Os sacerdotes do projeto Denzinger-Bergoglio entraram em contato comigo depois que divulguei aqui no blog o trabalho deles. Eu ofereci ajuda, caso eles quisessem que eu fizesse tradução para português de algum texto deles. Depois de uma troca de emails, eles me pediram para traduzir um texto em que eles resumem um ano de trabalho do projeto. Os sacerdotes nesse projeto se dedicam a esclarecer muitas das afirmações confusas e até perniciosas para a fé do Papa Francisco. É um trabalho muito importante para hoje, para a posteridade e para todos (não apenas os católicos).
Como combinado com eles, disponibilizo abaixo a tradução que fiz do artigo "Un Año de Benzinger-Bergoglio: La Síntesis Bergogliana".
Os sacerdotes do Denzinger- Bergoglio desejam que a tradução seja disponibilizada a todos, por isso todos estão liberados para copiar a minha tradução.
Leiam, analisem e divulguem o texto abaixo.
Um
Ano de Denzinger-Bergoglio: A Síntese Bergogliana
Autores:
Sacerdotes do Projeto Denzinger-Bergoglio
Tradução:
Pedro Erik Carneiro, PhD.
Texto original em: http://denzingerbergoglio.com/2016/02/10/un-ano-de-denzinger-bergoglio-la-sintesis-bergogliana/
Sim. Já se passou 365 dias desde aquele 10 de
fevereiro de 2015 em que um grupo de sacerdotes diocesanos, sem ter combinado
antes, decidiu empreender esta iniciativa que, com as benções de Deus e
dedicado trabalho diário, combinado com inúmeros trabalhos pastorais, conseguiram
conquistar um espaço dentro do mundo católico.
Neste ano de trabalho, sempre tivemos na mente uma
perspectiva, um objetivo, que nos tem animado a enfrentar os obstáculos de uma
tarefa ingrata, seja porque somos conscientes de que a enorme substância
doutrinal não é acessível a uma grande quantidade do público hipersensibilizado
de nossos dias, seja porque são muitos – uma legião! – os que não compreendem
nossa posição ideológica por se fecharem a isso ou por baixeza de visão e
fiquem nos jogando para a esquerda ou para a direita. Porém, constatamos que
nosso objetivo tem evoluído notavelmente durante todos esses meses. Em um
primeiro momento, nos pareceu que era importante alertar às nossas ovelhas
sobre uma série de afirmações e gestos confusos e tendentes a aumentar a crise
da fé que atravessamos no momento. Já sobre discernir se a fonte dessas
afirmações atuava conscientemente, envenenada por uma perversa ou por deficiente
formação na raiz, ou simplesmente movida por desajustes de uma personalidade um
tanto particular, não estava ao nosso alcance. No entanto, depois de 128
estudos (e muitos outros sendo escritos) esta concepção inicial tem
evoluído...as coisas vão ficando mais claras e vão se definindo. Sem ter
inicialmente essa intenção, nossa tarefa nos revelou que por trás de tantas
declarações aparentemente sem nexo algum, existe...um sistema. Francisco se
repete constantemente porque seu substrato ideológico, obscuro para quem o
escuta, para ele é mais concreto, claro e, por que não dizer, limitado. Não
busquemos, para tanto, grandes horizontes no pensamento bergogliano...como se
diz, não há nada novo que a Igreja não tenha estigmatizado de alguma maneira.
Enfim, como sacerdotes sensíveis não nos cabe ditar
sentenças, mas sim oferecer subsídios doutrinais para que, talvez em algum dia,
se possam tomar medidas concretas. Tampouco desejamos ser juízes. Os juízes são
169 e estão aí: O Velho e o Novo Testamento, 59 papas, 31 Padres da Igreja, 14
Concílios Ecumênicos, 14 Sínodos, 16 Congregações Romanas, 15 Doutores, os 8
principais textos fundamentais da Igreja e outros autores católicos. Até agora
temos citado centenas de documentos de mais de 1260 obras, indicando fontes. O
total de obras consultadas supera os 2000 títulos, entre os quais está
Denzinger (em suas diversas edições), todo o Magistério Pontifício, Episcopal e
de diversas Congregações Romanas, as principais fontes da Patrística; a Suma
Teológica e um enorme et cetera. Também
foram incluídos documentos esclarecedores de outras religiões como estratos do
Alcorão, obras de Lutero e de diversos autores anglicanos. Quem sabe no futuro
haja alguém que, como fez de forma genial São Pio X com o modernismo, seja
capaz de apresentar sistematicamente a obscura doutrina bergogliana. Por
enquanto, temos o presente artigo, sendo uma síntese e resumo de todo o que foi
publicado até o momento, como contribuição humilde para essa obra que esperamos
ver no futuro. Recordamos que já existe um pdf gratuito para ser baixado aqui como os 100 primeiros estudos. Para ver a lista
completa (128) clique aqui.
O presente artigo deseja ser uma síntese das principais
doutrinas de Francisco, estudadas e sistematizadas largamente desde o primeiro
ano de existência do Denzinger-Bergoglio. Como tal se trata apenas de um
enunciado de suas doutrinas com uma nota remissiva a um estudo mais extenso.
Dado a enorme quantidade das afirmações estudadas é necessário uma grande
quantidade de notas. Nessas notas, o
leitor encontrará o estudo completo a que ela faz alusão.
1. Populismo
1. Populismo
O que primeiro se destaca na figura de Francisco é sua
simpatia por muitas figuras e movimentos pró-comunistas e socialistas,
especialmente de países sul-americanos. Recordemos como ele os promoveu através
das diversas edições do “Encontro Mundial de Movimentos Populares” [1] organizados pelo Conselho Pontifício
Justiça e Paz aglutinando o que há de pior nos agitadores sociais desse
continente, sua ostentosa amizade com diversos líderes socialistas bolivarianos[2],
sua ideia socialista de igualdade[3]
e seu peculiar conceito de propriedade privada[4].
Na linha dos gestos, jamais se pode esquecer o escândalo que marcou sua atitude
tolerante para com o blasfemo-comunista Cristo que lhe foi oferecido por Evo
Morales, declarando que para ele “não havia sido uma ofensa” [5], assim como sua ideia de que os
comunistas podem se orgulhar de levar a bandeira dos pobres da mesma maneira
que faz a Igreja[6].Talvez
a culminação de todas estas ideias tenha sido a encíclica – se assim se pode
chamar a este apelo comuno-ambientalista – “Laudato Sí”, criticada em todo
mundo por sua alienação populista, mais própria de um técnico das Nações Unidas[7]
e totalmente fora do âmbito papal[8],
para o qual Francisco quis assessorar-se de uma ampla gama de líderes
eco-comunistas, completamente à margem de qualquer preocupação pastoral. Muito
ao contrário, nessas pessoas se encontram, de maneira surpreendente e
tenebrosa, propostas referentes a uma misteriosa “espiritualidade ecológica” [9], bastante distante da verdadeira
religiosidade própria do católico. Para isso sim, Francisco é incansável. E
incansável são suas explicações. Sempre insiste em dois pontos fundamentais de
sua atuação política: A Doutrina Social da Igreja e o cuidado com os
pobres.
Em relação ao primeiro caso demonstramos que
Francisco, quando usa suas famosas muletas – Propriedade Privada e Livre
Mercado, os pobres e a Doutrina Social da Igreja – , não mostra clareza nos
conceitos[10],
sobretudo ao invocar em auxílio suas teses próprias sobre a Doutrina Social da
Igreja.
Um segundo ponto fundamental resume o objetivo final
de Francisco em toda sua tarefa: “Quero uma Igreja pobre para os pobres”. Para
tanto, não se trata de erradicar a pobreza fazendo com que todos tenham o
digno, se não, como ele mesmo afirma, fazer da opção pelos pobres “uma
categoria teológica”, assumi-la com um método de vida. E, para tal, não pode
faltar uma nota populista e demagógica em sua visão salvífica da fé. Para ele,
viver a fé cristã “significa servir ao homem, a todo o homem e a todos os
homens, a partir das periferias da História” [12]. Misteriosas palavras, cujo sentido
mais profundo é difícil de alcançar, ainda que se pode vislumbrar seu conteúdo
quando para este serviço ele considera a partir de uma perspectiva de “fé
revolucionária”, de inconformidade e de “bagunça” [13]. E claro está, luta de classes até com o próprio Deus, ou
seja, o inimaginável, mas questionar Deus é como fazer uma oração[14], segundo Francisco.
2. Eclesiologia Bergoliana
2. Eclesiologia Bergoliana
Postas todas essas doutrinas, o que falta? Ou melhor,
poderíamos dizer, a partir daí há algo que não se pode esperar de Francisco? No
Denzinger-Bergoglio se encontram dezenas – para não falar de centenas – de
afirmações surpreendentes. Algumas, sem dúvida, não passam de expressões
demagógicas. No entanto, em todas elas encontramos doutrinas subjacentes que
justificam seu estudo em profundidade. Que imagina o leitor que oculta a
expressão “cheire a povo e se cale” como condição para ser um bom teólogo[15]?.
E aquela famosa “quando estou diante de um clerical me torno anticlerical
imediatamente” [16]? E sobre esta que parece tão
inocente: “ninguém se salva sozinho, como um indivíduo ilhado” [17]? Nelas não se pode deixar de
discernir um fanatismo populista metido em tudo e a pretexto de qualquer coisa.
Basta entrar nos documentos para comprovar. E é que o tema “odor” e “povo” estão
obsessivamente no subconsciente de Bergoglio, seja quando discerne a vontade de
Deus no clamor do povo e o odor dos homens[18]
ou quando surge como critério para alguém ser alçado ao bispado[19].
Por isso mesmo, muitas coisas devem sair da esfera clerical, como a direção
espiritual que para Francisco “é um carisma de laicos” [20]. Para ele, a Igreja está viciada com
o “hábito pecaminoso” de ser autorreferencial[21],
tem que acabar com o conceito de preeminência papal[22]
e com a ideia da cúria romana forjada pelos signos da sabedoria eclesial, pois
ela seria a “lepra de papado” [23]. Nesse sentido é muito evidente a
ojeriza que Francisco tem de todo a cúria, chegando ao ponto de ignorar as
advertências da Congregação para a Doutrina da Fé[24].
Francisco quer uma Igreja democrática...Embora nos perguntamos se deseja isso
mesmo...já que não fica muito claro que Francisco renuncie facilmente ao poder
nem aos meios de coerção que, tacitamente, parece criticar. Muitos aqui
poderiam falar dos efeitos misericordiosos das “cacetadas” pontifícias contra
aqueles que ainda mostram alguma relutância ao novo estilo da Igreja promovida
por ele. E aqui surge o conceito de “sinodalidade” que é caro a Francisco, que
segundo o qual deve estar em sintonia com ele para praticá-lo em sua
integridade[25]
(uma vez mais, sinodalidade curiosa que propõe cacetadas aos que ousam
expressar opiniões contrárias). Oficialmente, se pode dizer que com a fundação
do famoso G9, Francisco marcou “o início de uma Igreja horizontal” [26], que para ele se esboçou no Concílio
Vaticano II[27].
Será o começo do caminho do “rebaixar-se” que ele deseja para a Igreja[28]?
E como sinal de “rebaixamento”...o começo da larga série de pedidos de perdão
como o incompreensível mea culpa aos
aborígenes da América por haver-lhes levado a fé em Jesus Cristo[29].
E outros tantos que com certeza veremos adiante...como já fez com protestantes,
árabes e judeus. Chegará a pedir perdão a ONU pelos resíduos de lixo que os
católicos produzem? Tudo é possível com Francisco.
3. Inovações surpreendentes
3. Inovações surpreendentes
Claro está que esta visão bergogliana da sociedade e
da Igreja teria que ter graves consequências sobre o dogma católico. Basta
dizer que Francisco adota como sua a ideia modernista da “própria construção da
fé”
[30], assim como expressa claramente
outro conceito – tão característico de todas as heresias – ao objetar contra os
que buscam “claridade e segurança doutrinal” em seu pensamento[31].
Sem disfarces afirma que nunca se pode falar de “verdade absoluta” e que “Deus
é o espírito do mundo e cada um pode interpretá-lo a sua maneira” [33].
Mas se fosse só isto...nem a figura santíssima de
nosso Salvador escapa das implacáveis interpretações de Francisco que não
vacila em minar os fundamentos mais profundos da fé e da piedade católicas ao
apresentar um Jesus Cristo irreal, modelado segundo aquelas que para ele seriam
as conveniências do momento. Assim, sem rubor, chega a proclamar imperfeição de
Jesus Cristo em sua escapada ao Templo afirmando que por essa “aventura
provavelmente Jesus também teve de pedir perdão a seus pais” [34], que veio ao mundo para “aprender a
ser homem”
[35], e claro está, que Jesus nunca se
encolerizava com nada[36]
e que em tudo era misericórdia[37].
O curioso em tudo isto é que Francisco só admite a cólera com o que não aceitam
seu sistema de pensamento. Mas tem mais. Com tristeza temos que mencionar uma
de suas afirmações que mais tem confundido a fé popular: “Não é verdade que
Jesus multiplicou os pães e os peixes” [38]. Este estudo tem sido um dos mais
difundidos do Denzinger-Bergoglio e nele demonstramos a oposição de Francisco
ao todo o Magistério precedente e a Tradição da Igreja. E para culminar, mais
aspectos que chocaram aos pobres paroquianos: sua ideia luterana de “Pão da
Vida”
[39] e seu conceito particular de que sem
os pobres – de novo!! – a mensagem de Jesus Cristo é incompreensível[40].
Mas se Francisco tem uma ideia tão pessoal de Jesus
Cristo cabe-nos perguntar que ideia terá do próprio Deus. Aqui entramos em um
terreno lúgubre e que seguramente causará espanto aos nossos leitores. Muitos
poderiam pensam que se trata de pensamentos sem consequência, próprios de um
portenho (habitantes da província de Buenos Aires, Argentina) com sua
idiossincrasia particular. Oxalá que seja isso...porque de outra maneira tem
que se reconhecer que estamos diante de algo inadmissível em qualquer pessoa
que queira professar a fé católica. Como
interpretar as dúvidas sobre a onipotência de Deus? [41] Que pensar quando defende a teoria
da imanência divina em todas as coisas?[42]
Que imaginar quando afirma não existir “Deus católico” [43] e que católicos e muçulmanos
rezariam ao mesmo Ser?[44]
Qual seria a explicação para a sua ideia de que católicos, judeus e muçulmanos
dão glória ao mesmo Deus[45]
ou quando pede aos não crentes “boas ondas” de oração? [46] Só isto já bastaria para justificar
infinidade de inquietudes sobre Francisco...mas o que é mais inquietante é que
é apenas o começo.
4. Um Papa para todas as consciências
4. Um Papa para todas as consciências
A esta altura do campeonato, leitor, se és um católico
como Deus manda deverá estar tonto. É quase impossível uma quantidade tamanha
de deformações de nossa religião. Mas talvez seu sentimento seja diverso e está
nos odiando por haver perturbado sua consciência. Tudo isto é uma grande
calúnia, dirás você consigo mesmo. Mas a verdade é bem diferente. Como já nos
conhece, sabes que não inventamos nada e nossos estudos estão fundamentados na doutrina do Magistério inalterável
da Santa Igreja. Sabes que examinamos bem todas as afirmações de Francisco em
fontes oficiais e na sua integridade. E que de nada serve o que estás a pensar:
“são afirmações tiradas fora do contexto”. Tenha um pouco de honestidade
intelectual e confira você mesmo. Basta ver as notas (necessariamente
muitas) deste artigo para ver a origem de cada afirmação de Francisco e seu
estudo correspondente. Fizemos um estudo a cada três dias durante um ano...
Mas como julgar, dirás, aquele que se declarou incapaz
de julgar até os próprios gays? [47] Como não ver em Francisco alguém tão
humilde que até renuncia sua condição de mediador entre Deus e os homens? [48]
A verdade...Francisco tem ido longe demais. E depois de três anos os católicos
não podem deixar de ver que “o rei está nu”...Sentimos por você, admirador de
Francisco. E justo agora que teu problema com a eternidade estava tão fácil.
Agora que te prometeram que todo mundo se salva[49],
que a condenação eterna está fora do caminho da Igreja[50],
que Deus não condena nunca[51]
e que o Juiz – o mesmo que invocamos no Credo – já não nos julgará[52].
E se apesar de tudo isso morresse impenitente, Francisco te garantiu que tua
alma não será castigada. Para Francisco, o castigo é a aniquilação da alma e
nada mais[53].
Exagero? Calúnia? Pare de fazer juízos temerários e leias as notas disponíveis
no final...
5. Terríveis Confusões
5. Terríveis Confusões
Para Francisco em relação às leis da Igreja deve-se
pensar assim: Não se deve adotar uma doutrina monolítica[54],
e quando a Igreja quer tomar posse das consciências ela age como os fariseus[55].
Para ele, a consciência é livre[56].
O que é piedade para Francisco? Pergunta realmente
difícil. Se já considerava o jejum eucarístico como uma ditadura da Igreja[57],
não devemos estranhar que considere retrógrada a devoção aos ramalhetes
espirituais[58]
ou ainda que critique o ascetismo, o silêncio e a penitência como meros desvios[59]. Mas não apenas em sua exterioridade Francisco
vê a devoção popular de forma diferente. Para ele, por exemplo, a essência da
Primeira Comunhão é entrar em comunhão com outras confissões cristãs não
católicas[60]
e a oração sempre será algo abstrato, pois jamais se pode saber como e de onde
se pode encontrar Deus[61]
com total segurança[62].
E os assuntos mais profundos da vida espiritual? Como Francisco entende o
sofrimento, por exemplo? Surpreendentemente em relação a este aspecto tão
próprio de nossa fé e do “vale de lágrimas”, Francisco diz que deve-se desafiar
Deus com um “por quê?”, pois diante do sofrimento não existem explicações[63].
Todavia há ainda muito mais. O que é a graça de Deus
que recebemos no batismo? Para Francisco é muito simples: é uma “luz” existente
na alma e o homem nunca poderá saber se é tocado por ela ou não[64].
E será que com o batismo somos filhos de Deus? Para Francisco há conformidades. Segundo ele afirma,
os ateus ou membros de qualquer religião também são filhos de Deus[65].
Isso ocorre porque Deus está na vida de qualquer pessoa e até “o mais blasfemo”
é amado por Deus[67].
Isto suscita uma grande inquietude e não é para menos. Do que serve então a
Igreja Católica? A grande mensagem de Francisco é muito clara e afirma que
qualquer ateu pode fazer o bem[68].
Em resumo, você é alguém que evita o pecado? Já ouviste dizer que “o lugar
privilegiado para o encontro com Jesus Cristo são os próprios pecadores”? Não é
Lutero quem diz isso, mas Francisco[69].
Mas, bom, dirás que pelo menos nós devemos reconhecer
que Francisco é muito mariano. E te diremos que para alguém que consegue deformar
a ideia de Deus e de Jesus Cristo, não será difícil fazer isso com a Virgem
Imaculada e afirmar sem ruborizar que a
pobre foi “enganada pelo anjo São Gabriel” [70]. Mas não pense que aqui Francisco
chegou a seu limite. Não. Desde que começamos o Denziger-Bergoglio podemos
assegurar que a fonte de Bergoglio é inesgotável. E se um dia pode defender que
o Divino Ofício é uma oração judia[71],
depois nos surpreende com a fórmula da felicidade perfeita (viver e deixar
viver)[72],
com a equiparação da catequese a yoga zen[73]
ou com a afirmação de que a pena de morte é contrária à justiça e à
misericórdia divinas[74].
6. Destruição da Família
6. Destruição da Família
Mas está claro que todo esse ideário de Francisco se
reflete sobre a sua peculiar concepção de família. Basta recordar todo o caso
que nos chegou com o Sínodo. Para ele, família é um conceito cultural[75],
e considera a possibilidade de que possa existir “ruptura do vínculo
matrimonial” [76].
Tampouco rechaça os matrimônios de segunda união[77]
e declarou que não gosta que chamem de união irregular[78].
Por isso mesmo ele vê como normal os jovens de hoje preferirem viver juntos a
se casarem[79]
e afirma claramente que a Igreja não tem receitas para resolver os problemas[80].
E ainda que para Francisco há uma coisa
muito clara: “para ser bom católico não faz falta ter filhos como coelhos” [81]. E que consequências práticas tem
isto para Francisco? Muito simples: Francisco alimenta a mesma ideia que depois
nega, de querer voltar a abrir as portas dos sacramentos para pessoas
divorciadas em segunda união[82],
e começa recordando que a exclusão dos sacramentos deles é um castigo, pois afirma
que os sacramentos devem ser vistos como um remédio e não como um prêmio[83].
Segundo ele, a Igreja nunca pode fechar portas para ninguém, incluindo os
sacramentos[84],
pois afinal de contas, o Senhor “perdoa sempre, jamais condena” [85].
O que pensar da ideia de pecado que tem Francisco?
Para ele, o pecado não é tanto uma ofensa a Deus[86],
senão um motivo de gloria[87].
Para Francisco o conceito de pecado é relativo pois quem dita o que é bom ou
ruim é a consciência de cada um[88].
E logo afirma (falando para religiosos!) que se alguém não peca não é
verdadeiramente homem[89].
7. A nova moral
7. A nova moral
Vamos para as pequenas coisas. Francisco quer
substituir o incenso pelo “odor das ovelhas”. É justamente em termos de
pastoral que ele quer se mostrar como único em dois mil anos de história da
Igreja. E como não podia faltar, na base de sua ação pastoral se encontram
principalmente os pobres, que para Francisco são o próprio “Cristo sofredor” [90], a própria “carne de Cristo” e uma
nova “categoria teológica”
[91].
Francisco declarou se sentir feliz se chegasse ao ponto de vender todas as
igrejas para dar comida aos pobres[92]
pois para ele caridade material é uma sinal de amor mais profundo que o próprio
estudo dos teólogos[93].
Por isso para ele os piores males de nossa sociedade são o desemprego, a
pobreza e a corrupção[94]
– síntese bastante demagógica – e a sua solução para formar a juventude é digna
de um presidente de uma ONG não confessional: educação, esporte e cultura[95].
Por tudo isto não se deve estranhar que afirme que não é necessário insistir
nos temas morais como aborto, homossexualidade ou anticonceptivos, pois por serem
tediosos esses temas acabariam por cansar as pessoas[96],
tanto mais que não se deve reprovar quem atua de maneira ilícita em temas
morais condenados pela a Igreja[97].
No fundo de toda essa atuação “pastoral” de Francisco se vislumbra o desejo de
mudar dentro da Igreja o modo de se relacionar com Deus e com os demais[98], insistindo nas enigmáticas “periferias existenciais”, não condenando
nunca ninguém a nada e estando disposto a “sujar as mãos” [99]. Não estranha que sempre o satisfazer as necessidades materiais está
por cima das demais: se preocupa sobretudo com acabar com a fome e em educar,
sem se importar com a religião[100]. Francisco insiste usque ad
nauseam com a ideia de que não se deve fazer nunca nenhum tipo do que chama
de “loucura de proselitismo” [101]. Ele compartilha da ideia de muitos que, desde os anos 60, insistem que
a Igreja deve voltar a suas origens, pobre e pequena, como a levedura que
fermenta a massa[102]...uma massa fermentada que, contudo, tem que se rebaixar. Curiosa
contradição.
8. Pontes ao invés de muros
8. Pontes ao invés de muros
As fundações desta nova filosofia bergogliana se
encontram naquilo que Francisco denomina de “cultura do encontro”. O que é
exatamente isso? É simplesmente abraçar aos demais sem nenhuma opinião prévia[103],
renunciando a qualquer princípio ou axioma que pudesse ferir o outro. Segundo
Francisco, durante séculos a Igreja tem construído muros, chegou a hora de
construir pontes, sem excluir nada, seja ateu, divorciado de segunda união ou
socialista[104].
Uma Igreja fechada (como qualquer comunidade[105]),
para Francisco, é uma Igreja enferma[106],
pelo o que nós concluímos que graças a ele a Igreja sairá de sua enfermidade
que tem custado mais de dois mil anos de suposta inação.
Não é esta uma missão para um novo “Messias”?
Francisco quer estabelecer a ideia de que o Evangelho
não se pode difundir sem doçura[107].
Assim, o resultado é voltar a ler o Evangelho, mas desde o ponto de vista do
mundo atual[108]
e será o começo do caminho para a paz de toda a humanidade[109].
Será que se pode imaginar uma missão messiânica mais
surpreendente?
9. Ecumenismo
9. Ecumenismo
Uma das primeiras declarações de Francisco como bispo
de Roma foi “a firme vontade de prosseguir o caminho de diálogo ecumênico” (Sala Clementina, 20 de março de 2013) e impôs desde o
começo como algo que está na base de um mútuo benefício “no qual ambas as
partes encontram purificação e enriquecimento” [110].
Ao lado da doutrina do “encontro” que acabamos de comentar, o ecumenismo será o
signo de uma nova época dentro da Igreja, a era de Francisco. Seus gestos, suas
atitudes diante de qualquer confissão terão o sinal de seu reconhecimento e
admiração, seja pedindo orações[111]
ou benções[112]
que ele reconhece por inteiro como válidas e até valiosas. E sem dúvida alguma,
o ecumenismo tem sido o âmbito em que Francisco tem suscitado mais
perplexidades pelo explícito de sua doutrina contrária ao Magistério da Igreja
Católica. Para melhor compreensão da matéria vamos dividir o assunto em três
pontos principais.
a. Ecumenismo com as igrejas cristãs
Francisco parte da imagem de um “poliedro” para
expressar sua ideia do conjunto de todas as religiões cristãs que se separaram
da Igreja Católica. Deve-se dizer que o tal “poliedro”, na boca do Francisco,
nos parece como algo de conteúdo esotérico e de gosto New Age. Essa figura forma uma unidade em que cada lado é distinto
e necessário para sua existência. Na teologia ecumênica de Francisco, a divisão
entre as diversas igrejas protestantes é um “escândalo” que não pode continuar[113].
Escândalo este que a Igreja Católica teria muita culpa por não haver aceitado a
individualidade de cada lado. Não se trata, portanto, de buscar uma unidade na
catolicidade. Para Francisco, cada qual deve conservar sua “originalidade”.
Assim se obtém o poliedro perfeito. Nada se dissolve e tudo se integra. É a
confluência de todas as parcialidades. Segundo Francisco, isto seria um desejo
do Espírito Santo pois a uniformidade, em sua visão, “não é católica”.
Portanto, em relação às confissões cristãs o objetivo não seria buscar o
“pensar do mesmo modo, nem muito menos perder a identidade” [114].
Quem não se recorda do condeito de “ecumenismo de sangue” tão repetido por
Francisco em diversas circunstâncias? É a mesma doutrina baseada na ideia do
“martírio” [115].
Mas para realizar tamanha tarefa, os teólogos tem muito pouco que opinar. Para
Francisco será obra do Espírito Santo e não de teologia[116],
já que para ele as diferencias entre católicos e protestantes são meramente de
“interpretação” [117]. Basta recordar o agrado
de um cálice católico que ofereceu a um pastor luterano enquanto afirmava essa
aberração dogmática. Se já em Buenos
Aires Francisco trabalhou e rezou com os protestantes para conseguir sua
aceitação entre o povo fiel[118],
anos mais tarde, como bispo de Roma, chegou ao extremo de referir-se como
“estimada irmã” a uma pseudo bispa luterana e colocando-se como “irmão na fé” [119].
Mas é sempre a mesma sequência: enquanto é invariavelmente pródigo em adulações
aos “irmãos separados”, desde março de 2013 os católicos que desejam seguir a
verdadeira religião são tratados com uma dureza e frieza muito dolorosa.
Ecumenismo de pontes, ecumenismo de “encontro”, ecumenismo de abraços, sorrisos
e concessões. Sim, com todos, menos com os católicos.
b. Ecumenismo com Judaísmo e Islamismo
Além de mostrar sua grande humildade, seja nas capas
das principais revistas do mundo ou recebendo grandes personalidades do mundo
dos espetáculos, Francisco aprecia ficar bem com todos. Em relação ao Islã
sempre quis nos ensinar que não devíamos desconfiar da boa vontade dos
seguidores dessa religião. Deseja a qualquer preço, evitar prevenções contra os
seguidores de Maomé, assegurando que o Islã é uma religião amiga e o Corão é
“um livro profético de paz” [120]. É verdade que o
panorama político internacional, com a crescente constatação da violência por
parte dos muçulmanos, deixa as coisas muito complicadas. Mas suas digressões
com Maomé lhe levar a fazer declarações de amor que deixa estupefata qualquer
alma batizada. Surpreende a leviandade com que afirma que católicos e
muçulmanos “compartilham da mesma fé” [121],
que o Islã conserva parte dos ensinamentos cristãos, que Jesus Cristo e Maria
são objeto de profunda veneração pelos muçulmanos[122],
que com a Bíblia ou com o Alcorão se adora o mesmo Deus[123]
e que o Ramadã é fonte de frutos espirituais e as orações dos muçulmanos dão
glória “ao Altíssimo” [124]. Cremos que nenhum Grã
Mufti seria capaz de defender tais ensinamentos...
Contudo, é em relação ao Judaísmo que Francisco é mais
contundente e claro. Não deve nos surpreender que mal tinha acabado de ser
eleito pelos cardeais, no mesmo dia 13 de março, escreve a Ricardi Di Segnil,
Rabino chefe de Roma: “No dia de minha eleição como bispo de Roma e pastor da
Igreja Universal o saúdo cordialmente [...] Confiando na proteção do Altíssimo
espero vivamente poder contribuir com o progresso experimentado nas relações
entre judeus e católicos a partir do Concílio Vaticano II, com um espírito de
colaboração renovada e ao serviço de um mundo que cada vez mais está em
harmonia com a vontade do Criador” (VIS). Essas palavras demonstram o que é
constante em Francisco nas relações ecumênicas com os judeus: ignorar o único
Redentor e Salvador. Na nossa lista de estudos está realmente contundente e
claro quanto à heterodoxia de Francisco ao defender a ideia condenada de que a
Antiga Aliança está vigente e que o judaísmo é um caminho válido para salvação[125].
c. Ecumenismo com os cristãos
Mas Francisco vai mais longe. Ele não estará tranquilo
até abarcar o mundo inteiro, e quando conseguir, talvez o mundo fique pequeno.
Por isso ele é “Papa dos sem papa”. É que para ele “cada um tem o direito de
seguir a religião que acredita ser verdadeira” [126], e defende como um
benefício a laicidade[127].
Os seguidores de qualquer religião do mundo devem estar satisfeitos com
Francisco, pois segundo ele “a ação divina dos não cristãos tende a produzir
signos, ritos, expressões sagradas que possuem uma experiência comunitária que
leva a Deus” [128].
Por isso que expressou seu desejo de impulsionar e aprofundar a busca de tudo
que há em comum entre todas as religiões[129].
Alguém pode duvidar que tal ideário parece lançamento de candidatura para
dirigir a tão procurada religião universal? É aqui que, no empenho ecumênico de
Francisco, sem dúvida prioritário em suas metas, se vai esboçando uma estranha
missão de aires messiânicos, em que Francisco adquire traços de um líder global
e absoluto de uma pan-religião, amálgama não apenas de todo tipo de crença, se
não ideologias, modos de vida, etc. Será que veremos realizada? O tempo...e
Deus...dirão.
Terminamos este artigo que resume um ano de
Denzinger-Bergoglio com uma reflexão de futuro. Como dissemos no começo não é
nosso objetivo ditar sentenças. Confiamos, isso sim, que alguém o faça. E o
faça o quanto antes. Em que situação estará nossa pobre religião dentro de mais
um ano? Se é pelo mesmo caminho melhor nem pensar...mas com a ajuda de Deus o
Denzinger-Bergoglio seguirá seu trabalho de elucidar as consciências, recordando
nosso sagrado Magistério. A nossos amigos de sempre agradecemos de coração todo
o apoio que eles nos brindam para conduzir esse trabalho. Aos diversos
sacerdotes que desejaram se juntar na nossa tarefa, com as traduções ao inglês
e obtenção de documentos, nosso fraternal abraço. A quem não concorda com nossa posição e
queira nos combater os perdoamos sem rancor e dissemos a eles que sejam
compreensivos e entendam que o único responsável pelo Denzinger-Bergoglio é o
próprio Francisco: “Façam Bagunça!” [13].
Bênçãos.
Notas
[1] Estudo: ¿Dime
con quién andas y te diré quién eres? (II): Allá donde fueres… ¿di lo que los
otros dijeren? – “Es extraño pero si hablo de esto para algunos resulta que el
Papa es comunista”
[2] Estudo: “¿Dime
con quién andas y te diré quién eres? (I): Importante contextualización previa
a uno de nuestros Estudos
[4] Estudo: ¿Plagio? ¿Manipulación?¿Prestidigitación?:
Francisco y su peculiar concepto de propiedad privada
[6] Estudo: “Los
comunistas nos han robado la bandera. La bandera de los pobres es cristiana.
Así que cuando hablan, se les podría decir: vosotros sois cristianos”
[8] Estudo: Laudato
si’ (I): Consideraciones colaterales: Qué es una encíclica, qué es la doctrina
social de la Iglesia y, en fin, cómo debe ser una encíclica social
[9] Estudo: Laudato
si’(III): “Quiero proponer a los cristianos algunas líneas de espiritualidad
ecológica”
[11] Estudo: “La
opción por los pobres es una categoría teológica. Quiero una Iglesia pobre para
los pobres. La nueva evangelización es una invitación a reconocer la fuerza
salvífica de sus vidas”
[12] Estudo: “Vivir
la fe cristiana significa servir al hombre, a todo el hombre y a todos los
hombres, a partir de las periferias de la Historia”
[13] Estudo: “Nuestra
fe es revolucionaria. – Un cristiano, si no es revolucionario, ¡no es cristiano!
– Ayúdenme para que siga haciendo lío”
[15] Estudo: “Enseñar
y estudiar teología significa vivir en una frontera”- “Los buenos teólogos,
como los buenos pastores, huelen a pueblo y a calle”
[16] Estudo: “Cuando
tengo delante a un clerical me vuelvo anticlerical de golpe. El clericalismo no
debería tener nada que ver con el cristianismo”
[18] Estudo: “Debemos
escuchar los latidos de este tiempo y percibir el “olor”de los hombres de hoy.
Escuchar el clamor del pueblo hasta respirar en él la voluntad a la que Dios
nos llama”
[19] Estudo: “Que
los candidatos a obispos sean pastores cercanos a la gente: este es el primer
criterio. Si es un gran teólogo, una gran cabeza: ¡que vaya a la universidad!
Que no tengan una psicología de príncipes”
[21] Estudo: “La
Iglesia tiene el hábito pecaminoso de mirarse demasiado a sí misma y ser
autorreferencial”
[22] Estudo: “Ser
Papa no es ser más importante en la Iglesia; todos somos iguales. Soy medio
inconsciente”
[23] Estudo: “La
corte es la lepra del papado. La Iglesia es o debe volver a ser una comunidad
del pueblo de Dios”
[24] Estudo: “Se
van a equivocar, van a meter la pata, ¡eso pasa! Quizá hasta les va a llegar
una carta de la Congregación para la Doctrina de la Fe. Pero no se preocupen”
[25] Estudo: “En
el Concilio de Jerusalén la decisión final es fruto de un acuerdo entre
diversas maniobras y estratagemas que sembraban cizaña. Esa es la fórmula,
cuando el Espíritu nos pone a todos de acuerdo”
[26] Estudo: “He
decidido nombrar un grupo de cardenales que sean mi consejo. Este es el inicio
de una Iglesia con una organización no sólo verticista, sino también
horizontal”
[27] Estudo: “Los
Padres reunidos en el Concilio habían percibido la exigencia de hablar de Dios
a los hombres de su tiempo en un modo más comprensible. Había llegado el tiempo
de anunciar el Evangelio de un modo nuevo”
[28] Estudo: “El
verdadero poder es el servicio y no hay otro camino en la Iglesia. Para el
cristiano, progresar significa abajarse”
[29] Estudo: “Se
han cometido muchos y graves pecados contra los pueblos originarios de América
en nombre de Dios. Pido humildemente perdón, no sólo por las ofensas de la
propia Iglesia sino por los crímenes contra los pueblos originarios durante la
llamada conquista de América. El Bicentenario del Grito de Independencia de
Hispanoamérica fue un grito, nacido de la conciencia de la falta de libertades,
de estar siendo exprimidos, saqueados, sometidos por los poderosos de turno”
[30] Estudo: “La
fe no es una herencia que recibimos, sino que es una respuesta de amor que
construimos diariamente”
[31] Estudo: “Un
cristiano restauracionista, legalista, que lo quiere todo claro y seguro, no va
a encontrar nada”
[36] Estudo: “En
el Evangelio, Jesús no se enoja, pero lo finge cuando los discípulos no
entienden las cosas”
[38] Estudo: “No
es verdad que Jesús multiplicó los panes y los peces. No es magia, es un
“signo”. Y una parábola”
[39] Estudo: “Jesús
había dicho que era el Pan bajado del cielo y que daría su carne como alimento
y su sangre como bebida, aludiendo así claramente al sacrificio de su misma
vida. ¡Tenemos necesidad de Jesús, de estar con Él, de alimentarnos en su mesa,
con sus palabras de vida eterna!”
[40] Estudo: “Los
pobres están en el centro del Evangelio, son el corazón del Evangelio: si
quitamos a los pobres del Evangelio no se comprenderá el mensaje completo de
Jesucristo”
[41] Estudo: “Corremos
el riesgo de imaginar que Dios haya sido un mago, con una varita mágica capaz
de hacer todas las cosas”
[44] Estudo: “Los
que son cristianos, con la Biblia, y los que son musulmanes con el Corán, con
la fe que recibieron de sus padres. Dios es un solo: el mismo”
[45] Estudo: “Nosotros,
descendientes de Abrahán según la fe en ti, único Dios, judíos, cristianos y
musulmanes, humildemente nos ponemos en tu presencia. Todo sea para tu honor y
gloria, y para nuestra salvación. A ti sea la alabanza y la gloria, por los
siglos de los siglos, Dios nuestro. Amén”
[46] Estudo: “Si alguno no puede
rezar, porque no cree o su conciencia no lo permite, mándeme buena onda”
[47] Estudo: “¿Quién soy yo para
juzgar? La religión tiene derecho de expresar sus propias opiniones al servicio
de las personas, pero Dios en la creación nos ha hecho libres: no es posible
una injerencia espiritual en la vida personal”
[48] Estudo: “Comenzamos
este camino: Obispo y pueblo. Antes que el Obispo bendiga al pueblo, os pido
que vosotros recéis para el que Señor me bendiga”
[51] Estudo: “Dios
nos juzga amándonos. Si acojo su amor estoy salvado, porque Dios no condena, Él
sólo ama y salva”
[52] Estudo: Una relectura del
Credo: “en el Juicio Final Jesucristo no nos va a juzgar; sino que será nuestro
abogado”
[53] Estudo: “Los
egoístas se auto condenan, pero sus almas no son castigadas, sino que se
aniquilan”
[54] Estudo: “No
se debe soñar con una doctrina de la Iglesia que sea monolítica. La reforma de
la Iglesia debe considerar que los preceptos dados por Cristo y los Apóstoles
al Pueblo de Dios son poquísimos”
[55] Estudo: “La
Iglesia se vuelve farisaica cuando quiere adueñarse de las conciencias de las
personas”
[57] Estudo: “En
aquellos tiempos antes de la Misa no se podía tomar ni siquiera agua. Pío XII
nos salvó de esta dictadura”
[58] Estudo: “Santidad,
le ofrecemos este tesoro espiritual; 3.525 rosarios”. “Hay ciertos grupos
restauracionistas que vuelven a prácticas que yo viví, a cosas que en ese
momento se vivían, pero no ahora”
[59] Estudo: “La
tendencia que subraya el ascetismo, el silencio y la penitencia es una
desviación que se ha difundido incluso en la Compañía”
[60] Estudo: “Hacer
la Primera Comunión significa entrar en comunión con todos aquellos que
pertenecen a comunidades diversas pero creen en Jesús”
[63] Estudo: “¿Por qué sufren
los niños? Recién cuando el corazón alcanza a hacerse la pregunta y a llorar,
podemos entender algo. Y no hay explicaciones. No tengáis miedo de desafiar al
Señor: “¿Por qué?”
[64] Estudo: “Nadie
puede saber si es tocado por la gracia. La gracia es la cantidad de luz que
tenemos en el alma”
[69] Estudo: “El
lugar privilegiado para el encuentro con Jesucristo son los propios pecados. Si
un cristiano no es capaz de sentirse pecador y salvado por la sangre de Cristo,
es un cristiano tibio”
[70] Estudo: “¡La
Virgen seguramente tendría ganas de decir al Ángel: “¡Mentiroso! ¡Me has
engañado!”
[71] Estudo: “Yo
rezo todos los días el oficio divino. Mi oración es judía, y luego tengo la
eucaristía”
[73] Estudo: “¿Quién
nos enseña a amar? Solo el Espíritu Santo. Puedes hacer mil cursillos de
catequesis o de espiritualidad, o mil cursos de yoga o de zen que nada de eso
será capaz de darte jamás la libertad del hijo”
[74] Estudo: “La pena de muerte
contradice el designio de Dios sobre el hombre. Es contraria al sentido de la humanitas
y a la misericordia divina”
[75] Estudo: “La
familia es una realidad social, de cultura. No podemos calificarla con conceptos
de naturaleza ideológica. No se puede hablar hoy de familia conservadora o
familia progresista: la familia es familia”
[76] Estudo: “Deseo referirme a
la situación de los que tras la ruptura de su vínculo matrimonial han
establecido una nueva convivencia, y a la atención pastoral que merecen“
[77] Estudo: “Es necesaria una
fraterna y atenta acogida hacia estas personas que en efecto no están
excomulgadas, como algunos piensan: ellas forman parte siempre de la Iglesia.
La Iglesia no tiene las puertas cerradas a nadie“
[78] Estudo: “No
todos reconocen, en la soledad, una llamada que el Señor les dirige. A nuestro
alrededor encontramos diversas familias en situaciones así llamadas irregulares
—a mí no me gusta esta palabra”
[80] Estudo: “¿Qué se puede
hacer con una cultura que no tiene en cuenta a la familia? Yo no tengo recetas”
[81] Estudo: “Para
ser buen católico no hace falta tener hijos como conejos. Dios da los medios
para ser responsable”
[82] Estudo: “En
el caso de los divorciados y vueltos a casar, nos planteamos: ¿qué hacemos con
ellos, qué puerta se les puede abrir? ¿Por qué no pueden ser padrinos? Tenemos
que volver a cambiar un poco las cosas”
[83] Estudo: “La exclusión de la
comunión a los divorciados de segunda unión no es una sanción. La comunión debe
ser considerada como un remedio, no como un premio”
[87] Estudo: “¿De
qué cosas se puede gloriar un cristiano? De dos cosas: de los propios pecados y
de Cristo crucificado”
[90] Estudo: “Es
indispensable prestar atención para estar cerca de nuevas formas de pobreza y
fragilidad donde estamos llamados a reconocer a Cristo sufriente”
[93] Estudo: ¿La
caridad material hecha a los pobres testimonia más el amor de la Iglesia que el
Estudo de los teólogos?
[94] Estudo: “Los
males más graves que afligen al mundo son la desocupación de los jóvenes, la
soledad de los ancianos, pobreza, corrupción…”
[96] Estudo: “No podemos seguir
insistiendo sólo en cuestiones referentes al aborto, al matrimonio homosexual o
al uso de anticonceptivos. La Iglesia corre peligro de caer como un castillo de
naipes, de perder la frescura y el perfume del Evangelio”
[97] Estudo: “Si
la gente está herida, ¿qué hace Jesús? ¿Le reprocha porque esté herida? No,
viene y la lleva sobre sus hombros”
[98] Estudo: “Se
impone una evangelización que ilumine los nuevos modos de relación con Dios,
con los otros y con el espacio. La Iglesia está llamada a ser servidora de un
difícil diálogo”
[99] Estudo: “Un
pastor no teme ensuciarse las manos. Arriesga su vida, su fama, incluso en la
carrera eclesiástica, ¡pero es un buen pastor! No puede estar tranquilo,
protegiéndose a sí mismo. Es tan fácil condenar a los demás, pero no es cristiano”
[100] Estudo: “Educar
cristianamente no es solamente hacer una catequesis, esto es una parte. No es
solamente hacer proselitismo; ¡nunca hagan proselitismo en las escuelas!” “Lo
que interesa es quitar el hambre y dar educación, sin importar la religión”
[102] Estudo: “Ser
una minoría es incluso una fuerza. Debemos ser levadura en una cantidad
infinitamente más pequeña que la masa. Nuestro objetivo no es el proselitismo,
sino la escucha de las necesidades”
[103] Estudo: “El
único modo de que una persona o sociedad crezca es la cultura del encuentro,
sin opiniones previas”
[104] Estudo: “La Iglesia defendía
la fe con muros, pero ahora hay que construir puentes. Pasó el tiempo de
excluir los ateos, juntados, socialistas…”
[106] Estudo: Cuando la Iglesia
se cierra, se enferma. La Iglesia debe salir a las periferias existenciales
[107] Estudo: “Me
surge pensar en la tentación de relacionar el anuncio del Evangelio con
bastonazos inquisidores. No, el Evangelio se anuncia con dulzura”
[110] Estudo: “A
pesar de los varios obstáculos, particularmente los fundamentalismos de ambas
partes, es un deber para todo cristiano el diálogo interreligioso, en el cual
ambas partes encuentren purificación y enriquecimiento”
[114] Estudo: La
armonía de todas las confesiones cristianas es la finalidad del ecumenismo. El
misterioso “poliedro”
[115] Estudo: El ecumenismo de la sangre es una
inestimable contribución a la unidad de los cristianos→
[116] Estudo: “La
unidad no la van a hacer los teólogos sino el Espíritu Santo. Me uno a ustedes
como uno más.”
[117] Estudo: Las
diferencias entre los sacramentos católicos y el culto luterano son “las
explicaciones, las interpretaciones”. “Hacéis lo mismo, tanto en lengua
luterana como en lengua católica, pero es lo mismo”
[118] Estudo: “En
Argentina trabajábamos mucho juntos con los pastores. En Buenos Aires yo me
reunía con un grupo de pastores amigos, y rezábamos juntos. Y eso nos ayudaba a
trabajar juntos los que estábamos en la línea seria ¿no? Entonces, ve, la
palabra “sectas”se va como diluyendo”
[119] Estudo: “Estimada
hermana, los hermanos separados no tienen que ser percibidos como adversarios,
sino como hermanos en la fe”
[120] Estudo: “El
verdadero Islam y una adecuada interpretación del Corán se oponen a toda
violencia. El Corán es un libro profético de paz”
[122] Estudo: “Los
escritos sagrados del Islam conservan parte de las enseñanzas cristianas;
Jesucristo y María son objeto de profunda veneración”
[123] Estudo: “Los
que son cristianos, con la Biblia, y los que son musulmanes con el Corán, con
la fe que recibieron de sus padres. Dios es un solo: el mismo”
[124] Estudo: “Un
recuerdo para los queridos inmigrantes musulmanes que esta tarde comienzan el
ayuno del Ramadán, con el deseo de abundantes frutos espirituales. Mis mejores
deseos y oraciones para que vuestras vidas puedan glorificar al Altísimo”
[125] Estudo: “La
Antigua Alianza no ha sido revocada. Los judíos han mantenido su fe en Dios y
deben continuar en su camino: la Iglesia se enriquece con los valores del
Judaísmo”
[127] Estudo: “La
convivencia pacífica entre las diferentes religiones se ve beneficiada por la
laicidad del Estado”
[128] Estudo: “La
acción divina en los no cristianos tiende a crear expresiones sagradas que son
un camino hacia Dios. Los cristianos podemos aprovechar esa riqueza”
[129] Estudo: “Si somos honestos
en la presentación de nuestras convicciones en el diálogo ecuménico, seremos
capaces de ver con más claridad lo que tenemos en común. Se abrirán nuevos
caminos para el mutuo aprecio”
Bem mais extenso e detalhado que "Um ano de pontificado, um ano de confusão" do renitência.org.
ResponderExcluirTiveram um imenso trabalho para compilar tantos dados referentes ao pontificado do papa Francisco nesse período, e doravante seriam de eventuais acréscimos dentro do projeto.
Quanta polêmica deve existir nas mentes das pessoas, em geral (des)informadas pelas tvs e midia geral...
É realmente um trabalho bem fundamentado e detalhadamente pesquisado. O que marca é a honestidade intelectual. As fontes deixam claro e até dispensam comentários. Não há como negar que estamos com um impostor no lugar mais sagrado da igreja. Algo dessa porte fazia falta. Meus parabens!
ResponderExcluir