segunda-feira, 31 de março de 2014

Que tal Estado Único para Israel vs. Palestina? Apenas Israel.


Quero ver algum líder político defender isso! Será atacado de forma visceral, aniquilado pela mídia global. Carolina Glick, editora do jornal The Jerusalem Post, no livro The Israeli Solution, propõe que a única solução possível, que gerará paz, entre Israel e Palestina é um estado único israelense e não dois estados (Israel e Palestina) como propõem todos (os dois partidos americanos, a ONU, a mídia, etc.).

Em um debate, Caroline se juntou a Robert Spencer (especialista em Islã, autor de inúmeros livros sobre o Alcorão) e Raymond Ibrahim (também especialista em Islã, autor de Crucified Again, e que tem a qualidade de entender árabe, por isso pode ler o que os muçulmanos dizem entre eles).

O vídeo do debate vai abaixo. Não vou traduzir tudo por que não tenho tempo. Vou colocar aqui apenas o ponto central da argumentação de cada um.

Caroline Glick foca sua crítica na solução "dois estados", defendida tanto pelo partido Republicano de George Bush, como pelo partido Democrata de Barack Obama. Diz que a presença de Israel é a grande garantia de segurança na região, é o único estado democrático. E que os palestinos nunca reconhecerão um estado israelense.

Raymond Ibrahim foca sua análise na hipocrisia da mídia. Ele aponta que a narrativa da imprensa mundial é defender os palestinos pois eles sofreriam opressão de Israel, ele seriam os "under dogs" (ppobrezinhos) cuja única solução é enfrentar o império perverso israelense. Ibrahim levanta a questão da perseguição aos cristãos feita pelos muçulmanos. A mídia não quer tratar desta perseguição pois ela não se encaixa na narrativa. Se a mídia fosse tratar desta perseguição, o público juntaria os fatos e veria que os ataques palestinos a Israel também não podem ser justificados pela opressão.

Robert Spencer foca seu discurso no que ocorreu com Gaza e no diz o Alcorão. Quando Israel liberou a Faixa de Gaza para os palestinos, a mídia dizia que iria ocorrer paz na região, que os muçulmanos iriam se dedicar a suas vidas e não em atacar Israel. Nada disso ocorreu, os palestinos usam a região para atacar Israel regularmente e a paz continua distante (sem falar que os palestinos brigaram entre eles pelo poder e expulsaram uma parte para Cisjordânia). Sobre o Alcorão, Spencer diz que o livro é claro no fato de que os muçulmanos devem atacar e expulsar os judeus sempre que os verem (verso 2:191). Spencer também critica o governo americano e lembra que Obama declarou que quer uma palestina "contígua". Isso significaria que Israel seria separado em duas partes.

Há muito mais dito no vídeo. É bem interessante para o debate sobre este conflito milenar.





(Agradeço o vídeo ao site Jihad Watch)

domingo, 30 de março de 2014

Monsenhor Tomas Halik. Convertido por Chesterton. Vencedor do Prêmio Templeton.


O monsenhor Tomas Halik teve o privilégio de estar junto de João Paulo II na noite que caiu o muro de Berlim. O Papa assistia pela televisão e disse: "isto é o fim do comunismo". Halik teve a petulância de retrucar dizendo que não era, que a infalibidade do papa não incluía questões políticas, e que a perestroika ainda iria ter cinco anos. João Paulo II respondeu: "não, o comunismo cairá em 10 dias".

O papa estava certo! Em 10 dias, o comunismo caiu na terra de Halik: a República Theca.

Monsenhor Halik é professor da Charles University em Praga onde ensina psicologia da religião. E apesar de ser fruto de uma família sem religião, virou católico a partir de leituras de livros de G.K. Chesterton. Vivendo em país de ateus comunistas, teve que estudar e se ordenar padre em segredo, escondido das autoridades comunistas.

Tomas Halik é o vencedor do Prêmio Templeton deste ano. O Prêmio Templeton premia quem "contribuiu de forma excepcional para a afirmação da vida espiritual". O primeiro premiado pelo Templeton foi Madre Teresa, e também foram premiados os católicos Chiara Lubich e Michael Novak. Por outro lado, Templeton também premiou figuras religiosas que prezam pelo gosto do esquerdismo, da ONU, como Desmond Tutu e Dalai Lama, que são figuras religiosas que "não fazem mal a ninguém", como disse Francis Phillips.

Halik irá dedicar ao prêmio a todos seus companheiros religiosos que morreram vítimas do comunismo.

Ele tem realmente uma vida fascinante. O PrêmioTempleton justifica assim o prêmio:

Tomas Halik, um padre tcheco e filósofo que arriscou ser preso para avançar ilegalmente liberdades religiosas e culturais após a invasão soviética de seu país, e desde então se tornou um líder internacional para o diálogo entre as diferentes religiões e não crentes ganhou o Prêmio Templeton 2014 .

Condenado pelo governo comunista de seu país como um "inimigo do regime" em 1972, Halik, de 65 anos, passou quase duas décadas organizando e construindo uma extensa rede secreta de acadêmicos, teólogos, filósofos e estudantes dedicados a cultivar os fundamentos intelectuais e espirituais para o estado democrático que ele e outros imaginavam.

Esses anos de trabalho de base e orientação para os líderes de libertação, como Vaclav Havel e o Cardeal Frantisek Tomasek ajudou  a Tchecoslováquia na transição para a democracia após a "Revolução de Veludo " de 1989.

Desde aquela época, Mons. Prof Tomas Halik defendeu a tolerância religiosa e a compreensão através de seus escritos e palestras, compartilhando idéias e crenças entre os seguidores de grande variação nas tradições culturais e espirituais e entre, principalmente, os não- crentes. Suas abordagens do diálogo inter-religioso, designadamente, inclui o pensamento que a longa tradição intelectual do catolicismo se posiciona bem como uma ponte entre os diversos secularismos ocidentais, as religiões tradicionais e a cultura islâmica. Na conferência de imprensa, Halik anunciou que vai continuar esses esforços com os proventos do Prêmio.

Leiam mais sobre Halik no jornal The Catholic Herald, clicando aqui e aqui. Os dois artigos lembram a importância de Chesterton para Halik.

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A conversão de Halik é mais uma na extensa lista de milhões de católicos trazidos por Chesterton. Continuo rezando pela santificação de GK Chesterton.


(Agradeço a informação ao site Big Pulpit)

sábado, 29 de março de 2014

Você está com mau pressentimento sobre a Igreja Católica? Será o Fim dos Tempos?


Será que o mundo se aproxima do fim do mundo?  Vivemos tempos de heresias que preparam para a chegada do Anti-Cristo?

Steve Skoje está com o que chamou de dor espiritual. Uma dor que algumas pessoas sentem quando têm maus pressentimentos, quando algo de ruim vai acontecer, dores ou coceiras em algumas partes do corpo. Ele acha que estas dores espirituais têm a ver com atual situação da Igreja Católica e com as condições sociais do mundo. Ele agregou várias informações, como previsões de Nossa Senhora e infiltrações de comunistas na Igreja para apoiar suas dores espirituais. 

Skoje escreveu um texto interessante que serve bastante para reflexão.

Não vou traduzir o texto todo, pois é bastante longo. Mas vou descrevê-lo em azul.

Primeiro, Skoje explica que toda vez que vai acontecer algo de ruim (temporal ou espiritual) ele sente uma dor no braço esquerdo. Depois ele conta que diversos amigos têm sentido estas dores ou sonhado com guerras e ataques a cristãos.

Daí, ele lembra do pedido de Nossa Senhora de Fátima para que a Igreja consagrasse a Rússia ao Imaculado Coração dela. Skoje disse que não sabe se a Igreja cumpriu o que a Nossa Senhora pediu, mas pelos últimos acontecimentos, ele diz que a Rússia não apresenta os frutos desta consagração. E que os erros do marxismo continuam se espalhando pelo mundo.

Eu falei desse pedido de Nossa Senhora aqui no blog. Escrevi que o pedido de Nossa Senhora sobre a consagração da Rússia inclui o Rosário e a dedicação dos primeiros sábados dos meses para oração. Isto é, a conversão da Rússia não depende só dos papas.

Em todo caso, é verdade que os erros do marxismo, especialmente o ateísmo, continuam se espalhando pelo mundo.

Skoje então cita as previsões de Nossa Senhora de Akita (que apareceu para a freia Agnes Sasagawa em 1973). Nossa Senhora de Akita novamente pediu a adoção do Rosário e que se os homens não se arrependessem, as obras do demônio se infiltrarão dentro da Igreja, fazendo cardeais contras cardeais, bispos contra bispos. E que o demônio será especialmente implacável contra os consagrados a Cristo.

Depois descreve as previsões de Nossa Senhora do Bom Sucesso que apareceu no Equador no século 16. 

Estas previsões são realmente extraordinárias e são um relato dos dias que vivemos.

Nossa Senhora do Bom Sucesso previu os ataques a instituição do casamento, previu que o ensino secular iria tentar destruir as vocações das pessoas que se tornariam padres e freiras, previu que o sacramento da comunhão seria ridicularizado e que o demônio iria perseguir os padres.

Para finalizar as previsões de Nossa Senhora, Skoje menciona uma frase de Nossa Senhora de La Salette: "Roma perderá a fé e se tornará a sede do Anti-Cristo".

Em seguida, Skoje cita as passagens bíblicas de 2 Tessalonicenses 2:2-12, em que São Paulo diz:


2. não vos deixeis perturbar tão facilmente! Nem vos assusteis, como se o Dia do Senhor estivesse para chegar em breve, mesmo que isso esteja a ser veiculado por alguma suposta inspiração, palavra, ou carta atribuída a nós.
3.Não vos deixeis enganar de nenhum modo! Primeiro deverá chegar a apostasia. Depois aparecerá o homem ímpio, o filho da perdição:
4.ele é o adversário que se opõe e se levanta contra todo o ser que se chama Deus ou é adorado, chegando até mesmo a sentar-se no templo de Deus e a proclamar-se Deus.
5.Não vos recordais de que eu já dizia essas coisas quando estava convosco?
6.E agora vós já sabeis o que impede a manifestação do adversário, que acontecerá a seu tempo.
7.O mistério da impiedade já está em acção. Falta apenas desaparecer aquele que o segura até agora.
8.Só então se manifestará o ímpio. O Senhor Jesus destruí-lo-á com o sopro da sua boca e aniquilá-lo-á com o esplendor da sua vinda.
9.A vinda do ímpio vai acontecer graças ao poder de Satanás, com toda a espécie de falsos milagres, sinais e prodígios,
10.e com toda a sedução que a injustiça exerce sobre os que se perdem, por não se terem aberto ao amor da verdade, amor que os teria salvo.
11.Por isso Deus manda agir neles o poder da sedução, para que acreditem na mentira.
12.Deste modo serão condenados todos os que não acreditaram na verdade, mas preferiram permanecer na injustiça.


Depois, Skoje lembra que Satanás conseguiu destruir o conhecimento da Doutrina Católica, hoje em dia mesmo os clérigos defendem posições contrárias a Doutrina ou nem mesmo a conhecem. Skoje cita vários papas que perceberam a infiltração do demônio dentro da Igreja, como Leão XIII.

E também menciona Bella Dodd, uma ex-comunista, que testemunhou no Congresso americano e disse que o Partido Comunista infiltrou de propósito vários de seus membros dentro da Igreja Católica. 

Em seguida, Skoje aponta o Concílio Vaticano II em que muitas forças malignas dentro da Igreja se levantaram para destruí-la por dentro. 

E cita posteriormente a chamada revolução sexual, que tem destruído as famílias e o catolicismo.

É aí que Skoje começa a fazer diversas críticas ao Papa Francisco, começando pelo o que o Papa disse sobre os ensinamentos de Paulo VI em Humanae Vitae. Para o Para estes ensinamentos "teriam que ser lidos dentro da situação atual das pessoas". 

As outras críticas envolvem a fragilidade das palavras do Papa Francisco na defesa da Doutrina Católica que tem trazido o caos para a Igreja. Skoje lembra especificamente das mudanças que quer promover o cardeal Kasper, que quer dar comunhão para quem permanece em pecado ao fazer um segundo casamento. E que também defende que a Igreja não tem que fazer missões para atrair católicos pois outras religiões também levam a Deus.

Skoje conclui lembrando um cardeal que disse ao um repórter que o Papa Bento XVI não deveria ter se aposentado. E pede orações para a Igreja.


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Rezemos pela Igreja. Rezemos. Rezemos.


(Agradeço o texto de Skoje ao site Pewsitter)

sexta-feira, 28 de março de 2014

O Papa Francisco e o Obama


O site de Rocco Palmo, um dos mais conhecidos jornalistas sobre coisas do Vaticano, divulgou a nota da Santa Sé e a entrevista de Obama sobre o encontro entre o presidente dos Estados Unidos e o Papa.

Em geral, estas notas para imprensa não dizem nada. Mas servem para sinalizar o caminho do debate entre o Vaticano e os Estados Unidos. E algumas entrelinhas deixam transparecer divergências.

Pelas notas observa-se divergências e que há bastantes problemas entre a Santa Sé e o que falou Obama. Não sei se o Papa Francisco foi veemente nas críticas a administração Obama, não me parece ser seu estilo, mas as notas mostram que assuntos críticos não faltam.

O grande problema nos Estados Unidos para os católicos é a nova lei de saúde de Obama, o Obamacare. O Obamacare exige que colégios, igrejas, orfanatos e todos forneçam métodos contraceptivos. Centenas de instituições católicas entraram com processo contra o Obamacare e também instituições privadas que não querem fornecer métodos abortivos.

Obama respondeu a esta questão dizendo que "basta as instituições católicas dizerem que que têm objeção religiosa" e não vão pagar por métodos abortivos. Acontece, que Obama, como um demônio, disse também que os empregados destas instituições têm o direito de receber estes métodos. Assim, em tese quem pagaria seriam as empresas de seguro saúde. O que é uma grande mentira, pois as empresas cobrariam das instituições católicas o fornecimento destes métodos, usando outros nomes. Obama deixa transparecer forte as divergências quando fala em "direitos da mulher" durante a resposta sobre Obamacare.

A liberdade religiosa está ameaçada nos Estados Unidos, os católicos são os que mais sofrem no momento. Por isso, a Santa Sé levantou a questão da liberdade religiosa no encontro com Obama.

Obama é presidente mais anti-católico da história dos Estados Unidos, e também o presidente americano que mais defende o aborto. Ele chega ao ponto de defender que uma criança que sobreviva de um aborto não receba tratamento para sobreviver, deve ser deixada para a morte por inanição.  Já falei diversas disso aqui no blog, como aqui.

Obamacare está em desgraça nos Estados Unidos e só sobreviverá se Obama conseguir fazer um sucessor tão dependente do Obamacare quanto ele. O povo não aprova por diversas razões e o Obamacare não consegue se financiar, será um grande custo para a sociedade. Também já falei muitas vezes sobre o Obamacare, pesquise no blog.

Aqui vão a Nota da Santa Sé e a entrevista de Obama (a Casa Branca não divulgou uma declaração oficial sobre o encontro). Estou sem tempo para traduzir, nesta volta das férias do blog.


1) Santa Sé:

This morning, 27 March 2014, the Hon. Barack H. Obama, President of the United States of America, was received in audience by His Holiness Pope Francis, after which he met with His Eminence Cardinal Pietro Parolin, Secretary of State, and Archbishop Dominique Mamberti, Secretary for Relations with States. 

During the cordial meetings, views were exchanged on some current international themes and it was hoped that, in areas of conflict, there would be respect for humanitarian and international law and a negotiated solution between the parties involved. 

In the context of bilateral relations and cooperation between Church and State, there was a discussion on questions of particular relevance for the Church in that country, such as the exercise of the rights to religious freedom, life and conscientious objection, as well as the issue of immigration reform. Finally, the common commitment to the eradication of trafficking of human persons in the world was stated.


2) Entrevista de Obama:

Question. Mr. President, in your meeting with His Holiness, Pope Francis, did he register any objections with you about the contraception coverage mandate in the Affordable Care Act or your efforts to advance the rights of gays and lesbians in the United States that worry so many Catholics? And what were his concerns?

And on Russia, with reports of troops building on the Ukrainian border, by taking the military option off the table are you sending a signal to Vladimir Putin that other parts of Ukraine are his for the taking? And why not send multinational peacekeepers to the Ukrainian border as a deterrent?

And to you, Mr. Prime Minister, the President said yesterday that the U.S. would defend any NATO ally. Are you making that same commitment when it comes to Russia?

PRESIDENT OBAMA: In terms of the meeting with His Holiness, Pope Francis, we had a wide-ranging discussion. I would say that the largest bulk of the time was discussing two central concerns of his. One is the issues of the poor, the marginalized, those without opportunity, and growing inequality. 

And those of us as politicians have the task of trying to come up with policies to address issues, but His Holiness has the capacity to open people’s eyes and make sure they’re seeing that this is an issue. And he’s discussed in the past I think the dangers of indifference or cynicism when it comes to our ability to reach out to those less fortunate or those locked out of opportunity.

And then we spent a lot of time talking about the challenges of conflict and how illusive peace is around the world. There was some specific focus on the Middle East where His Holiness has a deep interest in the Israeli-Palestinian issue, but also what’s happening in Syria, what’s happening in Lebanon, and the potential persecution of Christians. And I reaffirmed that it is central to U.S. foreign policy that we protect the interests of religious minorities around the world. But we also touched on regions like Latin America, where there’s been tremendous progress in many countries, but there’s been less progress in others.

I think the theme that stitched our conversation together was a belief that in politics and in life the quality of empathy, the ability to stand in somebody else’s shoes and to care for someone even if they don't look like you or talk like you or share your philosophy -- that that's critical. It’s the lack of empathy that makes it very easy for us to plunge into wars. It's the lack of empathy that allows us to ignore the homeless on the streets. And obviously central to my Christian faith is a belief in treating others as I’d have them treat me. And what’s I think created so much love and excitement for His Holiness has been that he seems to live this, and shows that joy continuously. 

In terms of domestic issues, the two issues that we touched on -- other than the fact that I invited and urged him to come to the United States, telling him that people would be overjoyed to see him -- was immigration reform. And as someone who came from Latin America, I think he is very mindful of the plight of so many immigrants who are wonderful people, working hard, making contribution, many of their children are U.S. citizens, and yet they still live in the shadows, in many cases have been deported and are separated from families. I described to him how I felt that there was still an opportunity for us to make this right and get a law passed.

And he actually did not touch in detail on the Affordable Care Act. In my meeting with the Secretary of State, Cardinal Parolin, we discussed briefly the issue of making sure that conscience and religious freedom was observed in the context of applying the law. And I explained to him that most religious organizations are entirely exempt. Religiously affiliated hospitals or universities or NGOs simply have to attest that they have a religious objection, in which case they are not required to provide contraception although that employees of theirs who choose are able to obtain it through the insurance company.

And I pledged to continue to dialogue with the U.S. Conference of Bishops to make sure that we can strike the right balance, making sure that not only everybody has health care but families, and women in particular, are able to enjoy the kind of health care coverage that the AC offers, but that religious freedom is still observed.

Q. Mr. President, I just want to follow up on Jim’s question on your meeting with the Pope today. Do you think some of the schisms that he referenced on social issues would stand in the way of you and Pope Francis collaborating or forming a strategic alliance to tackle income inequality? 

PRESIDENT OBAMA: First of all, I just want to make clear -- maybe it wasn’t clear from my answer to Jim -- that we actually didn’t talk a whole lot about social schisms in my conversations with His Holiness. In fact, that really was not a topic of conversation. I think His Holiness and the Vatican have been clear about their position on a range of issues, some of them I differ with, most I heartily agree with. And I don’t think that His Holiness envisions entering into a partnership or a coalition with any political figure on any issue. His job is a little more elevated. We’re down on the ground dealing with the often profane, and he’s dealing with higher powers. 

I do think that there is a potential convergence between what policymakers need to be thinking about and what he’s talking about. I think he is shining a spotlight on an area that’s going to be of increasing concern, and that is reduced opportunities for more and more people, particularly young people -- who, by the way, have more and more access to seeing what’s out there and what’s possible because they have access to the Internet or they have access to other media, and they see the inequality and they see themselves being locked out in ways that weren’t true before. And that’s true internationally, not just within countries.

And so, for him to say that we need to think about this, we need to focus on this, we need to come up with policies that provide a good education for every child and good nutrition for every child, and decent shelter and opportunity and jobs -- he is not going to get into details of it, but he reminds us of what our moral and ethical obligations are. It happens also to be good economics and good national security policy. Countries are more stable, they’re going to grow faster when everybody has a chance, not just when a few have a chance.

So he’s, hopefully, creating an environment in which those of us who care about this are able to talk about it more effectively. And we are in many ways following not just his lead but the teachings of Jesus Christ and other religions that care deeply about the least of these.




segunda-feira, 17 de março de 2014

Blog de Férias. Mas antes: mais de 500 católicos mortos na Nigéria.


A agência de notícias católica Fides anunciou que mais de 500 católicos foram mortos e mais de 20 igrejas destruídas pelo grupo terrorista islâmico Boko Haram na Nigéria desde 2009.

É uma péssima notícia para se deixar antes de ir de férias. Mas devemos enfrentar a realidade e o Islã avança contra o cristianismo, como não se via antes do século 20. Por enquanto, o mundo e a Igreja não enfrentam a situação, assistem a morte dos cristãos.

Os próprios bispos da Nigéria apesar de falar dos ataques do islâmico Boko Haram, procuram dizer que não se trata de conflito religioso e sim de "vaqueiros (maioria muçulmana) contra fazendeiros (maioria cristãos)".  A Igreja continua procurando qualquer justificativa para retirar o componente religioso.

Rezemos para que a Igreja reconheça (como fizeram os santos do passado, como São Tomás de Aquino) a ideologia islâmica como perversa ao cristianismo e se levante na defesa dos cristãos, não apenas com discursos onde nem se cita os algozes islâmicos para não ofendê-los.

O blog só volta dia 28/03.

ICXC NIKA



domingo, 16 de março de 2014

Você está grávida de uma criança com síndrome de down?


Crianças com síndrome de down de vários países respondem para uma futura mãe grávida de uma criança com esta síndrome o que elas podem fazer. É um vídeo sensacional da Rome Reports.

Elas podem lhe abraçar, lhe beijar, correr para você, ajudar o pai, estudar, trabalhar. Mas certas  horas parecerá quase impossível cuidar delas, como parece para qualquer criança!

Rezemos por estas crianças e pelas famílias delas.

Vejam o lindo vídeo da Rome Reports.







sábado, 15 de março de 2014

Putin pode rachar a Igreja Russa


Eu, recentemente, falei aqui do poder da Igreja Ortodoxa russa que ressurge depois do domínio comunista, e com a ascensão de Vladimir Putin, que anda até dizendo que os ocidentais não defendem o cristianismo. Ele tem razão quanto a isso, e também estou do lado dele na luta contra o aborto e na defesa da família. Mas Putin não é nada confiável, o orgulho e o poder falam mais alto do que o cristianismo no coração dele.

E o próprio poder de Putin pode rachar a Igreja Ortodoxa. É o que diz o site Religion News Service.

Traduzo em azul o que diz o site:


Enquanto as tropas russas se concentram na fronteira da Ucrânia e um voto secessão controverso na Criméia será feito domingo (16 de março) , o Patriarca Kirill da Igreja Ortodoxa Russa pediu orações "que os irmãos de uma só fé e um sangue nunca trazer destruição para o outro."


A Rússia se orgulha de seu renascimento do Cristianismo Ortodoxo, após décadas de perseguição soviética, mas uma guerra com a Ucrânia poderia estilhaçar a Igreja Ortodoxa Russa .


Essa igreja tem suas raízes em Kiev, onde o príncipe Vladimir batizou seu povo como cristãos em 988, um evento considerado como um dos pilares da identidade russa e ucraniana. Ela tem raízes ainda mais profundas na Criméia, onde, segundo a lenda, Vladimir foi batizado por emissários bizantinos.


A Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou, que tem 12.500 congregações, é a maior das três igrejas ortodoxas na Ucrânia.


Mas, enquanto ela tem algum grau de autonomia, com um Sínodo dos Bispos, que elege os seus próprios membros, o líder da igreja, Metropolitan Onufry de Chernovtsy e Bucovina, tem de ser aprovado por Moscou.


Em seu sermão feito na Catedral, Cristo Salvador (foto acima) em Moscou nesta sexta-feira (14 de Março), Kirill, que tem sido conhecido por seu apoio ao presidente russo, Vladimir Putin, sugeriu que a Ucrânia tem o direito de auto-determinação.

Mas ele também ressaltou que a Ucrânia não deve sofrer uma divisão espiritual da Rússia.

"O que estamos nos referindo é o mundo russo, a grande civilização russa que veio da pia batismal de Kiev e espalhados por todo o enorme extensão da Eurásia", disse ele segundo a transcrição publicada no site do Patriarcado de Moscou .

O "mundo russo ", ou "Russky mir" tem sido um tema primordial para Kirill desde que se tornou patriarca em 2009, e se aproxima da visão de mundo de Putin, disse Antoine Arjakovsky, diretor de pesquisa na Faculdade des Bernardins de Paris e fundador da Instituto de Estudos Ecumênicos em Lviv.

"Para eles  a democracia é um perigo", disse ele em uma entrevista por Skype. "Eles inventaram uma nova mitologia , a nova ideologia da"Russky mir', uma idéia da Rússia, inventaram um novo tipo de teologia da política."

Mas, para as igrejas na Ucrânia, os protestos que derrubaram o presidente Viktor Yanukovych também galvanizaram um despertar religioso e pode levar a uma mudança sísmica nas relações Igreja-Estado. Imagens dramáticas de clérigos com cruzes de pé entre manifestantes e forças do governo se tornaram virais, durante o impasse de Janeiro e Fevereiro .

"A maioria das igrejas ucranianas seguiram um paradigma comum ao cristianismo oriental; eles são alinhados com o estado", disse o Rev. Cyril Hovorun, ex- presidente do Departamento de Relações Externas da Igreja Igreja Ortodoxa Ucraniana que também trabalhou na sede da Patriarcado de Moscou e agora estuda as relações igreja-Estado na Yale Divinity School .

"As igrejas em sua maioria em diferentes níveis apoiaram as demandas justificáveis ​​do Maidan", disse ele referindo-se à praça em Kiev, onde os protestos ocorreram.

Católicos gregos ou católicos de rito oriental que são leais a Roma, foram os primeiros e mais ativos defensores das manifestações, disse ele. Muitos deles vêm de Ucrânia Ocidental, na fronteira com a Polônia, onde o Estado e a política comunista de perseguição religiosa sob o ditador soviético Joseph Stalin foi acompanhada pela conversão forçada de Rito Oriental catolicismo à Ortodoxia. O ateísmo nunca pegou.

No entanto, durante os protestos, todas as igrejas "com ritmos diferentes se realinharam com a nova agenda", disse Hovorun e a oração tornou-se parte integrante dos protestos, que também se tornaram , de fato, motivos de reuniões ecumênicas.

"Maidan , além de ser um evento público importante parecia ser um importante evento religioso", disse ele. "Havia orações todos os dias, de manhã e à noite. Foi um fenômeno religioso, além de ser um fenômeno político e social, e também foi um fenômeno ecumênico porque Maidan realmente facilitou muitas igrejas, muitos líderes da igreja que nunca realmente conversaram publicamente uns com os outros " .

Andrei Zubov, historiador e especialista em relações Igreja-Estado no prestigiado Instituto Estatal de Moscou de Relações Internacionais, quase foi demitido no início deste mês por escrever um editorial que comparou as ações de Putin na Criméia com o Anschluss dos Sudetos de Hitler. Ele disse que, se os eventos resultarem em guerra, uma divisão entre as igrejas de Moscou e Kiev é inevitável.

"Putin iniciou um processo incontrolável", disse ele em uma entrevista por telefone de Londres.

Pedidos se agigantam por uma igreja independente que uniria todas as igrejas ortodoxas da Ucrânia. (As outras duas não são reconhecidos pelas principais igrejas ortodoxas do mundo.)

Zubov disse que se as relações entre a Rússia e a Ucrânia continuam a deteriorar-se,  o Patriarcado de Constantinopla acabaria por reconhecer uma igreja ucraniana.

"A Ucrânia é o segundo maior país ortodoxo depois da Rússia", disse Arjakovsky .


Uma coisa é certa : Uma igreja unida ucraniano poderia redesenhar o mapa da Ortodoxia .


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O mundo vive realmente um período de grandes riscos, que Cristo guie os cristãos.


sexta-feira, 14 de março de 2014

Misericórdia é a Suprema Lei da Igreja?


O grande especialista em lei canônica, Dr. Edward Peters, discutiu um assunto muito em voga em tempos de sínodo dos bispos sobre a família, convocado pelo Papa Francisco: a comunhão para pessoas divorciadas que casaram novamente. Ele critica o que disse o arcebispo Vincenzo Paglia, que é simplesmente o presidente do Conselho Pontifício para a Família.

Paglia disse que a questãos dos divorciados que casaram novamente deve ser olhada com misericórdia, pois a misericórdia é a lei suprema da Igreja.

O título do artigo de Peters é bem interessante: When Faced with Pratical Problems, Rely on Principles not in Platitudes (Quando Enfrentar Problemas Práticos, Confie nos Princípios e não em Chavões).

Vou traduzir aqui parte do artigo de Peters:

A linha entre princípios e chavões é estreita. Ambos os tipos de afirmações são verdadeiras e podem colocar em palavras alguns conceitos que de outra forma exigiriam muitos parágrafos para explicar. Mas princípios e chavões não são a mesma coisa, em face de questões concretas que precisam de resolução prática, os princípios informam a boa tomada de decisão, enquanto chavões levam ao erro.

O Catholic World News relata que o presidnete do Conselho da Família disse que  "a situação dos católicos divorciados novamente casados ​​deve ser olhada com um olhar misericordioso. Misericórdia não é cega, e não se opõe a verdade, [ mas ] a misericórdia é a suprema lex".

Para começar, não, a misericórdia não é a lei suprema da Igreja. Primeiro, é preciso estar alerta para platitudes substituindo princípios quando confrontados com perguntas concretas sobre o divórcio.

Deve-se perguntar, o que realmente significa dizer que os católicos divorciados e recasados ​​devem "ser encarados com um olhar misericordioso"?

Quem, na Igreja, ou melhor no mundo, não deve ser olhado "com um olhar misericordioso"? Ninguém, eu arriscaria dizer. Mas se todo mundo precisa de um olhar misericordioso, então destacar uma parte da humanidade como merecedor de ser olhado com um olhar misericordioso ou não nos diz nada ou diz que esta parte da humanidade não recebia esta misericórdia. A advertência para os outros para que olhem para os católicos divorciados e recasados ​com olhos misericordiosos é uma platitude, isto é, é uma afirmação verdadeira que não gera a resolução prática de uma questão pastoral.

Agora, sobre a misericórdia ser a "lei suprema" da Igreja .

Claro, pode-se defender esta afirmação. O problema é que, pode-se defender uma dúzia de outras coisas como sendo a "lei suprema" da Igreja. E quanto ao amor ? E quanto a caridade? E sobre a evangelização? E sobre a divina liturgia e adoração a Deus? E assim por diante. Devemos ter muito cuidado em afirmar qualquer princípio de ação como sendo o supremo em algo tão complexo como o Corpo Místico de Cristo. (Quer um exemplo canônico? Leia Cânones 331 e 336, e diga-me onde reside o poder supremo e pleno na Igreja.)


(O 331 diz que o Papa é o poder supremo da Igreja, enquanto o 336 diz que o colégio de bispos é o poder supremo da Igreja)

Mas desde que o prelado invocou a lei canônica, deixe-me francamente observar que o direito canônico não cita "misericórdia" como a lei suprema da Igreja. Em vez disso, Canon 1752, o último artigo do cânone final do Código 1983 , afirma que "a salvação das almas ... deve ser sempre a lei suprema da Igreja." Variações sobre o tema (por exemplo, salus animarum et bonum Ecclesiae ) são comuns na literatura teológica.

Aqueles que invocam platitudes como se fossem princípios desfrutam de uma vantagem retórica, é claro, na medida em que é difícil não concordar com o teor da maioria das platitudes, sendo, como são, quase sempre é verdade. No entanto, a gravidade e a clareza do ensinamento de Cristo contra o divórcio e o novo casamento são indiscutíveis e a obrigação da Igreja para manter a integridade dos sacramentos, de todos os sacramentos , é clara.



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Como sempre, Dr. Peters detona argumentos rasteiros. O site dele é obrigatório para quem estuda lei canônica.

Rezemos pelo Papa e bispos, que eles sigam Cristo.


quinta-feira, 13 de março de 2014

Americanos: "Putin é mais homem que Obama"


Pesquisa feita pelo YouGoV/Economist mostra que os americanos acham que Vladimir Putin, presidente da Rússia, é um líder "mais forte" (stronger) do que Obama. Dos 1000 adultos pesquisados, 78% acham Putin mais forte do Obama. E pior, 55% dos americanos acham que Obama é um líder fraco.

Bom, eles têm razão.

Mas os americanos elegeram o presidente mais anti-americano (anti-valores americanos) da história. Obama não confia no livre mercado, no "self-made" homem, nem nos militares e segue um cristianismo bem ralo, mesmo porque é o presidente dos Estados Unidos que mais defende o aborto na história do país.

Sob questões militares, Obama tem um péssimo currículo, mesmo quando era apenas senador. Além de ser hipócrita. Ele prometeu fechar a Prisão de Guatanamo no primeiro mês de governo, não conseguiu. Então, ao invés de prender terroristas lá, ele segue matando civis junto com terroristas usando naves não tripuladas (drones), enquanto a imprensa esquerdista silencia (imagine se fosse o Bush usando drones).

Obama está propondo incluive um orçamento militar do tamanho que o país tinha na década de 40 do século passado.

Você pode até supor que Obama, em suma, quer a destruição dos valores americanos.

Com tudo isso, não é nada difícil para Putin ou qualquer outro ser visto como mais homem que Obama.

(Agradeço a informação da pesquisa ao site Weasel Zippers)

quarta-feira, 12 de março de 2014

Papa Francisco: "Um General que quer vencer Sem Lutar".


Vivemos uma guerra cultural severa, perversa, bárbara nos dias de hoje. Defensores do aborto, do casamento gay, do fim do celibato, do fim dos ensinamentos cristãos estão em todos os lugares, na imprensa, nos filmes, nas novelas, etc. Mas o Papa Francisco disse não saber quais são os "valores não negociáveis", na última entrevista que deu (em italiano, ele disse: Non ho mai compreso l’espressione valori non negoziabili.)

O jornalista Sandro Magister escreveu nesta semana que o Papa Francisco é o tipo de general que quer vencer a guerra sem lutar.  Então, se este é o caso, eu diria que o Papa discorda daqueles que dizem "no pain, no gain" (sem luta, não há vitória) e daqueles que dizem "freedom is not free" (libertade tem preço).

Magister usou dois livros biográficos sobre o Papa Francisco para defender seu argumento. Um deles traz um texto do bispo argentino Víctor Manuel Fernández (muito próximo do Papa e que foi nomeado recentemente bispo por Francisco). Fernández disse no livro que o Papa Francisco, quando era arcebispo de Buenos Aires não gostava de aparecer em público, afastava-se do debate público.

O outro livro sobre o Papa Francisco mencionado por Magister é de autoria de Elisabetta Piqué. O livro se chama "Francesco, vita e rivoluzione".

Diz Sandro Magister sobre este livro, traduzo em seguida (em azul):

But to find out more about that tormented period of Bergoglio's life there is another book, released a few months ago in Argentina and Italy, written by the vaticanista Elisabetta Piqué, who is the best informed and most reliable biographer of the current pope: "Francesco, vita e rivoluzione".

On the side opposed to Bergoglio were the prominent Vatican cardinals Angelo Sodano and Leonardo Sandri, the latter being of Argentine nationality. While in Buenos Aires the ranks of the opposition were led by the nuncio Adriano Bernardini, in office from 2003 to 2011, with the many bishops he managed to get appointed, almost always in contrast with the guidelines and expectations of the then-cardinal of Buenos Aires.


On February 22, 2011, the feast of the Chair of St. Peter, Bernardini delivered a homily that was interpreted by almost everyone as a harangue in defense of Benedict XVI but in reality was a concerted attack on Bergoglio.

The nuncio placed under accusation those priests, religious, and above all those bishops who were keeping a “low profile” and leaving the pope alone in the public battle in defense of the truth.

"We have to acknowledge," he said, “that there has increased year after year, among theologians and religious, among sisters and bishops, the group of those who are convinced that belonging to the Church does not entail the recognition of and adherence to an objective doctrine.”

Because this was exactly the fault charged against Bergoglio: that of not opposing the secularist offensive, of not defending Church teaching on “nonnegotiable” principles.

And to some extent this was the case. The then-archbishop of Buenos Aires could not bear the “obsessive rigidity” of certain churchmen on questions of sexual morality. “He was convinced,” writes Elisabetta Piqué, " that the worst thing would be to insist and seek out conflict on these issues.”

There was one episode that exemplifies Bergoglio's approach:

"In 2010, at the height of the episcopate's battle of to block the legalization of marriage between persons of the same sex in Argentina, there emerged the idea of holding a prayer vigil [in front of parliament]. Esteban Pittaro, of the 'Università Australe of Opus Dei, sent an e-mail to the chancery of Buenos Aires, telling them about the event. The following day he saw that he had missed a phone call and realized that it was a number of the archdiocese. Esteban called back and Bergoglio answered in person. 'It seems like a wonderful thing to me that you should pray. But the fact that you want to spend all night in the plaza . . . It will be cold, go home, pray at home, as a family!” the cardinal told him. 'He supported the march, but he was right to discourage the vigil, because the following day there were demonstrations in fa for of homosexual marriage. And he wanted to avoid the contrast,' Pittaro recounts.”


Mas para saber mais sobre esse período atormentado da vida de Bergoglio há outro livro, lançado há poucos meses na Argentina e na Itália, escrito pela vaticanista Elisabetta Piqué, que é a biógrafa mais bem informada e mais confiável do papa atual: "Francesco, vita e rivoluzione".

Do lado oposto de Bergoglio estavam os proeminentes cardeais do Vaticano Angelo Sodano e Leonardo Sandri, sendo este último de nacionalidade argentina. Enquanto em Buenos Aires as fileiras da oposição foram conduzidas pelo núncio Adriano Bernardini, no escritório 2003-2011, com os muitos bispos que ele conseguiu que fossem nomeados, quase sempre em contraste com as orientações e expectativas do então cardeal de Buenos Aires.

Em 22 de fevereiro de 2011, na festa da Cátedra de São Pedro, Bernardini fez uma homilia que foi interpretada por quase todos como uma defesa de Bento XVI, mas na realidade era um ataque concertado contra Bergoglio.

Bernadini atacou sacerdotes, religiosos e, sobretudo, aqueles bispos que mantinham um "low profile" e deixavam o papa sozinho na batalha pública em defesa da verdade.


"Temos de reconhecer", disse ele , "que tem aumentado ano após ano, entre os teólogos e religiosos, entre irmãs e bispos, o grupo daqueles que estão convencidos de que pertencer à Igreja não implica o reconhecimento e a adesão a nenhuma doutrina objetiva".


 Esta era exatamente a falta marcada contra Bergoglio: a de não se opor à ofensiva secularista, de não defender o ensinamento da Igreja sobre os princípios "não negociáveis ​".

 E, em certa medida, este foi o caso. O então arcebispo de Buenos Aires não podia suportar a "rigidez obsessiva " de certos homens da Igreja sobre questões de moralidade sexual. "Ele estava convencido ", escreve Elisabetta Piqué "que a pior coisa seria insistir e procurar conflito sobre estas questões."
 
Houve um episódio que exemplifica a abordagem de Bergoglio:

"Em 2010, no auge da batalha do episcopado de bloquear a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Argentina, surgiu a idéia de realizar uma vigília de oração [ em frente do parlamento ] . Esteban Pittaro , da" Università australe do Opus Dei, enviou um e-mail para a chancelaria de Buenos Aires, falando sobre o evento. No dia seguinte, ele viu que tinha uma chamada não atendida e percebeu que era um número da arquidiocese. Esteban ligou de volta e Bergoglio respondeu em pessoa. "parece uma coisa maravilhosa para mim que você deve orar. Mas o fato de que você quer passar a noite na praça ... Vai ser frio, ir para casa, rezar em casa, como uma família " o cardeal disse a ele. "Ele apoiou a marcha, mas desencorajou a vigília, porque no dia seguinte houve manifestações em favor do casamento homossexual. Ele queria evitar o contraste"' Pittaro relata . "



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Rezemos pelo Papa Francisco. Precisamos muito dele, a guerra é dura demais.

O site The American Catholic, que me fez chegar ao texto de Magister, disse que Deus usa os papas para dar lições positivas e negativas. Ele espera que Francisco nos ensine coisas positivas, mas está pessimista.


Depois de 1200 anos, as Igrejas Ortodoxas se reunirão em Concíclio.


Depois de anos submersa pelo comunismo, a Igreja Ortodoxa russa se levanta com a força do número de seus fiéis (tem a maior quantidade de fiéis entre as igrejas ortodoxas) e também com a força de Vladimir Putin. E já aparenta querer dominar as outras igrejas ortodoxas. Foi anunciado esta semana que se planeja uma reunião entre as igrejas ortodoxas para 2016. Algo, que não acontece desde o século 8, 1.200 anos atrás.

O patriarca Kirill da Igreja Ortodoxa russa disse que todas as decisões do Conselho serão tomadas por consenso (unanimidade), e não por maioria de votos.

O patriarca disse também que a agenda do próximo Conselho deverá contar com questões como a condução dos cristãos do Oriente Médio e nas regiões do Norte de África, a questão do culto do consumo, que é o principal causa da crise econômica, a destruição da moral e da família, e as questões de clonagem e das mães de aluguel.


O jornal Huffington Post disse que o Concílcio de 2016 será realizado na Turquia na Basílica de Santa Irene, um edifício bizantino que foi construído no pátio externo do Topkaki Palace que é agora um museu e não tem sido usado como uma igreja desde a conquista muçulmana de Constantinopla, em 1453.

As igrejas ortodoxas são 14 igrejas independentes, com sedes na Europa Oriental, Rússia e Oriente Médio. Há 250 milhões de cristãos ortodoxos no mundo (165 milhões na Rússia).

Elas tiveram um encontro prévio em Istambul e denunciaram a crise na Ucrânia e a perseguição a cristãos no Oriente Médio. Duas igrejas ortodoxas (Tcheca e de Antioquia) não compareceram a este encontro por divergências com as outras. Há também a questão de que a Ucrânia tem duas igrejas ortodoxas, mas nenhuma faz parte da comunidade de igrejas orotodoxas. Em suma, não deve-se esperar muito do encontro, certamente a volta com poder da Igreja Ortodoxa russa será um peso no Concílio. Mas também não se sabe que mundo teremos em 2016.

De toda forma, é um fato sensacional, sob qualquer aspecto, termos este Concílio depois de 1.200 anos.



terça-feira, 11 de março de 2014

Alimentos geneticamente modificados, não pode. Seres Humanos geneticamente modificados, pode


Rebecca Taylor é uma especialista em biotecnologia e um defensora doa Doutrina Católica em matéria de reprodução humana. Ela tem um blog chamado Mary Meets Dolly e escreve para o jornal National Catholic Register (não confundir com o National Catholic Reporter que tem tendência fortemente esquerdista). Seus textos são muito bom e a recomendo para qualquer médico ou biológo que trate de reprodução humana.

Ontem, ela escreveu um excelente artigo no Catholic Register contrapondo os naturalistas (esquerdistas) que defendem que os alimentos não devem ser geneticamente modificados, enquanto silenciam ou mesmo defendem humanos geneticamente modificados.

Vou traduzir parte do artigo dela, aqui em azul.

Nas eleições de novembro de 2012, os eleitores do estado de Washington tiveram que decidir sobre a Iniciativa 522. A I- 522 exigia que os alimentos vendidos no estado deveriam ser rotulados, se qualquer um dos seus componentes fosse produzido por organismos geneticamente modificados (OGM).

Os defensores fizeram uma distinção necessária entre plantas e animais criados selectivamente e aqueles que são OGM. A criação seletiva tem sido uma prática comum na agricultura desde que o homem começou a pastorear animais e cultivar de culturas. Plantas e animais transgênicos são aqueles que têm uma constituição genética que não ocorreria naturalmente através da reprodução normal. Por exemplo, uma planta que teve um gene introduzido que lhe confere resistência ao herbicida e uma vaca que foi clonada e por isso é imune a doença da vaca louca são OGM. 

Foi uma batalha controversa, com defensores de I- 522 dizendo aos consumidores que a engenharia genética tem conseqüências não intencionais e que a ingestão de produtos geneticamente modificados podem fazer-nos mal.
 

Anúncios contra I- 522 não afirmavam que o alimento feito a partir de OGM era perfeitamente seguro ou que as preocupações dos puristas eram infundadas. A oposição focava no texto da iniciativa e no impacto da rotulagem sobre o preço dos alimentos. 

A I- 522 foi derrotada com 45% dos eleitores apoiando a iniciativa e 55% contra. Uma iniciativa semelhante na Califórnia, a Proposição 37, também não passou. Em 2012, os eleitores da Califórnia eram 49% em apoio à rotulagem de alimentos feitos a partir de OGM, 51 % votaram contra a Proposta 37.

Uma pesquisa da ABC news mostrou, no entanto, que 65% dos americanos acham GMO não é seguro e 93% dizem que o governo deveria exigir que o rótulo especificasse que se trata de GMO.
 Analisando estes votos, é evidente que quase a metade dos cidadãos na Califórnia e Washington estão preocupados sobre OGM e querem ser informados sobre quais os alimentos que contêm produtos OGM. 

Ao mesmo tempo, em outro estado da costa oeste, embriões humanos geneticamente modificados estão sendo feitos com pouca objeção do público em geral.
No ano passado, a Oregon University anunciou que não só tem sido bem sucedido na clonagem de embriões humanos e extrair células-tronco embrionárias, mas também conseguiu criar embriões com três pais genéticos.

Ambos os "avanços" criam os seres humanos geneticamente modificados. Ambas as técnicas estão sendo perseguidas supostamente para fins terapêuticos - em outras palavras , para melhorar a saúde humana.


O que a maioria das pessoas não sabe é que esses embriões clonados não são uma combinação genética perfeita. O óvulo usado para clonar o embrião contém DNA da mulher que doou . Este DNA é chamado DNA mitocondrial ou mtDNA . Então embriões clonados, e as células-tronco que produzem, são a própria definição de "geneticamente modificado ", com o DNA nuclear do paciente e mtDNA da mulher que doou o óvulo.


Os embriões de três pais também são geneticamente modificados. Estes embriões são criados para a "cura " da doença mitocondrial . Recebemos nossas mitocôndrias, organelas em nossas células que produzem energia, exclusivamente a partir de nossas mães. Uma mulher com uma mutação no seu DNA mitocondrial sempre passa essa mutação para os filhos. 

Na técnica de três pais, também chamada de " substituição mitocondrial " ou "transferência de fuso maternal", o núcleo de um óvulo doado é removido e entra no lugar do núcleo de uma mulher com doença mitocondrial. Esse óvulo geneticamente modificado é então fertilizado com esperma, e temos a criação de um embrião que tem o material genético a partir de três pessoas : mtDNA a partir do doador e do DNA nuclear das contribuições dos pais.

A técnica de três pais é particularmente preocupante , pois não basta modificar o embrião resultante, a modificação se estenderá para outras gerações. Isto é o que é chamado de uma modificação da linha germinal: que vai ser incorporada em óvulos e células espermatozóides e repassada à futura prole. Ao contrário dos Estados Unidos, muitos outros países têm leis que proíbem modificações germinativas em seres humanos.

A Igreja é contra tanto a clonagem humana como a técnica de três pais, principalmente porque eles produzem a vida humana em um prato, fora do abraço de marido e mulher, mas também porque eles produzem modificações germinativas. 

Dignitas Personae (26 ) afirma que "no estado atual das pesquisas, toda a engenharia genética germinal é "moralmente ilícita". 

A Food and Drug Administration (FDA) está considerando permitir que a técnica de três pais. No Reino Unido, a Fertilização Humana e Embryo (HFEA ) já recomendou que a lei britânica seja alterada para permitir a técnica de três pais na Grã-Bretanha . Se o FDA seguir a liderança da HFEA, clínicas de fertilidade em os EUA terão permissão para criar filhos geneticamente modificados.

O cidadão médio provável assume que a segurança da técnica de três pais tem sido exaustivamente estudada e considerada segura para uso em seres humanos. A realidade é algo diferente. 


Em um recente artigo na revista Science , os pesquisadores revelaram que, até agora , os únicos outros primatas criados com esta técnica são quatro macacos que atingiram apenas três anos de idade e não geraram prole. Outros modelos animais mostram que a combinação do mtDNA nuclear com DNA tem alguns efeitos graves que podem não ser aparentes até a idade adulta. Os pesquisadores foram claro que "é prematuro avançar esta tecnologia para a clínica nesta fase."


Então, nós vivemos em uma sociedade onde as pessoas têm receio de comer carne ou beber leite de uma vaca clonada mas há apoio para a clonagem de embriões humanos (usando a mesma técnica ) com a esperança de produzir células-tronco para tratamentos. Nós, como sociedade, somos suspeitos sobre alimentos geneticamente modificados, mas somos indiferentes às crianças geneticamente modificadas. 
O que uma desconexão colossal ! A lógica parece ser: plantas e animais geneticamente modificados: ruim; humanos geneticamente modificados: bom.

Se OGMs na nossa alimentação nos tornam desconfortáveis, então modificar geneticamente nossos filhos deve ser impensável.
  

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Nada mais a acrescentar ao que a Rebecca Taylor falou.

Lutarei contra isso, ao mesmo tempo em que rezo pelo mundo que meus filhos herdarão.