sábado, 4 de fevereiro de 2012

Um Templo para os Ateus

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Nenhuma religião está mais presente na internet do que o ateísmo. Pois é, não se assustem, o ateísmo também pode ser considerado uma religião, eles têm fé em uma suposta humanidade benéfica que tem origem na própria humanidade.

Certa vez, falei aqui no blog que durante uma reportagem que discutia religião no New York Times, a grande maioria dos comentários recebidos eram de ateus. Eles são realmente uma seita e andam caçando qualquer crença em Deus para supostamente trazer argumentos iluminados. Também já falei aqui como é fácil destruir argumentos ateus, mesmo porque geralmente eles não estudam religião.

Pois é, parece que alguns ateus reconheceram que eles são um tipo de religião. Um ateu suíço resolveu que vai criar um templo para ateísmo.

Acho que uma boa fonte de fiéis para o templo está nas faculdades. O próprio suíço que quer funda o templo parece ser membro das faculdades. Ele é filósofo e escritor. Muitos ateus estão nas universidades dando aulas, eles não estudam religião, como se as universidades não tivessem suas origens justamente no estudo da teologia. E como se a teologia não dominasse o estudo da filosofia.  Foi a Igreja Católica que criou as primeiras universidades.

Mas muitas universidades chegam até a negar isso. Por exemplo, a Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que tem mais de 800 anos e é a universidade que mais tem prêmios Nobéis no mundo, foi fundada pela Igreja Católica. Mas depois do Henrique VIII que destruiu e tomou o patrimônio da Igreja, a fundadora é esquecida e atacada.

Os professores de hoje são filhos do "iluminismo" que acham que religião é coisa de gente atrasada. Eles não têm a menor idéia de quem são os verdadeiros mestres.

Mantenho aqui no blog também uma lista de padres que foram importantes cientistas.


(Agradeço a informação sobre o suíço ao site Catholic Culture)

6 comentários:

  1. Antes de começar, lembro que já comento em teu blog faz tempo... e que um templo ateu, por si, é desnecessário; mas espero para ver as atividades que eles vão fazer. E que seja útil.

    Às vezes, acho que existe uma grande falta de capacidade em aceitar a opinião do outro e, principalmente, que ele pode estar bem com ela. Acreditando em divindades ou não. Mais: a verdade é de todo mundo e ninguém quer abrir mão dela... Seria bom o discernimento e a consciência de que as pessoas procuram seguranças e confortos e vão a religião: para ligar-se em algo. Deus, natureza, deuses, comunidade de pessoas.


    Poste sobre o templo num coletivo ateu, direto para os comentários: http://bulevoador.haaan.com/2012/02/32575/#comments

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  2. Caro Eduardo,

    Não se pode medir a verdade pelo fato de uma pessoa estar bem com aluma concepção de vida (com Deus ou sem Deus). Há assassinos que estão muito bem com a verdade e comportamento deles. Hitler, Pol Pot, Stálin, Tamerlane, Átila e Saddam Hussein dormíam tranquilos.

    Muitos filósofos (Kant, Nitzsche, por exemplo) tentaram tirar Deus da vida humana e estabelecer uma moral apenas humana. Fracassaram redondamente.

    A Regra de Ouro de quase todas as religiões (a exceção do Islã, posso explicar isso depois) é aquilo que você falou: devemos aceitar o outro e não devemos magoar ninguém como não queríamos que fossemos magoados. Isto não quer dizer que devemos silenciar e deixar que todos façam o que bem entenderem.

    Grande abraço, amigo.
    Pedro Erik

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  3. Absolutamente nunca silenciar-se deixando que todos façam o que bem entendem. Até mesmo porque, a sociedade é feita por pessoas diversas, e a exposição do pensamento e repúdio - com base nas opiniões e outras coisas - constroem a sociedade.

    Não acho que a moral humana precise de Deus, assim com "d" maiúsculo, mas, talvez, precise ser tirada, ou projetada, de algo maior (para alguns Deus, com "d" maiúsculo mesmo). Então ela também vem de Jeová (os Católicos chamam Ele assim?).

    Sobre a verdade, acho que deve ser dita, mas tomando cuidado, magoando ou não. Verdade é uma coisa difícil de se trabalhar.

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  4. Caro Eduardo,

    Meu amigo, você me lembra alguns alunos de faculdade que não lêem um texto e querem dar opinião. Amigo, você não sabe como escreve Deus, se Jeová ou Javé ou simplesmente Deus com D ou d. E já quer tirar Deus da moral humana, coisa que grandes filósofos não conseguiram.

    Bom, sobre Joevá ou Javé saiba que os judeus não gostam que Deus seja citado. Por isso, eles excluem as vogais do nome de Deus, usam apenas consoantes, YHWH. As pessoas então incluem as vogais para formar a palavra Joevá ou Javé. Os Católicos não tem nenhum problema em chamar Jeová ou Javé, mas preferem simplesmente Deus.

    Abraço,
    Pedro Erik

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  5. Os grandes filosofos acharam que um tem ser tudo. Eu discordo. (Os grandes filosofos são os grandes filosofos, eu sou eu). Acho isto: deuses, Jeová, entre eles, servem a moral de alguns. Viu? Não tirei Jeová da moral humana, só limitei a alguns humanos, que precisam dele. Um fato. Para constatá-lo, textos são desnecessários, veja as pessoas e a diversidade.

    E eu tanto sei escrever deus, que chamei atenção para a escrita. Sobre Jeová, aprendi com as Testemunhas de Jeová. Não lembrava do nome Javé.

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  6. Caro Eduardo,

    Os grandes filósofos que citei (Kant e Nietzsche) não achavam que um tem que ser tudo. Muito pelo contrário, procuraram o que você parece procurar, uma moral humana sem Deus, que o homem fosse livre de Deus. Deus, segundo alguns deles, só atrapalhava, era uma ilusão (ver Karl Marx).

    Se você acha que você não precisa de Deus, amigo, não há nada que eu possa fazer. E você não está sozinho, nem é nenhuma novidade na história da humanidade. O ateísmo é uma grande religião há muito tempo (ver o nascimento do comunismo).

    Os ateus procuram uma moral sem Deus e valorizam o que chamam de diversidade. Muitas vezes essa busca é contraditória, amigo. Pense nisso.

    Rezo para que os ateus se convertam, que vejam a Deus.

    Abraço,
    Pedro Erik

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).