor who made the first electric motor
  87. Fr. Christoph Grienberger (1561–1636) – Jesuit astronomer after whom the lunar crater Gruemberger is named; verified Galileo's discovery of Jupiter's moons.
  88. Fr. Francesco Maria Grimaldi (1618–1663) – Jesuit who discovered the diffraction of light (indeed coined the term "diffraction"), investigated the free fall of objects and built and used instruments to measure lunar geological features
  89. Fr. Robert Grosseteste (c. 1175 – 1253) – bishop who was one of the most knowledgeable men of the Middle Ages; has been called "the first man ever to write down a complete set of steps for performing a scientific experiment"
  90. Fr. Paul Guldin (1577–1643) – Jesuit mathematician and astronomer who discovered the Guldinus theorem to determine the surface and the volume of a solid of revolution
  91. Fr. Bartolomeu de Gusmão (1685–1724) – Jesuit known for his early work on lighter-than-air airship design
  92. Fr. Johann Georg Hagen (1847–1930) – Jesuit director of the Georgetown and Vatican Observatories; the lunar crater Hagen is named after him
  93. Abbot Nicholas Halma (1755–1828) – French abbot, mathematician and translator
  94. Fr. Jean-Baptiste du Hamel (1624–1706) – French priest, natural philosopher and secretary of the Academie Royale des Sciences
  95. Fr. René Just Haüy (1743–1822) – priest known as the Father of Crystallography
  96. Fr. Maximilian Hell (1720–1792) – Jesuit astronomer and director of the Vienna Observatory; the lunar crater Hell is named after him
  97. Fr. Michał Heller (1936– ) – Polish priest, Templeton Prize winner and prolific writer on numerous scientific topics
  98. Fr. Lorenz Hengler (1806–1858) – priest often credited as the inventor of the horizontal pendulum
  99. Fr. Hermann of Reichenau (1013–1054) – Benedictine historian, music theorist, astronomer and mathematician
  100. Fr. Pierre Marie Heude (1836–1902) – Jesuit missionary and zoologist who studied the natural history of Eastern Asia
  101. Fr. Franz von Paula Hladnik (1773–1844) – priest and botanist who discovered several new kinds of plants and certain genera have been named after him
  102. Fr. Giovanni Battista Hodierna (1597–1660) – priest and astronomer who catalogued nebulous objects and developed an early microscope
  103. Fr. Victor-Alphonse Huard (1853–1929) – priest, naturalist, educator, writer and promoter of the natural sciences
  104. Fr. Maximus von Imhof (1758–1817) – German Augustinian physicist and director of the Munich Academy of Sciences
  105. Fr. Giovanni Inghirami (1779–1851) – Italian Piarist astronomer who has a lunar valley named after him as well as a crater
  106. Fr. François Jacquier (1711–1788) – Franciscan mathematician and physicist; at his death he was connected with nearly all the great scientific and literary societies of Europe
  107. Fr. Stanley Jaki (1924–2009) – Benedictine priest and prolific writer who wrote on the relationship between science and theology
  108. Fr. Ányos Jedlik (1800–1895) – Benedictine engineer, physicist and inventor; considered by Hungarians and Slovaks to be the unsung Father of the dynamo and electric motor
  109. Fr. Georg Joseph Kamel (1661–1706) – Jesuit missionary and botanist who established the first pharmacy in the Philippines
  110. Fr. Karl Kehrle (1898–1996) – Benedictine Monk of Buckfast Abbey, England; beekeeper; world authority on bee breeding, developer of the Buckfast bee which is the hybrid commonly used currently
  111. Fr. Eusebio Kino (1645–1711) – Jesuit missionary, mathematician, astronomer and cartographer; drew maps based on his explorations first showing that California was not an island, as then believed; published an astronomical treatise in Mexico City of his observations of the Kirsch comet
  112. Fr. Otto Kippes (1905–1994) – priest acknowledged for his work in asteroid orbit calculations; the main belt asteroid 1780 Kippes was named in his honor
  113. Fr. Athanasius Kircher (1602–1680) – Jesuit who has been called the Father of Egyptology and "Master of a hundred arts"; wrote an encyclopedia of China; one of the first people to observe microbes through a microscope
  114. Fr. Wenceslas Pantaleon Kirwitzer (1588–1626) – Jesuit astronomer and missionary who published observations of comets
  115. Fr. Jan Krzysztof Kluk (1739–1796) – priest, naturalist agronomist and entomologist who wrote a multi-volume work on Polish animal life
  116. Fr. Marian Wolfgang Koller (1792–1866) – Benedictine professor who wrote on astronomy, physics and meteorology
  117. Fr. Franz Xaver Kugler (1862–1929) – Jesuit chemist, mathematician and Assyriologist who is most noted for his studies of cuneiform tablets and Babylonian astronomy
  118. Bl. Ramon Llull (ca. 1232 – ca. 1315) Majorcan writer and philosopher, logician and a Franciscan tertiary considered a pioneer of computation theory. Created the world's first analog computer
  119. Fr. Nicolas Louis de Lacaille (1713–1762) – French deacon and astronomer noted for cataloguing stars, nebulous objects and constellations
  120. Fr. Eugene Lafont (1837–1908) – Jesuit physicist, astronomer and founder of the first Scientific Society in India
  121. Fr. Antoine de Laloubère (1600–1664) – Jesuit and first mathematician to study the properties of the helix
  122. Fr. Bernard Lamy (1640–1715) – Oratorian philosopher and mathematician who wrote on the parallelogram of forces
  123. Fr. Pierre André Latreille (1762–1833) – priest and entomologist whose works describing insects assigned many of the insect taxa still in use today
  124. Abbot Georges Lemaître (1894–1966) – Belgian priest and Father of the Big Bang Theory
  125. Fr. Thomas Linacre (c. 1460–1524) – English priest, humanist, translator and physician
  126. Fr. Francis Line (1595–1675) – Jesuit magnetic clock and sundial maker who disagreed with some of the findings of Newton and Boyle
  127. Fr. Juan Caramuel y Lobkowitz (1606–1682) – Cistercian who wrote on a variety of scientific subjects, including probability theory
  128. Fr. Jean Mabillon (1632–1707) – Benedictine monk and scholar, considered the founder of paleography and diplomatics
  129. Fr. James B. Macelwane (1883–1956) – "the best-known Jesuit seismologist" and "one of the most honored practitioners of the science of all time"; wrote the first textbook on seismology in America
  130. Fr. John MacEnery (1797–1841) – archaeologist who investigated the Palaeolithic remains at Kents Cavern
  131. Fr. Paul McNally (1890–1955) – Jesuit astronomer and director of Georgetown Observatory; the lunar crater McNally is named after him
  132. Fr. Manuel Magri (1851–1907) – Jesuit ethnographer, archaeologist and writer; one of Malta's pioneers in archaeology
  133. Fr. Emmanuel Maignan (1601–1676) – Minim physicist and professor of medicine who published works on gnomonics and perspective
  134. Fr. Charles Malapert (1581–1630) – Jesuit writer, astronomer and proponent of Aristotelian cosmology; also known for observations of sunpots and of the lunar surface and the lunar crater Malapert is named after him
  135. Fr. Nicolas Malebranche (1638–1715) – Oratorian philosopher who studied physics, optics and the laws of motion and disseminated the ideas of Descartes and Leibniz
  136. Fr. Marcin of Urzędów (c. 1500–1573) – priest, physician, pharmacist and botanist
  137. Fr. Joseph Maréchal (1878–1944) – Jesuit philosopher and psychologist
  138. Fr. Marie-Victorin (1885–1944) – Christian Brother and botanist best known as the Father of the Jardin Botanique de Montréal
  139. Fr. Edme Mariotte (c. 1620–1684) – priest and physicist who recognized Boyle's Law and wrote about the nature of color
  140. Fr. Francesco Maurolico (1494–1575) – Benedictine who made contributions to the fields of geometry, optics, conics, mechanics, music and astronomy and gave the first known proof by mathematical induction
  141. Fr. Christian Mayer (astronomer) (1719–1783) – Jesuit astronomer most noted for pioneering the study of binary stars
  142. Fr. James Robert McConnell (1915–1999) – Irish theoretical physicist, pontifical academician, Monsignor
  143. Fr. Gregor Mendel (1822–1884) – Augustinian monk and Father of genetics
  144. Fr. Pietro Mengoli (1626–1686) – priest and mathematician who first posed the famous Basel Problem
  145. Fr. Giuseppe Mercalli (1850–1914) – priest, volcanologist and director of the Vesuvius Observatory who is best remembered today for his Mercalli scale for measuring earthquakes which is still in use
  146. Fr. Marin Mersenne (1588–1648) – Minim philosopher, mathematician and music theorist who is often referred to as the "Father of acoustics"
  147. Fr. Paul of Middelburg (1446–1534) – Bishop of Fossombrone who wrote important works on the reform of the calendar
  148. Fr. Maciej Miechowita (1457–1523) – priest who wrote the first accurate geographical and ethnographical description of Eastern Europe, as well as two medical treatises
  149. Fr. François-Napoléon-Marie Moigno (1804–1884) – Jesuit physicist and mathematician; was an expositor of science and translator rather than an original investigator
  150. Fr. Juan Ignacio Molina (1740–1829) – Jesuit naturalist, historian, botanist, ornithologist and geographer
  151. Fr. Louis Moréri (1643–1680) – 17th-century priest and encyclopedist
  152. Fr. Théodore Moret (1602–1667) – Jesuit mathematician and author of the first mathematical dissertations ever defended in Prague; the lunar crater Moretus is named after him
  153. Fr. Landell de Moura (1861–1928) – priest and inventor who was the first to accomplish the transmission of the human voice by a wireless machine
  154. Abbot Gabriel Mouton (1618–1694) – abbot, mathematician, astronomer and early proponent of the metric system
  155. Fr. Jozef Murgaš (1864–1929) – priest who contributed to wireless telegraphy and help develop mobile communications and wireless transmission of information and human voice
  156. Fr. José Celestino Mutis (1732–1808) – Priest, botanist and mathematician who led the Royal Botanical Expedition of the New World
  157. Fr. Jean François Niceron (1613–1646) – Minim mathematician who studied geometrical optics
  158. Cardinal Nicholas of Cusa (1401–1464) – Cardinal, philosopher, jurist, mathematician, astronomer and one of the great geniuses and polymaths of the 15th century
  159. Fr. Julius Nieuwland (1878–1936) – Holy Cross priest, known for his contributions to acetylene research and its use as the basis for one type of synthetic rubber, which eventually led to the invention of neoprene by DuPont
  160. Abbot Jean-Antoine Nollet (1700–1770) – abbot and physicist who discovered the phenomenon of osmosis in natural membranes
  161. Fr. Hugo Obermaier (1877–1946) – priest, prehistorian and anthropologist who is known for his work on the diffusion of mankind in Europe during the Ice Age, as well as his work with north Spanish cave art
  162. Fr. William of Ockham (c. 1288 – c. 1348) – Franciscan Scholastic who wrote significant works on logic, physics and theology; known for Occam's razor-principle
  163. Bishop Nicole Oresme (c. 1323–1382) – one of the most famous and influential philosophers of the later Middle Ages; economist, mathematician, physicist, astronomer, philosopher, theologian and Bishop of Lisieux and competent translator; one of the most original thinkers of the 14th century
  164. Fr. Barnaba Oriani (1752–1832) – Barnabite geodesist, astronomer and scientist whose greatest achievement was his detailed research of the planet Uranus; also known for Oriani's Theorem
  165. Fr. Tadeusz Pacholczyk (1965–) – priest, neuroscientist and writer
  166. Fr. Luca Pacioli (c. 1446–1517) – Franciscan friar who published several works on mathematics; often regarded as the "Father of accounting"
  167. Fr. Ignace-Gaston Pardies (1636–1673) – Jesuit physicist known for his correspondence with Newton and Descartes
  168. Fr. Franciscus Patricius (1529–1597) – priest, cosmic theorist, philosopher and Renaissance scholar
  169. Fr. John Peckham (1230–1292) – Archbishop of Canterbury and early practitioner of experimental science
  170. Abbot Nicolas Claude Fabri de Peiresc (1580–1637) – abbot and astronomer who discovered the Orion Nebula; lunar crater Peirescius named in his honor
  171. Fr. Stephen Joseph Perry (1833–1889) – Jesuit astronomer and Fellow of the Royal Society; made frequent observations of Jupiter's satellites, of stellar occultations, of comets, of meteorites, of sun spots and faculae
  172. Fr. Giambattista Pianciani (1784–1862) – Jesuit mathematician and physicist
  173. Fr. Giuseppe Piazzi (1746–1826) – Theatine mathematician and astronomer who discovered Ceres, today known as the largest member of the asteroid belt; also did important work cataloguing stars
  174. Fr. Jean Picard (1620–1682) – priest and first person to measure the size of the Earth to a reasonable degree of accuracy; also developed what became the standard method for measuring the right ascension of a celestial object; the PICARD mission, an orbiting solar observatory, is named in his honor
  175. Fr. Edward Pigot (1858–1929) – Jesuit seismologist and astronomer
  176. Fr. Alexandre Guy Pingré (1711–1796) – French priest astronomer and naval geographer; the lunar crater Pingré is named after him, as is the asteroid 12719 Pingré
  177. Fr. Andrew Pinsent (1966–) – priest whose current research includes the application of insights from autism and social cognition to 'second-person' accounts of moral perception and character formation; his previous scientific research contributed to the DELPHI experiment at CERN
  178. Cardinal Jean Baptiste François Pitra (1812–1889) – Benedictine cardinal, archaeologist and theologian who noteworthy for his great archaeological discoveries
  179. Fr. Charles Plumier (1646–1704) – Minim friar who is considered one of the most important botanical explorers of his time
  180. Fr. Marcin Odlanicki Poczobutt (1728–1810) – Jesuit astronomer and mathematician; granted the title of the King's Astronomer; the lunar crater Poczobutt is named after him
  181. Fr. Léon Abel Provancher (1820–1892) – priest and naturalist devoted to the study and description of the fauna and flora of Canada; his pioneer work won for him the appellation of the "Father of Canadian Natural History"
  182. Fr. Louis Receveur (1757–1788) – Franciscan naturalist and astronomer; described as being as close as one could get to being an ecologist in the 18th century
  183. Fr. Franz Reinzer (1661–1708) – Jesuit who wrote an in-depth meteorological, astrological and political compendium covering topics such as comets, meteors, lightning, winds, fossils, metals, bodies of water and subterranean treasures and secrets of the earth
  184. Bishop Louis Rendu (1789–1859) – bishop who wrote an important book on the mechanisms of glacial motion; the Rendu Glacier, Alaska, US and Mount Rendu, Antarctica are named for him
  185. Fr. Vincenzo Riccati (1707–1775) – Italian Jesuit mathematician and physicist
  186. Fr. Matteo Ricci (1552–1610) – one of the founding fathers of the Jesuit China Mission and co-author of the first European-Chinese dictionary. (On route to being a saint)
  187. Fr. Giovanni Battista Riccioli (1598–1671) – Jesuit astronomer who authored Almagestum novum, an influential encyclopedia of astronomy; the first person to measure the rate of acceleration of a freely falling body; created a selenograph with Father Grimaldi that now adorns the entrance at the National Air and Space Museum in Washington, D.C.
  188. Abbot Richard of Wallingford (1292–1336) – abbot, renowned clockmaker and one of the initiators of western trigonometry
  189. Fr. Johannes Ruysch (c. 1460–1533) – priest, explorer, cartographer and astronomer who created the second oldest known printed representation of the New World
  190. Fr. Giovanni Girolamo Saccheri (1667–1733) – Jesuit mathematician and geometer
  191. Fr. Johannes de Sacrobosco (c. 1195 – c. 1256) – Irish monk and astronomer who wrote the authoritative medieval astronomy text Tractatus de Sphaera; his Algorismus was the first text to introduce Hindu-Arabic numerals and procedures into the European university curriculum; the lunar crater Sacrobosco is named after him
  192. Fr. Gregoire de Saint-Vincent (1584–1667) – Jesuit mathematician who made important contributions to the study of the hyperbola
  193. Fr. Alphonse Antonio de Sarasa (1618–1667) – Jesuit mathematician who contributed to the understanding of logarithms
  194. Fr. Christoph Scheiner (c. 1573–1650) – Jesuit physicist, astronomer and inventor of the pantograph; wrote on a wide range of scientific subjects
  195. Fr. Wilhelm Schmidt (linguist) (1868–1954) – Austrian priest, linguist, anthropologist and ethnologist
  196. Fr. George Schoener (1864–1941) – priest who became known in the United States as the "Padre of the Roses" for his experiments in rose breeding
  197. Fr. Gaspar Schott (1608–1666) – Jesuit physicist, astronomer and natural philosopher who is most widely known for his works on hydraulic and mechanical instruments
  198. Fr. Franz Paula von Schrank (1747–1835) – priest, botanist, entomologist and prolific writer
  199. Fr. Berthold Schwarz (c. 14th century) – Franciscan friar and reputed inventor of gunpowder and firearms
  200. Fr. Anton Maria Schyrleus of Rheita (1604–1660) – Capuchin astronomer and optrician who built Kepler's telescope
  201. Fr. George Mary Searle (1839–1918) – Paulist astronomer and professor who discovered six galaxies
  202. Fr. Angelo Secchi (1818–1878) – Jesuit pioneer in astronomical spectroscopy and one of the first scientists to state authoritatively that the sun is a star
  203. Fr. Alessandro Serpieri (1823–1885) – priest, astronomer and seismologist who studied shooting stars and was the first to introduce the concept of the seismic radiant
  204. Fr. Gerolamo Sersale (1584–1654) – Jesuit astronomer and selenographer; his map of the moon can be seen in the Naval Observatory of San Fernando; the lunar crater Sirsalis is named after him
  205. Fr. Benedict Sestini (1816–1890) – Jesuit astronomer, mathematician and architect; studied sunspots and eclipses; wrote textbooks on a variety of mathematical subjects
  206. Fr. René François Walter de Sluse (1622–1685) – Priest and mathematician with a family of curves named after him
  207. Fr. Domingo de Soto (1494–1560) – Spanish Dominican priest and professor at the University of Salamanca; in his commentaries to Aristotle he proposed that free falling bodies undergo constant acceleration
  208. Fr. Lazzaro Spallanzani (1729–1799) – priest, biologist and physiologist who made important contributions to the experimental study of bodily functions, animal reproduction and essentially discovered echolocation; his research of biogenesis paved the way for the investigations of Louis Pasteur
  209. Fr. Valentin Stansel (1621–1705) – Jesuit astronomer who made important observations of comets
  210. Fr. Johan Stein (1871–1951) – Jesuit astronomer and director of the Vatican Observatory, which he modernized and relocated to Castel Gandolfo; the crater Stein on the far side of the Moon is named after him
  211. Bl. Nicolas Steno (1638–1686) – Bishop beatified by Pope John Paul II who is often called the Father of geology and stratigraphy, and is known for Steno's principles
  212. Pope Sylvester II (c. 946–1003) – Prolific scholar who endorsed and promoted Arabic knowledge of arithmetic, mathematics and astronomy in Europe, reintroducing the abacus and armillary sphere which had been lost to Europe since the end of the Greco-Roman era
  213. Fr. Alexius Sylvius Polonus (1593 – c. 1653) – Jesuit astronomer who studied sunspots and published a work on calendariography
  214. Fr. Ignacije Szentmartony (1718–1793) – Jesuit cartographer, mathematician and astronomer who became a member of the expedition that worked on the rearrangement of the frontiers among colonies in South America
  215. Fr. André Tacquet (1612–1660) – Jesuit mathematician whose work laid the groundwork for the eventual discovery of calculus
  216. Fr. Pierre Teilhard de Chardin (1881–1955) – Jesuit paleontologist and geologist who took part in the discovery of Peking Man
  217. Fr. Francesco Lana de Terzi (c. 1631–1687) – Jesuit referred to as the Father of Aviation for his pioneering efforts; he also developed a blind writing alphabet prior to Braille.
  218. Fr. Theodoric of Freiberg (c. 1250 – c. 1310) – Dominican theologian and physicist who gave the first correct geometrical analysis of the rainbow
  219. Fr. Joseph Tiefenthaler (1710–1785) – Jesuit who was one of the earliest European geographers to write about India
  220. Fr. Giuseppe Toaldo (1719–1797) – priest and physicist who studied atmospheric electricity and did important work with lightning rods; the asteroid 23685 Toaldo is named for him
  221. Fr. José Torrubia (c. 1700–1768) – Franciscan linguist, scientist, collector of fossils and books and writer on historical, political and religious subjects
  222. Fr. Franz de Paula Triesnecker (1745–1817) – Jesuit astronomer and director of the Vienna Observatory; published a number of treatises on astronomy and geography; the lunar crater Triesnecker is named after him
  223. Fr. Luca Valerio (1552–1618) – Jesuit mathematician who developed ways to find volumes and centers of gravity of solid bodies
  224. Fr. Pierre Varignon (1654–1722) – priest and mathematician whose principle contributions were to statics and mechanics; created a mechanical explanation of gravitation
  225. Fr. Jacques de Vaucanson (1709–1782) – French Minim friar inventor and artist who was responsible for the creation of impressive and innovative automata and machines such as the first completely automated loom
  226. Fr. Giovanni Battista Venturi (1746–1822) – priest who discovered the Venturi effect
  227. Bishop Fausto Veranzio (c. 1551–1617) – Bishop, polymath, inventor and lexicographer
  228. Fr. Ferdinand Verbiest (1623–1688) – Jesuit astronomer and mathematician; designed what some claim to be the first ever self-propelled vehicle, which many claim this as the world's first automobile
  229. Fr. Francesco de Vico (1805–1848) – Jesuit astronomer who discovered or co-discovered a number of comets; also made observations of Saturn and the gaps in its rings; the lunar crater De Vico and the asteroid 20103 de Vico are named after him
  230. Fr. Vincent of Beauvais (c.1190–c.1264) – Dominican who wrote the most influential encyclopedia of the Middle Ages
  231. Fr. Benito Viñes (1837–1893) – Jesuit meteorologist who made the first weather model to predict the trajectory of a hurricane
  232. Archbishop János Vitéz (archbishop) (c.1405–1472) – Archbishop, astronomer and mathematician
  233. Fr. Martin Waldseemüller (c. 1470–1520) – German priest and cartographer who, along with Matthias Ringmann, is credited with the first recorded usage of the word America
  234. Fr. Godefroy Wendelin (1580–1667) – priest and astronomer who recognized that Kepler's third law applied to the satellites of Jupiter; the lunar crate Vendelinus is named in his honor
  235. Fr. Johannes Werner (1468–1522) – priest, mathematician, astronomer and geographer
  236. Fr. Witelo (c. 1230 – after 1280, before 1314) – Friar, physicist, natural philosopher and mathematician; lunar crater Vitello named in his honor; his Perspectiva powerfully influenced later scientists, in particular Johannes Kepler
  237. Fr. Julian Tenison Woods (1832–1889) – Passionist geologist and mineralogist
  238. Fr. Theodor Wulf (1868–1946) – Jesuit physicist who was one of the first experimenters to detect excess atmospheric radiation
  239. Fr. Franz Xaver von Wulfen (1728–1805) – Jesuit botanist, mineralogist and alpinist
  240. Fr. John Zahm (1851–1921) – Holy Cross priest and South American explorer
  241. Fr. Giuseppe Zamboni (1776–1846) – priest and physicist who invented the Zamboni pile, an early electric battery similar to the Voltaic pile
  242. Fr. Francesco Zantedeschi (1797–1873) – priest who was among the first to recognize the marked absorption by the atmosphere of red, yellow and green light; published papers on the production of electric currents in closed circuits by the approach and withdrawal of a magnet, thereby anticipating Michael Faraday's classical experiments of 1831
  243. Fr. Niccolò Zucchi (1586–1670) – claimed to have tried to build a reflecting telescope in 1616 but abandoned the idea (maybe due to the poor quality of the mirror); may have been the first to see the belts on the planet Jupiter (1630)
  244. Fr. Giovanni Battista Zupi (c. 1590–1650) – Jesuit astronomer, mathematician and first person to discover that the planet Mercury had orbital phases; the lunar crater Zupus is named after him


Diz o texto do reverendo George Rutler:

The list of great Catholic scientists is as long as the years since modern science became conscious of itself, but my clerical perspective would focus on Catholic priests compelled by beauty to discover more about the ordering of things for, as Alexander Pope wrote, “Order is heaven’s first law.”   Everyone knows of Roger Bacon and Albert the Great. But Copernicus was a priest, too, and likewise the geneticist Mendel. Barsanti developed the internal combustion engine after Buridan theorized inertial motion. Clavius was a guide in designing the Gregorian calendar, Gassendi observed the transit of a planet across the sun. Picard was the first to calculate accurately the size of the earth, Steno founded modern geology as Mabillion did paleography and Valentin modern chemistry and Marenne acoustics. The first wireless transmission of the human voice was by Sarasa.  Kirche was the first to observe microbes by microscope and Jedlike invented the dynamo and electric motor. Thirty-five craters on our moon are named for priests who contributed to natural science.

Uma boa introdução sobre assunto pode ser visto no Youtube. É um programa chamado A Igreja Católica: Construtora da Civilização - http://www.youtube.com/watch?v=t6bnO7N1AMU. São vários episódios mostrados por Thomas Woods.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Patos Mancos

Os americanos costumam chamar aqueles em fim de mandato de "patos mancos" (lame ducks). Normalmente, se esses "patos" estão com a popularidade alta, bastam seguir felizes para a aposentadoria ou se reeleger, se estão com a popularidade baixa ou não podem se reeleger, são bichos ariscos, podem fazer ações tenebrosas para favorecer seus grupos de apoio (lobistas). George W. Bush foi um pato manco com a popularidade baixa e teve de enfrentar uma das maiores crises financeiras da história do país. Pode-se dizer, em seu favor, no entanto, que ele foi um bicho bastante prudente em fim de mandato. Seu governo inclusive deixou o banco Lehman Brothers falir em setembro de 2008, o que acelerou a crise financeira e acabou ajudando o então candidato Barack Obama que vinha caindo nas pesquisas. Muitos dizem que isso foi o responsável pela vitória do Obama.

Hoje, o articulista Charles Krauthamer fala sobre a crise política que o Congresso norte-americano enfrenta (http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/07/22/AR2010072204029.html). O povo dos Estados Unidos avalia muito mal os atuais deputados e senadores e a previsão é de que o resultado das eleições que ocorrerão em novembro reverta a maioria do partido democrata. A oposição deve tomar o poder no Congresso. Charles nos fala então do perigo dos deputados patos mancos que estarão ainda no poder de novembro até janeiro de 2011. Ele avalia inclusive que o Obama já é também um pato manco. Suas políticas esquerdistas (liberais) já se esgotaram e não atingiram sucesso (pacote de estímulos, reforma da saúde, reforma financeira). Ele não tem muito a oferecer até as eleições de 2012. A maioria do povo americano avalia mal o governo do Obama, que está com a popularidade em baixa como nunca antes.  Pesquisas avaliam que Bill Clinton tem mais apoio do que ele e que qualquer candidato republicano seria capaz de bater Obama se a eleição fosse hoje. Mas os deputados patos mancos podem tentar políticas ideológicas ainda neste ano, tais como: aumentos dos impostos, legislação para combater a mudança climática e eliminação de voto secreto nos sindicatos (card check).

No Brasil, atualmente, desde o presidente até os deputados federais são patos mancos. Estarão eles seguindo de forma prudente para aposentadoria ou reeleição, observando as regras do jogo? Patos mancos são sempre bichos indóceis. E é nesses momentos que se conhece o estado de direito e a população de um país.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

ONU

Reconheço o relevante trabalho humanitário executado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Sua  ajuda humanitária foi e é relevante para o mundo. Mas estou longe de ser um profundo fã da ONU. Acho que seu processo de decisão, que dá voz a vários ditadores, assassinos e corruptos, destrói a defesa dos princípios tão exemplarmente descritos na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. Regularmente, países que agem contra a humanidade fazem parte de comissões de defesa desses princípios. Além disso, a burocracia da ONU tomou proporções gigantescas e, como não podia deixar de ser, permitiu o nascimento e a proliferação do bichinho da corrupção.

Esta semana, a ex-subsecretária da ONU para combate à corrupção dentro da entidade, a sueca Inga-Britt Ahlenius, saiu atirando contra o Secretário-Geral Ban Ki-Moon. Disse que ele trabalha contra a transparência do órgão, que agiu contra o trabalho dela (montando trabalhos paralelos aos dela) e interferiu nas nomeações que ela desejava fazer. Para ela, as ações dele são “deploráveis”. Ela ainda disse que Ban está destruindo a ONU, levando-a para a irrelevância. Ahlenius passou cinco anos à frente do Office of Internal Oversight Services (OIOS), serviço interno de supervisão, deixando a sua posição na semana passada.

Um dos problemas foi a proibição para que Ahlenius contratasse o americano Robert Appleton que foi efetivo no combate à corrupção dentro da ONU anteriormente quando liderou uma força tarefa. A alegação para a proibição foi que, pela legislação da ONU, a organização teria que contratar mais mulheres.

Além de todos os problemas no processo decisório, a legislação da ONU possui muito do politicamente correto, o que não costuma andar junto com o mérito.