Eu costumo dizer que até os melhores jornalistas brasileiros, quando vão ler assuntos internacionais só lêem o New York Times, um jornal totalmente esquerdista que quase faliu e foi salvo por um mexicano e que nem é o mais lido nos Estados Unidos. Renato Machado é um jornalista conceituado na Rede Globo, e hoje pela manhã ele comentou sobre a crise no Egito. Para não fugir a regra, ele resolveu fechar seu comentário com um suposto comentário inteligente do New York Times. O comentário era: "No Egito, parece que a paz é mais difícil que as revoluções".
Quando eu ouvi aquilo me perguntei: quando na história da humanidade a paz foi mais fácil que as revoluções? A paz é bem mais complicada e demorada, exige compromisso constante das partes em disputa. Para uma revolução ou guerra, basta um tiro (ver, por exemplo, a Primeira Guerra Mundial, ou a Revolução Francesa, ou a Revolução Americana,...).
Em suma, foi um comentário estúpido do New York Times que o Renato Machado reproduziu.
Mas voltando ao Egito, vemos uma total destruição do País após a queda do ditador Mubarak. Isto mesmo que eu falei! Ao contrário do que dizem os jornalistas de todo mundo, o Egito está em ebulição desde que caiu Mubarak, e não desde que caiu Morsi. Morsi expulsou todos que não faziam parte da ideologia da Irmandade Muçulmana do poder e quis implantar na força uma constituição islâmica.
Agora, o exército ataca partidários da Irmandade Muçulmana. É uma desgraça contra a humanidade. Devemos rezar por estes homens e mulheres que caem pelas armas do exército egípcio.
E Isto todos os jornais contam. Mas falta o outro lado, que só alguns veículos de comunicação lembram (não vi o Jornal Nacional falando disso nenhuma vez).
Igrejas cristãs estão sendo destruídas e cristãos e judeus estão sendo mortos pelos muçulmanos. Algo que já estava acontecendo quando Morsi estava no poder. Fala-se que quase 50 igrejas cristãs já foram atacadas por defensores da Irmandade Muçulmana.
Vejam aqui duas reportagens que mostram a destruição da presença cristã no Egito. 1) Fox News; 2) Spero News.
Como diz a jornalisa da Fox News, quando os jornalistas escrevem sobre a perseguição aos cristão, escrevem "eight paragrahs down" (já no final do texto de forma en passant).No site do O Globo se lê: "Cristão sofrem Represália no Egito Após Massacre de Muçulmanos". Após??? Os cristão já vinham tendo suas igrejas atacadas durante o governo de Morsi.
Como eu disse para um amigo, as minorias (gays, mulheres (minoria?), negros, deficientes...) são protegidos em muitos lugares do mundo, mas os cristãos, mesmo quando são minorias, não são protegidos, nem pelos países de maioria cristã.
Como resolver a crise do Egito? Eu sinceramente vou passar esta pergunta. A cultura não ajuda a uma solução, uma solução muçulmana não é a solução, como mostrou e mostra Morsi, Ahmadinejad, Assad, Ben Ali...O que eu sei é que os cristãos e judeus precisam ser protegidos. E também sei que se você não descreve bem um problema, não irá resolvê-lo.
Rezemos pelo Egito e pelos jornalismo, para que eles procurem mostrar a verdade e não apenas o que diz o New York Times.
Pedro, dia 14 o exercito salvou freiras de serem queimadas por muçulmanos. A fox cobriu mas não achei o link. Se achar compartilha?
ResponderExcluirNick, eu vi uma reportagem de freiras no telhado da Igreja fugindo dos ataques de muçulmanos (no site: http://weaselzippers.us/2013/08/14/egyptian-president-declares-state-of-emergency-vp-elbaradei-resigns-over-handling-of-sit-in/)
ResponderExcluirAbraço,
Pedro Erik
Foram 24 igrejas incendiadas apenas na quinta-feira. Agora imagine qual seria o tratamento da mídia caso duas dúzias de mesquitas fossem incendiadas na Europa em um único dia.
ResponderExcluirPrimeiro a mídia ignora solenemente os brutais assassinatos cometidos contra cristãos no Egito. Depois invertem a realidade e tentam justificar essa barbárie dizendo que é uma retaliação por cristãos apoiarem o exército.
É isso aí, Fernando.
ResponderExcluirSerá que a imprensa deseja que os cristãos apoiem a Irmandade Muçulmana?
Rezemos pelos cristãos do Egito.
Grande abraço,
Pedro Erik