O Papa Francisco realmente é um homem confuso em suas ideias. Como eu costumo dizer, ele é um típico padre latino-americano, aquele que não se interessa por conhecer a teologia e a Doutrina da Igreja, confia sempre em palavras como "Deus é Misericórdia", "Deus é Amor", daí, quando se arrisca a comentar qualquer assunto, o risco é grande de dizer algo completamente estranho e averso ao que a Igreja prega há séculos.
Ontem, novamente, o Papa Francisco resolveu falar de armamentos e falou bobagem. Perdão, mas não tem palavra para definir. Se ele fosse um político, eu usaria palavras ainda mais fortes.
Além de dizer bobagem, ele se contradisse em intervalo de poucos minutos.
Vejamos, ele disse que aqueles produzem armas não podem se considerar cristãos. Em seguida, disse que os aliados na Segunda Guerra deveriam ter bombardeado as linhas de trens dos nazistas que carregavam judeus, cristãos, gays e ciganos para a morte.
Bom, para a primeira afirmação, de que aqueles que produzem armas não podem ser chamados cristãos, o site Manhound´s Paradise lembrou muito bem que o próprio Cristo produziu arma ao juntar cordas e fazer delas chicotes para afastar os mercadores do templo (João 2:15) e que o próprio Cristo mandou que os seus discípulos comprassem armas (Lucas 22:36).
Sobre a segunda afirmação, depois de condenar a produção de armas, o Papa se posicionou como estrategista militar, queria que os aliados bombardeassem os trilhos de trem nazistas. Sobre isso, muito se discute quando os aliados souberam dos campos de concentração. Talvez por volta de 1943, mas só em julho de 1944, os soviéticos entraram no primeiro campo de concentração nazista. Os americanos entraram no primeiro campo de concentração em abril de 1945.
Os campos de concentração ficavam em geral dentro da Polônia ou próximo da fronteira da Polônia. Isto é, longe, muito longe do avanço das tropas aliadas, mas próximos do avanço do soviéticos. Para que fosse possível despender homens e armas para destruir os trilhos, os aliados teriam que enfrentar horas de artilharia anti-aérea nazista. Em suma, uma loucura de estratégia militar.
Mas se o Papa condena a produção de armas, deveria condenar o uso delas.
E sobre a condenação de armas e militares não há nada na Bíblia que apoie isso. Pelo contrário, Cristo saudou a fé de um militar, como a maior fé que Ele encontrou. Todo dia na missa nós lembramos esta passagem da Bíblia: "Não sou digno de que entreis em minha morada...". Sem falar na presença de soldados romanos entre os cristãos, desde o início.Sem falar nas guerras que a Igreja patrocinou e apoiou durante a sua longa história, sem falar nos papas militares (alguns foram para frente de batalha), sem falar na teoria da guerra de justa de Santo Agostinho, São Tomás de Aquino. Sem falar que São Francisco de Assis foi para frente de batalha em apoio às Cruzadas e discutiu pessoalmente com o sultão muçulmano em favor dos cruzados.
O site Weasel Zippers, cujo dono é um católico, simplesmente colocou as duas frases do Papa Francisco uma do lado da outra e perguntou se as coisas estavam muito confusas atualmente na Igreja. A resposta é simples: sim, estão.
Realmente, o Papa Francisco disse bobagem. Ele deveria reconhecer isso, pois é também uma questão de caridade com os militares, com aqueles que produzem armas e com a própria Doutrina da Igreja.
Como diz Deus, em Gênesis, tudo que está no mundo a disposição do homem é bom, o problema é como o homem usa estes bens, incluindo as armas.
Rezemos pelo Papa Francisco.
Boa noite, nobre Pedro.
ResponderExcluirRezemos pelo papa, pois tá cada vez pior. Meu conforto é saber que o papa está equivocado. E como sei? Olhando para o passado, quando papas e santos abalavam o mundo com suas eloquências, sabedoria e acima de tudo consciência e determinação dos próprios atos. Será que o Papa tem realmente consciência das ações de santos como São Francisco ou ele só se apega aquele modelo de "São Francisco" que os inimigos externos e internos da Igreja aceitam, ou seja, só cuidando de bichinhos da natureza ou dando dinheiro aos pobres? É como você comentou esses dias, Pedro: "é ver ele aparentar desprezo pelo conhecimento teológico, desprezo por teólogos. Comportamento típico latino-americano, de gente que tem preguiça de aprender".
Abraços.
Eh verdade, meu caro. O mundo não sabe quem é São Francisco e o Papa, apesar do nome, não tem ajudado, infelizmente.
ExcluirRezemos por ele. Ele e nós precisamos.
Abraço,
Pedro Erik