domingo, 21 de outubro de 2012

A França e os Muçulmanos, 1280 anos depois.

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Ontem, um grupo francês chamado Generation Identitaire (Geração Identidade) ocupou uma mesquita na cidade de Poitiers. Para quem não sabe, foi nesta cidade, há 1280 anos, que os franceses impediram o avanço dos muçulmanos, na famosa Batalha de Tours, também conhecida como Batalha de Poitiers. O historiador Edward Gibbon disse que se os franceses não tivessem vencido, os muçulmanos teriam facilmente dominado a Alemanha e a Inglaterra e nós não teríamos o cristianismo na Europa.  Por consequência, não teríamos cristianismo na América.

O grupo gritou a palavara de ordem: Reconquista da França e divulgou comunicado. Traduzo abaixo:

Na parte da frente, tendo em vista o minarete, estamos mostrando um banner que contém uma declaração clara: "Imigração, construção de mesquitas, REFERENDUM" "Com esta primeira grande ação, a Generation Identitaire pretende colocar-se na linha de frente da luta pela nossa identidade.

Tem quase 1300 anos, quando Charles Martel parou os árabes em Poitiers, após uma batalha heróica que salvou nosso país da invasão muçulmana. Era 25 de outubro de 732. Hoje, estamos em 2012 e a escolha é sempre a mesma: Viva Livre or Morra.


Nossa geração recusa-se a a mostrar indiferença em relação ao nosso povo e nossa identidade, nunca seremos os índios da Europa. Com este símbolo do nosso passado e a coragem de nossos antepassados, lembramos deles e lutamos!


Nós não queremos mais imigração de fora da Europa ou novas construções de mesquitas em solo francês. Desde a primeira onda de imigração africana e o reagrupamento familiar adoptado em 1974, o nosso povo nunca foi consultado sobre as pessoas com quem desejamos viver.


A imigração em massa está transformando radicalmente o nosso país, de acordo com o último estudo da INSEE, 43% de pessoas entre 18-50 anos de idade de Ile de France são imigrantes. Um povo pode se recuperar de uma crise econômica ou uma guerra, mas não a partir da substituição de sua população por pessoas que não são franceses, a França vai deixar de existir.

  
É uma questão de sobrevivência, é por isso que cada nação tem o direito absoluto de escolher se quer ou não receber estrangeiros e quantos.

Uma vez que este direito foi recusado e nossa geração está pagando um preço alto na rua confrontado por uma multidão intimidante, dizemos: é o bastante, não mais para trás!


Fazemos um apelo para o estabelecimento de um referendo nacional sobre a imigração e sobre a construção de lugares de culto muçulmanos na França. Nós não vamos deixar o local até que formos ouvidos.


Estejam cientes de que a nossa luta está apenas começando, exortamos a todos os jovens europeus para tornar-se herdeiros de seus destinos e junte-se a vanguarda de pé.


Toda a Europa deve ouvir o nosso apelo:


Aqui e agora, reconquista!


O grupo também divulga vídeos no youtube. No vídeo abaixo, eles falam sobre os efeitos da política do multiculturalismo: um país rachado. E também sobre os custos sociais disso.




Interessante é que o os jovens criticam a geração de 68, aqueles jovens (em geral comunistas) que pediram revolução cultural e sexual. O vídeo diz que aqueles jovens de 68 abandonaram a tradição francesa.

É aí que vejo um problema. Qual é a grande força francesa cultural na história da humanidade? A Revolução Francesa, claro. Quais foram os resultados desta Revolução? Seguramente não foram "liberté, fraternité e igualité". Mas sim mortes, guilhotina, opressão, guerra e ditadura. 

Tomara que os jovens apelem para a tradição cristã da França. Terra de tantos santos, como Santa Teresinha de Lisieux, São João Vianney (Cura d'Ars),  Santa Bernadette (que viu a Nossa Senhora de Lourdes). A França tem inclusive um Rei que é santo da Igreja Católica, São Luís (Rei Luís IX). Além disso, o grande São Tomás de Aquino está enterrado em solo francês, na cidade de Toulouse.

No vídeo, eles dizem que usam a letra grega lambda como símbolo, pois seria um símbolo espartano de guerra. Não gosto do símbolo, não tem nenhuma tradição francesa, nem inspira boa coisa. 

A política do multiculturalismo realmente foi uma desgraça para a Europa. Muitos líderes europeus já reconheceram isso, como a primeira-ministra da Alemanha Angela Merkel, o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy, e o atual primeio-ministro do Reino Unido, David Cameron. Mas nada fizeram a respeito.

Os jovens estão se levantando, mas ainda com símbolos errados.

Que os jovens da França e toda a Europa defendam sua identidade, o cristianismo. Foi o cristianismo que definiu a Europa.

Como disse o grande Hilaire Belloc (inglês que nasceu na França): "A Europa é a Fé, e a Fé é a Europa".


(Agradeço a indicação do assunto ao Blogue do Firehead
 

4 comentários:

  1. Sabes, amigo, o que me faz muitas vezes ter um pé atrás em relação a esses movimentos/grupos ditos nacionalistas é o facto de muitos terem apego às coisas pagãs - muitos ditos nacionalistas são pagãos porque consideram o paganismo parte da verdadeira essência europeia, ou seja, da Europa pré-cristã, dos povos bárbaros ou alamanos que até matavam pessoas para as sacrificarem aos ídolos, e o pior é que consideram o Cristianismo um culto alógeno, por ser semita, e que foi imposto à força no continente - e reparei que a Generation Identitaire também faz uso de alguns desses símbolos. O que soa a contradição agora que os vemos a lembrar-se da vitória histórica do católico Carlos Martel... afinal de contas admitem que o Cristianismo é base da identidade francesa (claro que é, pois no tempo do paganismo nem sequer havia países europeus), o que não deixa de ser excelente, pois é a mais pura das verdades.

    Em relação aos princípios básicos paridos pela revolução francesa, liberté, egalité et fraternité, não são nada mais que princípios maçónicos que explodiram com o Iluminismo e posteriormente expandidos pelo Ocidente (os EUA foram fundados por maçons)... são princípios anticristãos, marxistas culturais e da Nova Ordem Mundial, que visa homogeneizar o Homem, as culturas, as línguas (alguém ainda se lembra do Esperanto?) e as religiões (através do sincretismo). Qualquer semelhança com as propostas da Nova Era não é mera coincidência. Basta lembrarmo-nos que nos anos 60, quando se deu a famosa contra-cultura, os hippies etc., surgiu (ou renasceu) o fascínio pelas filosofias enganadoras orientais como o budismo, o yoga, ou a ancestralidade indígena...

    Posto isto, eu dos grupos e movimentos nacionalistas só defendo os que forem declaradamente cristãos. É por isso que eu jamais voto no partido nacionalista português, o PNR, porque, para além de ser nacional-socialista (ou seja, nazi), tem membros pagãos anticristãos primários nas suas fileiras. Mal por mal voto no CDS-PP, que é baseado na democracia cristã.

    Um abraço.

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  2. Exato, Firehead.

    E obrigado pela dica do assunto do seu excelente blog.

    Grande abraço,
    Pedro Erik

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  3. Você não falou de um grande católico da França, Carlos Magno.

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  4. É verdade, avmss.

    Mas a França tem tantos santos e defensores da religião (como Jacques Maritain), tive que escolher.

    Grande abraço,
    Pedro Erik

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).