domingo, 14 de outubro de 2018

Camille Paglia, Feminista Explica o Terror do Feminismo Moderno



Para preparar meu livro chamado Ética Católica para Economia (que deve sair próximo ano), eu li o pensamento de Camille Paglia sobre o feminismo. Semana passada, ela foi destaque nos Estados Unidos, por conta de seu novo livro.

Não concordo com tudo que ela diz, ela me parece no meio caminho do certo, o que é uma posição errada. Mas acho que ela tem muito a ensinar sobre o desastre do feminismo moderno.

Eu li o livro dela chamado Free Women, Free Men: Sex, Gender, Feminism de 2017. Nesse livro,  Paglia começa defendendo sua formação como feminista, defensora ainda na juventude dos feitos de Amelia Earhart, fã de Simone de Bueavoir, opositora do “culto ao lar” dos anos 1950 (contra a imagem de mulheres que viviam para seus filhos e maridos), adepta do rock and roll dos anos 60, e eleitora dos candidatos de esquerda dos Estados Unidos como John Kennedy ou Bill Clinton. Mas Paglia se define como feminista libertária, que segundo ela adota o que tem de melhor no  liberalismo e no conservadorismo.

Paglia mostra sua extensa lista de defesa do feminismo para atacar a segunda onda feminista. A primeira onda feminista seria aquela que defendeu o voto feminino e os métodos contracepcionais. A segunda onda feminista quer destruir o homem. 

As posições dela podem ser vistas no vídeo acima também. Por exemplo, no livro, ela se diz defensora de ampla liberdade sexual (o que inclui defender o aborto), mas diz que aqueles que defendem a vida possuem “superioridade moral”. Ela apoia a liberdade de cada um escolher sua vida sexual, mas argumenta que a biologia é superior e que ninguém pode
mudar de sexo. Paglia ataca fortemente o politicamente correto, que define como uma patrulha ideológica que oprime a academia e elimina a liberdade de expressão, mas ao mesmo tempo compara o politicamente correto com a Inquisição espanhola, o que é um anacronismo e equivocado em diversos aspectos. Ela exalta as conquistas femininas nas artes, mas diz que as mulheres tendem a ficar no meio termo intelectual, enquanto os homens atingem os extremos. No vídeo, ela diz: “não existe um Mozart feminino assim como não existe um Jack Estripador feminino”. Ela votou duas vezes em Bill Clinton, mas apoia Monica Lewinsky. Ela quer uma presidente dos Estados Unidos que seja mulher, mas uma mulher que entenda da história militar do país e não   de ideologia de gênero. Relacionado, a questões econômicas, ela relaciona essa segunda onda ao “mundo dos shoppings e da prosperidade”, que trouxe conforto, mas distância da história de lutas que formaram o mundo moderno. Em termos religiosos, Paglia se declara ateia, mas diz que todos deveriam estudar mais para entender as religiões.

E especialmente, Paglia condena o feminismo que enfraquece o masculino.  Ela parece defender mulheres fortes, mas mulheres, e homens que sejam homens. Ela argumenta que a primeira onda defendia o feminismo enquanto exaltava os feitos dos homens e que a segunda onda quer destruir o masculino, e ela é contra isso. A segunda onda de feminismo que define o homem como opressor e tirano é veneno que tem se espalhado, para Paglia. Ela costuma exaltar que os homens, na história, dedicaram seu trabalho e até suas vidas na defesa de mulheres e crianças. Ela chama a segunda onda do feminismo de neuroticismo, haveria uma neurose perversa no feminismo da segunda onda.


4 comentários:

  1. Postagem super interessante. Não conhecia Camile Paglia, e pelo texto, acho que ela é sem dúvida mais fácil de se ouvir que a louca da Simone de Bueavoir.

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  2. PAGAMOS PRÁ VER: INVADAM AS MESQUITAS E DENUNCIEM OS MUÇULMANOS, MESMO AQUI NO OCIDENTE!
    As mercenarias cristianófobas e discriminadoras dos discordantes opositores de suas pautas a serviço do feminismo não passam de caóticas bem remuneradas a serviço dos globalistas!
    Se defendessem de fato os direitos das mulheres, queria vê-las atuantes nos países islâmicos enfrentando a dura repressão dos aiatolás e imãs da vida - fora disso, só atuam no Ocidente, coligadas às esquerdas - por ora, derretendo-se em todo mundo graças às redes alternativas de informações, desdomesticando as mentes da Lavagem Cerebral do Marxismo Cultural das esquerdas, antes inexistentes, desbancando toda a midia oficial, comprovadamente unilateralista e ideológica - aliás, que se dane!
    Ou mesmo daqui, vamos lá, INVADAM MESQUITAS, coragem de denunciar os maometanos - pagamos prá ver!

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  3. Caro Pedro, quando seu livro for lançado, favor anunciar aqui no blog, para que eu possa comprá-lo.

    Atte,

    Ricardo.

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  4. Ok, meu amigo Ricardo. Sim, com certeza. Praticamente já finalizei o livro, estou aguardando o prefácio de um autor e fechando alguns detalhes. O resto será com a editora. A editora tem um tempo dela que é difícil para o autor esperar, hehe.

    Abraço,
    Pedro Erik

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).