O Papa Francisco é fã de GK Chesterton, ele faz parte da Sociedade Chesterton da Argentina. Não sei em que circunstância ele faz parte dessa sociedade, mas pela presença do nome dele lá, pode-se dizer que ele seja fã de Chesterton.
Chesterton ao meu ver teria duas ótimas dicas para dar ao Papa Francisco no momento em que muitos observam que o Papa é aderente da ideia de que a Igreja deve dar "boas vindas" aos homossexuais, levando a Igreja a se aproximar da aprovação do casamento gay.
Chesterton disse certa vez a seguinte (brilhante) argumentação:
“We do not really want a religion that is right where we are right. What we want is a religion that is right where we are wrong.”
(Nós realmente não queremos uma religião que diga que está certo quando nós estamos certos. O que nós queremos é uma religião que está certa quando nós estamos errados).
Em outras palavras: para que serve uma religião que pensa como eu penso?
Muitos gays juram que irão aderir ao catolicismo se a Igreja aprovar o casamento gay.
Será???
Vejamos o que acontece com a Igreja Episcopal nos Estados Unidos que faz tudo que o esquerdismo deseja: casamento gay, mulheres padres, divorciados padres, etc. Será que o número de fiéis aumenta por lá??
Eu mostrei aqui no blog, certa vez, que uma forma de perder fiéis é aderir ao casamento gay.
Outra coisa, Chesterton era um severo crítico da mídia. Ele disse:
Modern man is staggering and losing his balance because he is being pelted with little pieces of alleged fact which are native to the newspapers; and, if they turn out not to be facts, that is still more native to newspapers.”
(Homem moderno está atordoado e perdendo equilíbrio porque ele está sendo apedrejado com pequenos pedaços de fatos o que é comum em jornais, e se estes pedaços não refletem os fatos, eles são ainda comuns nos jornais)
Quer dizer o homem moderno está confiando demais na mídia.
Vejamos por exemplo como a Veja tratou o discurso final do Papa Francisco sobre o sínodo.
Vejamos duas partes do que disse a Veja, faço críticas em vermelho:
O papa disse que nos debates foi possível observar 'tensões e tentações'. Mencionou a tentação da 'rigidez hostil', que resumiu como a atitude "querer se fechar no que está escrito e não se deixar surpreender por Deus, pelo Deus das surpresas". Francosco alertou para a 'tentação' imposta pelos que classificou como 'tradicionalistas' ou 'medrosos' e por aqueles que definiu como 'denominados progressistas e liberais'.
Toda a documentação, tanto os rascunhos quanto as correções, foi divulgada pelo Vaticano. "O papa pediu que fosse publicado tudo, com total transparência, o que mostra um alto grau de maturidade", disse Manuel Dorantes, um dos porta-vozes.
Bom, o Papa realmente relacionou os conservadores a "rigidez hostil" pedindo um "Deus das surpresas" (não sei o que isso significa, e tenho medo de saber). Mas será que o Papa chamou os tradicionalistas de medrosos????
Não!!! A palavra medrosos está relacionada aos progressistas diz o texto original do Vaticano,em inglês:
The temptation to a destructive tendency to goodness [it. buonismo], that in the name of a deceptive mercy binds the wounds without first curing them and treating them; that treats the symptoms and not the causes and the roots. It is the temptation of the “do-gooders,” of the fearful, and also of the so-called “progressives and liberals.”
(A tentação de uma tendência destrutiva de bondade [ele. buonismo], que, em nome de uma misericórdia enganosa liga as feridas sem primeiro curá-las e tratá-las; que trata os sintomas e não as causas e as raízes. É a tentação dos "benfeitores", do medo, e também dos chamados "progressistas e liberais.)
E sobre a transparência???
Aí, a Revista Veja deveria ter acompanhado um pouco mais o que ocorreu no sínodo e saberia que quase ocorreu uma rebelião de bispos para que o Vaticano liberasse todos os documentos.
Não foi iniciativa do Vaticano.
A Veja parece que só traduziu textos internacionais, e não traduziu correto, ao errar a definição de medrosos, e confiou exageradamente na mídia internacional. Nem a própria mídia deve fazer isso, confiar tanto nela mesma.
Leiam todo o (bom, mas inócuo, porque fica no meio) discurso do Papa Francisco clicando aqui. Não confiem na mídia.
Rezemos pela Igreja.
Pareceu-me que o cumprimento entre o papa Francisco e Bento XVI não foi muito entusiasta.
ResponderExcluirNao vi, meu caro Lura do Grilo.
ResponderExcluirVou procurar fotos da ocasiao.
Abraco,
Pedro Erik
Ao lado de G. K. Chesterton, François Mauriac, Paul Claudel e Walker Percy, o francês Georges Bernanos figura entre os grandes escritores cristãos do século XX, ao ponto de o grande teólogo alemão Hans Urs von Balthasar ter-lhe dedicado um livro inteiro. Sua obra tem sido publicada no Brasil pela É Realizações Editora, e agora sua passagem pelo país é narrada ao público local. O estudo de Sébastien Lapaque “Sob o Sol do Exílio: Georges Bernanos no Brasil (1938-1945)” acaba de ser publicado, trazendo à luz a visita de Bernanos a várias cidade do Rio de Janeiro e Minas Gerais, sua estadia no sítio Cruz das Almas, sua revolta contra a mediocridade dos intelectuais e a ascensão do totalitarismo, sua amizade com pensadores brasileiros e a visita que Stefan Zweig lhe fez à véspera de se suicidar.
ResponderExcluirMatérias na Folha de S. Paulo a propósito do lançamento do livro: http://goo.gl/O8iFve e http://goo.gl/ymS4lL
Para ler algumas páginas de “Sob o Sol do Exílio”: http://goo.gl/6hAEOM
Confira também:
Diálogos das Carmelitas: http://goo.gl/Yy3ir3
Joana, Relapsa e Santa: http://goo.gl/CAzTTk
Um Sonho Ruim: http://goo.gl/Kd091z
Diário de um Pároco de Aldeia: http://goo.gl/ISErLc
Sob o Sol de Satã: http://goo.gl/qo18Uu
Nova História de Mouchette: http://goo.gl/BjXsgm
ANDRÉ GOMES QUIRINO
mkt1@erealizacoes.com.br
(11) 5572-5363 (r. 230)
Caro André,
ExcluirVocê trabalharem uma editora?
Estou escrevendo um livro sobre guerra justa. Recebi um email dr uma editora interessada. Mandei um esboço. Mas ainda não recebi resposta deles se confirmam o interesse.
Caso tenha interesse podemos conversar.
Abraço
Pedro Erik