quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O Que ou Quem Estabelece o Certo e o Errado?

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O filósofo Peter Kreeft responde fala sobre qual é a fonte para se definir o bem e o mal. Ele diz que não é razão, a natureza humana, a evolução, a consciência ou o utilitarismo. O que será então?



Ele responde no vídeo abaixo. Eu traduzo o argumento abaixo em azul.

Kreeft diz que a fonte da moral:

1. Não pode ser a evolução, pois a teoria da evolução diz que mudamos o nível de moralidade com o tempo. Mas mudamos para o bem ou para o mal? Para responder isso preciso de um padrão de moralidade, a evolução não nos fornece este padrão. Durante vários períodos do passado, desde muito tempo até períodos próximos de nós, muitas sociedades humana praticaram escravidão, a evolução não nos permite concliuir que a escravidão não vai voltar. E se dissemos que a escravidão nunca é aceitável, estamos usando um padrão que a evolução não nos permite usar.

2. Não pode ser a razão. A razão é um ótima ferramenta para entender a moral, mas não pode ser a fonte de moralidade. Por exemplo, assassinos usam a razão para planejar uma assassinato, mas esta razão não os diz se é certo ou errado matar. Durante, o holocausto, algumas pessoas se arriscaram para salvar vidas de muitos judeus que nem conheciam. Não se arriscariam usando apenas a razão.

3. A consciência também não pode ser a fonte da moral. Cada pessoa tem sua própria consciência. No nazismo, Himmler usou sua consciência para convencer muitos a eliminar milhões de judeus. Como se pode argumentar que sua consciência está certa e a de Himmler errada, se apenas a consciência é a fonte da moralidade? (Essa parte me lembrou os políticos brasileiros, eles roubam o dinheiro público, mas a consciência deles fica "limpa").

4.  Não pode ser a natureza humana, pois esta natureza nos leva a fazer coisas terríveis quando sem freio. Na realidade, é a própria natureza humana que faz com que precisemos de uma moral.

5. O utilitarismo diz que o que é certo é aquilo que traz benefício para a maioria. Se é bom para a maioria então seria certo. Mas ela também não pode ser fonte da moral, pois, por exemplo, se 90% das pessoas se beneficiam da escravidão dos 10%, isto faz a escravidão uma coisa boa?

As leis da moralidade nos dizem o que devem ser, como devem ser as coisas. Mas como a moralidade não é uma coisa física, ela deve vir do mundo acima do mundo natural. A própria existência da moralidade prova a existência de algo acima da natureza e acima do homem. Precisamos de algo acima de nós para nos dar a moral. Então, toda vez que você apela para a moralidade, você está apelando a Deus, mesmo sendo você um ateu. Moralidade é Deus.

Você pode ver o vídeo abaixo com legenda em português.

Para ativar a legenda do vídeo em português, faça os seguintes passos:

1) Clique no primeiro ícone do canto inferior direito, aquele com duas linhas dentro de um retângulo);

2) Depois clique em "Inglês (transcrito)";

3) Em seguida, clique em "traduzir legendas - Beta", escolha o idioma Português na lista de opções, e por fim, clique em OK.

Se você consegue ler em inglês, basta o primeiro passo acima.










(Agradeço o vídeo ao site New Advent)

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).