Padre capuchino Thomas Weinandy é ex-chefe da comissão teológica da conferência de bispos dos Estados Unidos e membro da comissão teológica internacional do Vaticano.
Em um artigo publicado pelo
The Catholic Thing, e reproduzido pelo National Catholic Register,
Weinandy disse que a Igreja nunca enfrentou um pontificado como o de Francisco. E que a Igreja já teve cismas no passado, e ter-a no futuro, mas a "natureza do atual cisma é assustadora".
Para ele, Francisco dá boas-vindas ao cisma, se ele estiver com o poder. Weinandy diz que Francisco deseja um cisma, pois, para o Papa, o cisma é o "novo paradigma".
A Igreja caminha para um cisma interno:
De um lado, temos o Papa e aqueles membros do clero que aprovam e propagam uma doutrina ambígua e confusa.
Do outro lado, temos aqueles membros do clero que desejam permanecer leais ao Papa mas não aceitam a exaltada heterodoxia na doutrina.
O texto de Weinandy toca também em diversos aspectos, coisas que já tratei muitas vezes aqui no blog, como:
- O Papa foca suas críticas nos membros do clero dos Estados Unidos, mas seus críticos estão em todos os lugares;
- O Papa diz que trata com "carinho" seus críticos, mas nunca demonstrou isso, pelo contrário, vive insultando-os;
- A imensa maioria dos críticos do Papa não desejam um cisma;
- O Papa e seus adeptos nunca ofereceram diálogo teológico com seus críticos, ficam entrincheirados no Vaticano.
- O Papa e os seus adeptos não enfrentam o debate teológico, pois sabem que não venceriam, por isso abusam de xingamentos e rótulos contra os críticos;
- Weinandy acredita que os bispos da Alemanha não farão um cisma pela esquerda, porque precisam do nome "católico" para sobreviver. Mas Weinandy acredita que eles adotaram doutrina ambígua com apoio do Papa;
- Weinandy disse que a Declaração de Abi Dhabi, assinada pelo Papa junto com um Imã, que diz que "Deus deseja a diversidade religiosa" é diretamente contraditório ao dogma divino e elimina a primazia de Cristo como único caminho para salvação;
- No Sínodo da Amazônia, o Papa se cercou daqueles que pregam ambiguidade e confusão de doutrina;
- O Papa Francisco é líder de duas igrejas dentro da Igreja, que está em cisma interno;
- Francisco não só não tem medo de cisma, como ele até deseja um cisma, se ele estiver no poder;
- Weinandy termina dizendo que os leigos católicos devem se levantar para defender a Igreja e que ele acha que as mulheres especialmente sçao bem vindas na luta para evitar a desgraça de um cisma e trazer a necessidade d euma purificação.
Vejam todo o texto de Weinandy,
clicando aqui, abaixo vai um pedaço:
Pope Francis and Schism
TUESDAY, OCTOBER 8, 2019
The Church, in her long history, has never been confronted with the situation like the one in which she now finds herself. Pope Francis recently spoke of a possible schism within the Church, a schism that does not frighten him. We have had many schisms in the past, he says, and there will be schisms in the future. So, there is nothing to fear in the present. However, it is the nature of the present possible schism that is new, and this unprecedented new schism is frightening.
One cannot help but think that Francis is referring to members of the Church in the United States. Francis receives, from America, his most theologically challenging and pastorally concerned criticism, which centers on a questionable remaking of the faith and of the Church. Such censure, it is believed by Francis’s cohort, originates from within a conservative intellectual elite who are politically motivated, and many of whom are wealthy.
Francis thinks that they are unwilling to change, and so refuse to accept the new work of the Spirit in our day. Ultimately, one discerns that he believes his critics are psychologically and emotionally impaired, and so must be dealt with gently (though that gentleness is yet to be experienced by those who fall under his vindictive abuse). He himself has called those who oppose him many insulting names.
What Francis does not realize (and his close associates fail to grasp) is that the overwhelming majority of his American critics would never initiate a schism. They recognize that he is the pope and thus the successor of Peter, and that to remain within the Catholic Church is to remain faithful to the pope, even if it entails being critical of the pope in one’s faithfulness to him.
Some may wish that an actual schism will take place in America in order to get rid of the obdurate conservative element and so demonstrate that they were not really Catholic all along. But that is not going to happen, because those critical bishops, priests, theologians, commentators, and laity (more laity than Francis will admit) know that what they believe and uphold is in accord with Scripture, the Church councils, the ever-living magisterium, and the saints.
As has been often noted, Pope Francis and his cohort never engage in theological dialogue, despite their constant claim that such dialogue is necessary. The reason is that they know they cannot win on that front. Thus, they are forced to resort to name-calling, psychological intimidation, and sheer will-to-power.
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The only phrase that I can find to describe this situation is “internal papal schism,” for the pope, even as pope, will effectively be the leader of a segment of the Church that through its doctrine, moral teaching, and ecclesial structure, is for all practical purposes schismatic. This is the real schism that is in our midst and must be faced, but I do not believe Pope Francis is in any way afraid of this schism. As long as he is in control, he will, I fear, welcome it, for he sees the schismatic element as the new “paradigm” for the future Church.
Thus, in fear and trembling, we need to pray that Jesus, as the head of His body, the Church, will deliver us from this trial. Then again, he may want us to endure it, for it may be that only by enduring it can the Church be freed from all the sin and corruption that now lies within her, and be made holy and pure.
On a more hopeful note, I believe it will be the laity who bring about the needed purification. Pope Francis has himself stated that this is the age of the laity. Lay people see themselves as helpless, having no ecclesial power. Yet if the laity raise their voices, they will be heard.
More specifically, I believe it will depend mostly on faithful and courageous Catholic women. They are the living icons of the Church, the bride of Christ, and they, in union with Mary, the Mother of God and the Mother of the Church, will birth anew, in the Holy Spirit, a holy Body of Christ.
Tudo isso, e todas as publicações do blog sobre esse caos, me fez lembrar do seguinte evento:
ResponderExcluirEm 1938 foi realizado em Munique, templo do nazismo, foi realizada uma conferência de paz de última hora. Observe-se "de paz". Bem, o mundo político e intelectual já sabia do nazismo. Pois bem. Pra lá foram enviados Neville Chamberlain e Edouard Daladier, um comunista, para negociar com Hitler. E o que fizeram? A maior estupidez: entregaram uma província da antiga Checoslováquia, na época independente, sob a garantia de que Hitler não iria mais reivindicar mais nenhum território europeu. Confiaram na palavra de um homem que enlouquecido pelo desejo de poder e armado até os dentes. Não deu outra: 6 meses depois, Hitler tomou o restante da Tchecoslováquia. O restante, vocês já sabem.
O que quero com essa história? Simples: só estou tirando minhas conclusões a partir da história e do comportamento de homens obstinados em suas ideias: os sacerdotes e o papa, que organizaram esse sínodo, sabem o que quer e já demonstraram pela própria realização de todo esse evento. Não estou julgando mal o papa nem me opondo contra ele. Deus me livre. Só estou deduzindo fatos de fatos já realizados e já manifestados. As palavras, os documentos, as entrevistas, os bispos e cardeais escolhidos, tudo tudo aponta para um só caminho: as coisas estão se realizado.
Enquanto isso, aqueles que insistem que papa Francisco e seu sínodo não irão longe estão CEDENDO TERRITÓRIO sob a promessa de que ele não vai mais avança ou reivindicar algo pró a práticas que no fim vão ter como consequência uma catástrofe dentro da Igreja e no mundo.
Posso até exagerar em minha comparação, mas não estou dizendo que papa Francisco seja um nazista, claro. Só estou apontando o modus operandi de como o comportamento de homens obstinados agem. Pra mim, o papa é sim um homem obstinado em seus ideais, pois ele já rejeitou várias vezes o diálogo com sacerdotes, bispos e cardeais, para se explicar.
Santa Maria nos salve.
Você tem razão, meu amigo. Fez boa comparação. Não adianta diálogo e o Papa nem dialoga com a crítica. Eles são obstinados.
ExcluirAbraço,
Pedro Erik
A CRISE ATUAL É IGUAL À do Ario, onde 98% do episcopado caiu nesse Sínodooco e aderiu àquele que se comportaria como Ario, dessa vez, atualizado, o papa Francisco!
ResponderExcluirSobrou a turminha, nós, os indômitos atanasianos, ao max. 2%, irredutíveis - não lhe cede(re)mos nem um mm a esse!
Amém, meu amigo.
ExcluirAbraço,
Pedro