quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Padre James Schall e o Silêncio do Ocidente (e dos muçulmanos) sobre Terrorismo Islâmico.



A americana Cathy Spears escreveu no seu facebook (imagem acima) que "muitos líderes muçulmanos denunciam a violência do Islã", mas pede para alguém explicar por que o Islã está por trás de tantos ataques terrroristas. Ela lista vários ataque terroristas feitos por muçulmanos, mas a lista é muito mas muito mais extensa, praticamente há um diariamente.

Eu já discuti no Brasil e no exterior sobre se o Islã é culpado pelos ataques terroristas ou não. Recentemente, eu sugeri duas leituras para um blogueiro católico que mencionou que "líderes muçulmanos estão condenando as ações do ISIS".

Eu costumo sugerir o seguinte, de forma bem simplória: que tal a gente checar no Alcorão e na vida de Maomé para ver se estas duas principais fontes islâmicas apoiam o terrorismo. E geralmente eu argumento que estes "líderes muçulmanos" que atacam a violência do Islã são de menor calibre em termos de influência no mundo muçulmano e eles sempre fogem de debater o que diz o Alcorão e a vida do profeta maior do Islã, na sua plenitude, no máximo citam apenas uma pequena passagem.

Por exemplo, hoje leio que o ISIS disse que a brutalidade que ele usa é a mesma usada por Maomé, que cortou braços, pernas e arrancou os olhos a ferro quente de um traidor. Bom, os Hadith que contam a história de Maomé relatam isso e muito mais, decapitações, roubos, etc.

Uma das leituras que recomendei ao blogueiro católico foi a que discute se o Islã apoia ou não o terrorismo nas páginas do Alcorão e nos Hadith. A fonte é o site Jihad Watch, cujo dono é um católico, Robert Spencer.

A outra leitura é um texto do padre James Schall, no qual ele discute o silêncio do Ocidente e dos muçulmanos frente às atrocidades dos islâmicos. Vou traduzir aqui parte do artigo do padre jesuíta James Schall (em azul).

A Missa do Espírito Santo geralmente dá início ao segundo semestre na Universidade Católica da América. Na missa deste ano, o cardeal Donald Wuerl fez a homilia. Depois da homilia, ele queria adicionar umas poucas palavra sobre um assunto que tinha lhe perturbado. 

As pessoas se perguntam: Como é que tais atrocidades que vemos no Oriente Médio ocorrem? Wuerl sugeriu duas razões para tais crimes: 1) Algumas pessoas cometem estes crimes. 2) Outras pessoas silenciam sobre eles. O que ocorre na Síria e no Iraque, não é "algo que que podemos ignorar, todos nós temos que levantar a nossa voz." 

E as pessoas específicas que cometem esses crimes? Quem são eles? Eles não fazem segredo de suas opiniões e intenções. Os líderes do Estado Islâmico querem que todos no mundo saibam exatamente do que se trata. Eles nos dizem exatamente quem eles são e o que eles vão fazer com a gente. 

Os líderes do Califado afirmam que eles estão seguindo o Alcorão. Asseguram-nos que o mundo não estará em paz até que todos estejam sob a lei muçulmana.Seus meios não têm limites. Terror é simplesmente o meio que Alá permite que contra os infiéis. Não há intérprete autorizado do Alcorão então esta visão pode ser aceita, especialmente se Alá é considerado vontade pura que pode fazer mal ou bem de acordo com suas necessidades. Neste teologia, o terror infligido sobre os cristãos é justo. Ninguém tem qualquer justificação para não ser muçulmano. 

O segundo ponto de Wuerl é que esses crimes ocorrem porque as pessoas estão em silêncio. Ele acrescenta que ele não pode, em consciência, ficar em silêncio. Em seguida, ele pergunta, com eloqüência considerável: "E eu me pergunto, onde estão essas vozes? Onde estão as vozes dos parlamentos e congressos? Onde estão as vozes das universidades? Onde estão as vozes de líderes comunitários? Onde estão as vozes dos talk-show e programas de rádio? Onde estão as vozes dos jornais da noite e da tarde? Onde estão as vozes de colunas editoriais? Onde estão as vozes de artigos de opinião? Por que o silêncio? "

Esta mesma pergunta de silêncio foi dirigida ao jesuíta egípcio, Padre Samir Samir Kalid, talvez o líder da Igreja sobre o Islã, por Fausta Speranza na Rádio Vaticano. Samir respondeu: "Chegamos agora a brutalidade mais feroz na história do Islã. Nunca tínhamos testemunhado esse grau de barbárie. A pergunta é: Isso é o Islã? Ou é uma aberração? Certamente isso se originou na tradição islâmica."

Samir pensava que grandes pensadores islâmicos se opuseram a violência. Mas ele continuou: "A tragédia é que os muçulmanos não se atrevem a se envolver em auto-crítica; as pessoas silenciosamente se juntam a ela." Portanto, não é só o Ocidente que está em silêncio, mas também o próprio Islã. 

Por que o silêncio? "A resposta, essencialmente, eu acho, vai voltar para a questão levantada por Bento XVI em seu discurso de Regensburg, a questão do imperador grego colocar ao senhor persa:" Será que Deus aprova a violência? "Claramente, o Estado Islâmico, seus teóricos e seguidores, acham que sim. 

Na minha juventude, havia um ditado que diz "paus e pedras podem quebrar meus ossos, mas palavras, não." No entanto, sem palavras, nunca saberemos porque temos de usar paus e pedras ou o que devemos fazer com eles. O que temos são as palavras daqueles que pretendem nos atacar e os resultados sangrentos que surgem quando eles mantêm a palavra.


(Agradeço o twitter de Spears e a informação do que disse ISIS sobre a sua brutalidade ao site Weasel Zippers. E agradeço o texto de Schall ao site Big Pulpit)

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).