terça-feira, 28 de março de 2017

Papa Francisco Diz que Paz só é Possível sem Arma Nuclear.


Bom, como eu explico no meu livro Guerra Justa, teologicamente e doutrinariamente falando a paz nunca é possível nessa vida, por conta do pecado humano. Esse ensinamento vem desde Santo Agostinho, pai da teoria da guerra justa, e é repetido por todos os teólogos da Igreja que trataram do tema (São Tomás de Aquino, São Roberto Belarmino, etc).

Também explico no meu livro, que o tipo de arma não determina a paz, pois como disse Cristo a guerra sai do coração dos homens e não fora dele.

Eu trato especificamente sobre a questão da bomba nuclear em várias passagens do livro e sugiro leitura do que disseram Elizabeth Ascombe e Edward Feser. Eles, dois católicos, condenaram o uso da bomba nuclear contra o Japão, mas não a arma nuclear em si.

Trato também da posição dos papas, da Santa Sé e do debate diplomático sobre isso, em que ninguém confia em ninguém, porque a posse de bombas nucleares determina poder militar e político.

Mas o Papa Francisco diz que a "eliminação completa das armas nucleares é um imperativo moral".

Que país que detém armas nucleares começará primeiro a se desarmar?

O Papa Francisco acha que só o "diálogo" trará paz. No livro, eu pergunto se o diálogo conseguiria eliminar o Estado Islâmico.

Vejamos o relato das palavras do Papa para ONU tratando de desarmamento nuclear, que saiu no The Catholic Herald de hoje:

World peace cannot be achieved by maintaining nuclear weapons, Pope tells UN


Today’s threats to global peace and security must be countered through dialogue and development, not nuclear weapons, Pope Francis told the United Nations.
“How sustainable is a stability based on fear, when it actually increases fear and undermines relationships of trust between peoples,” the Pope asked in a letter sent to a UN meeting on nuclear arms.
“International peace and stability cannot be based on a false sense of security, on the threat of mutual destruction or total annihilation, or on simply maintaining a balance of power,” he said in the message, released by the Vatican on March 28. The message was read aloud at the UN by Mgr Antoine Camilleri, Vatican undersecretary for relations with states.
The Pope’s message was sent to Elayne Whyte Gomez, president of the UN Conference to Negotiate a Legally Binding Instrument to Prohibit Nuclear Weapons, Leading Towards Their Total Elimination. The conference was being held at the UN headquarters in New York on March 27-31, with a follow-up meeting on June 15-July 
A number of nations — many of which already possess nuclear arms — were boycotting the negotiations to ban such weapons. These included the United States, France, the United Kingdom and about 40 other nations. Some continue to support the Non-Proliferation Treaty to prevent the spread of nuclear weapons and weapons technology.
US Ambassador Nikki Haley told reporters in New York on March 28 that it was the responsibility of leaders to keep their nations safe.
“There is nothing I want more for my family than a world with no nuclear weapons. But we have to be realistic,” Haley said.
“In this day and time, we can’t honestly say that we can protect our people by allowing the bad actors to have them and those of us that are good, trying to keep peace and safety, not to have them,” she said.
However, Pope Francis said in his message that the strategy of nuclear deterrence was not an effective response to today’s threats to peace and security: terrorism, cybersecurity, environmental problems and poverty.
“Peace must be built on justice, on integral human development, on respect for fundamental human rights, on the protection of creation, on the participation of all in public life, on trust between peoples, on the support of peaceful institutions, on access to education and health, on dialogue and solidarity,” he said.
The world needs “to adopt forward-looking strategies to promote the goal of peace and stability and to avoid short-sighted approaches to the problems surrounding national and international security,” he said.
The complete elimination of nuclear weapons is “a moral and humanitarian imperative” that should prompt people to reflect on “an ethics of peace and multilateral and cooperative security that goes beyond the fear and isolationism that prevail in many debates today.”
Making a total global ban possible will demand more dialogue, trust and cooperation. “This trust can be built only through dialogue that is truly directed to the common good and not to the protection of veiled or particular interests,” he added.
Humanity has the ability, freedom and intelligence to work together to “lead and direct technology, to place limits on our power, and to put all this at the service of another type of progress: one that is more human, social and integral,” he said.

3 comentários:

  1. Geralmente, com relação ao estado islâmico, os que buscam o diálogo são os primeiros a serem degolados pelo mesmo.

    Triste, mas real. :(

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  2. Olá, Pedro!

    É... realmente esse discurso é muito bonito, mas totalmente utópico.

    Se o Ocidente abrir mão de suas armas nucleares talvez estimule uma ação nuclear contra si mesmo. Se o Papa tivesse algum poder sobre as ações militares dos países do ocidente, dificilmente falaria nestes termos; se fala assim é porque realmente ninguém o leva a sério nesta área.


    Grande abraço,

    Jonas

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  3. Diálogo é um termo auspicioso quando tomado no sentido real, no entanto, foi subvertido pelas esquerdas como: "eu mando, v obedece" ou então, uma retração para se concentrar e voltar mais potente nas próxima ação, noutra oportunidade.
    O ParTido das Trevas e idem martelo e foice mais usam e abusam do verdadeiro diá-logo, com intuito de enganarem os incautos!

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).