quinta-feira, 30 de junho de 2011

Eutanásia na Holanda e a Janela de Overton




Joseph Overton imaginou o que chamou de janela de oportunidade para ações políticas. É como uma régua que tem os seguintes passos: Impensável, Radical, Aceitável, Sensível, Popular e Lei. Isto é, se uma pessoa ou um grupo de pessoas quer ver aprovada uma lei que a grande maioria considera horrenda, esta pessoa enfrenta o primeiro estágio.

Por exemplo, a pedofilia é uma coisa horrenda mas há quem defenda esta prática. Se alguém defende a pedofilia, o que é impensável, basta criar uma simpósio universitário para discutir o tema na história (por exemplo: como os gregos tratavam a pedofilia) e o assunto passa do estágio Impensável para o Radical. Para passar do Radical para o Aceitável, é importante criar um eufemismo (por exemplo se você defende o aborto diga que defende a liberdade de escolha das mulheres, se você defende o casamento gay, diga que defende a igualdade). Para passar do estágio Aceitável para Sensível, basta um cantor de sucesso defender a pedofilia. Depois, facilmente chegamos ao estágio Popular e os políticos se adaptarão para aprovar uma lei para a pedofilia. Joe Carter explicou melhor o que regularmente se faz para se passar de um estágio para outro.

Há várias políticas que eram impensáveis há muito pouco tempo e hoje estão nas nossas leis: aborto, divórcio, contracepção, casamento gay e eutanásia. Todas fazem parte da Cultura da Morte.

E vamos passando para as leis o que os nosso filhos tenderão a aprofundar, pois a cultura da morte não se sacia.  Colocando em nossas leis, fazemos como a foto acima, usamos uma criança para ajudar a enforcar um homem no Irã. Mostramos aos nossos filhos o que os adultos defendem.

E como se combate esta Cultura da Morte? Defendendo a vida em todos os momentos de nossa existência, em casa, no trabalho, tomando cerveja entre amigos, na hora de votar, na nossa religião, rezando.

Lembrei da Régua de Overton ao ler uma notícia hoje no jornal Daily Telegraph que a Eutanásia na Holanda está avançando agora sobre pessoas minimamente consideradas dementes. O cara é tão sadio para não ser considerado louco para decidir a sua própria morte, mas é demente por isso precisa morrer para livrar a sociedade do custo de sua existência.

Deus tenha piedade de nós.

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).